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O Que Aprendi Ouvindo Metal – For Whom The Bell Tolls

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Na época que a música da banda ainda recebia o rótulo de Trash Metal, em seu segundo disco, “Ride The Lighting“, existe uma obra prima do Metal, a música “For Whom the Bell Tolls“. A música foi escrita/composta por Hetfield, Burtone e Ulrich, gravada em 1984 e liberada para o grande público em 1985.

 

Qual é a música:

Make his fight on the hill in the early day
Constant chill deep inside
Shouting gun, on they run through the endless grey
On the fight, for they are right, yes, by who’s to say?
For a hill men would kill, why? They do not know
Stiffened wounds test there their pride

Men of five, still alive through the raging glow
Gone insane from the pain that they surely know

For whom the bell tolls
Time marches on
For whom the bell tolls

Take a look to the sky just before you die
It is the last time you will
Blackened roar, massive roar fills the crumbling sky
Shattered goal fills his soul with a ruthless cry

Stranger now, are his eyes, to this mystery
He hears the silence so loud
Crack of dawn, all is gone except the will to be
Now they see, what will be, blinded eyes to see

For whom the bell tolls
Time marches on
For whom the bell tolls

————-

Trava sua luta, na montanha, no raiar do dia
Um calafrio persistente no âmago
Armas disparam, em frente marcham através do cinza infinito
A luta persiste, pois estão certos, sim, mas quem pode dizer?

Por uma montanha, homens estariam dispostos a matar, por que? Não sabem dizer
Feridas inchadas testam seu orgulho
Cinco soldados, ainda vivos em meio à luz furiosa
Enlouquecidos pela dor que com certeza conhecem.

Por quem os sinos dobram
O tempo marcha adiante
Por quem os sinos dobram

Olhe para o céu, moments antes de morrer
É a úlima fez que fará isso
Um rugido negro, um rugido massivo, preenche o céu que se esfarela e cai
Seu objetivo arruinado, preenche sua alma com grito inumano

Estranhos agora, se tornam seus olhos, diante desta miséria
Ele ouve o silêncio tão alto
No romper do dia, tudo se foi, exceto a vontade de ser
Agora eles enxergam, o que virá, olhos cegos para enxergar

Por quem os sinos dobram
O tempo marcha adiante
Por quem os sinos dobram

(tradução minha)

 

O que aprendi com ela:

“Por Quem os Sinos Dobram” (em inglês: For Whom the Bell Tolls) é um romance escrito em 1940 pelo escritor norte-americano Ernest Hemingway.

O livro conta a história de Robert Jordan, um jovem norte-americano alistado nas Brigadas Internacionais, ligadas à Unidade Republicana de Guerrilha durante a Guerra Civil Espanhola. Pro profissão, Jordan era professor de espanhol, mas se torna um especialista no uso de explosivos e recebe a missão de explodir uma ponte por ocasião de um ataque à cidade de Segóvia.

A Guerra Civil Espanhola foi resultado de um golpe de estado fracassado, de um setor do exército contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. Teve início após um pronunciamento dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de julho de 1936, e terminou em 1º de abril de 1939, com a vitória dos militares e a instauração de um regime ditatorial de caráter fascista, conhecido como regime franquista, liderado pelo general Francisco Franco.

De um lado lutavam a Frente Popular, composta pela esquerda (e extrema esquerda como o comunismo, anarquismo mas também o governo eleito liberal-democrático) e os nacionalistas da Galiza, do País Basco e da Catalunha, que defendiam a legitimidade do regime instalado recentemente no Estado, (a República proclamada em 1931 e os respectivos estatutos de autonomia).

Do outro lado os nacionalistas (compostos por monárquicos, falangistas, e militares de extrema direita, etc. O seu referente político (sobretudo para a Falange) era o general José Sanjurjo, chave da intentona militar de 1932, mas que morreu num acidente aéreo ao se transladar de Portugal para a zona ocupada pelos nacionalistas.

Esse evento histórico espanhol rendeu também alguns filmes conhecidos, como o filme homônimo estrelado por Gary Cooper e Ingrid Bergman de 1943, e o mais recente O Labirinto do Fauno de 2006.

Hemingway escreveu o livro baseado nas próprias experiências, quando participou da guerra civil espanhola do lado dos Republicanos. As personagens do livro se encaixam em três categorias diferentes, as puramente fictícias, aquelas baseadas em pessoas reais, mas que foram romanceadas e aquelas pessoas reais retratadas fielmente. O enredo está localizado na Serra de Guadarrama, entre Madri e Segóvia, e conta sobre o que aconteceu lá durante quatro dias e três noites.

O título do livro, e da música, vem da série de textos do poeta John Donne sobre meditação e oração e seu efeito sobre a saúde, dor e doença – escritos quando Donne se recuperava de uma doença quase fatal), publicados em 1624. Hemingway chega a citar parte das meditações no epígrafo do livro:

“Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma; todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se tivesse perdido um promontório, ou perdido o solar de um amigo teu, ou o teu próprio. A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido; por isso, nunca mandes perguntar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.”

Mas o livro não é exatamente um romance de guerra, ele retrata, acima de tudo, a condição humana, invocando o absurdo da guerra travada entre iguais – somos todos seres humanos. “Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade”.Em várias passagens do texto os personagens estranham e se estranham desempenhando papéis bizarros em que se viram forçados a assumir durante a guerra, e fraquejam ao ver nos inimigos seres humanos que poderiam estar de qualquer um dos lados da guerra.

A música reflete justamente o último dia do grupo de soldados em sua missão e o subsequente resultado.

E ai, galera do Pagode, cade a História de vocês?

Por Rev. Obito


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