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Esse ensaio foi publicado primeiramente na revista Moonshine, no solstício de inverno de 1987.
A introjeção de uma dimensão política na magia Ocidental traz numerosos efeitos colaterais encorajadores, dentre eles:
1. Ritual em massa gera comunidade e aumenta as possibilidades de rituais coletivos maiores.
2. Ele reuni pessoas de diferentes orientações com o compromisso de trazer a mudança.
3. É capacitar/rearfirmar a certeza interior de que nós podemos agir para fazer a diferença.
4. O retorno pela participação em tais rituais é diretamente proporcional à absorção inicial dada para fortalecer o rito ou construir a sua estrutura organizacional.
Tendo feito essas considerações positivas sobre nossa empreitada, é necessário olhar criticamente para o processo e buscar modos e recursos para expandir a politização na atividade mágica. O primeiro ponto a se destacar é a importância do tipo de técnica de alavancamento de poder que você utiliza no ritual. A técnica mais conveniente é a meditação individual, mas ela não é o modo mais efetivo de aumento de poder; percussão, dança, canto, hiperventilação – os meios mais energéticos de aumento de poder são preferíveis. Quando isso é feito por duas ou três pessoas, melhor ainda.
O local do ritual também é importante. O canto do quarto é provavelmente o mais cômodo mas, novamente, comodidade não é a principal consideração aqui. Ir para fora é preferível, particularmente para algum local elevado onde você possa ver uma grande extensão de terra diante de si.
Obviamente, quanto maior o esforço que você dedica a organizar algo – a escolha de um local, a reunião de pessoas e a decisão do que será feito –, então mais excepcional se tornará o efeito. E ‘excepcional’ o evento dever ser se ele for feito para ser efetivo de qualquer modo. Lembre-se que é um ato Sagrado que está sendo realizado – isso não quer dizer que ele deve ser totalmente sério, apenas não vá faze-lo de uma forma tímida.
Uma vez que o direcionamento do presente ritual político é a consciência do grupo sobre o mundo em geral, ou de partes particulares da população, os resultados de tais trabalhos serão sutis e de longo prazo. Não há razão pela qual devêssemos nos contentar com essa situação, então é necessário procurar por outros modos pelos quais podemos intervir como um ato mágico.
Nossos irmãos cristãos estão estão à frente de nós a esse respeito. Quando os setores cristãos mais militantes ficam sabendo de algo que julgam moralmente repreensível, eles orgaziam uma oração com o intuito de interromper o acontecimento. Qualquer pequeno grupo, munido de ousadia e vontade (e um pequeno conhecimento operacional) pode lançar um grande número de “spanners” nas maquinações do Estado e da corporação de “deuses idiotas”.
Fora Demônios Fora!
Este é o ponto final do ritual político – terror psíquico seletivo travado contra aquelas instituições e dogmas que mantém os níveis atuais de poluição psíquica e mental. A primeira consideração a se fazer é que o direcionamento desses ritos de resistência é da mais alta importância. Ele dever visar uma área que vá trazer algum tipo de resultado. Tentar “arruinar” figuras individuais raramente é bom. Para usar a analogia da ‘besta’: corte a cabeça e mais cinco crescerão no seu lugar. Então, guarde os seus alfinetes e o boneco de Ronald Reagan.
Mais útil é a ídéia de amaldiçoar instituições ao invés de indivíduos. Complexas e delicadas redes de dados se mostraram altamente suscetíveis à interferência mágica, e há uma vasta gama de elementais-elétricos e gremlins que podem ser facilmente persuadidos a ir brincar no hardware de alguma empresa que tem sido confusa com você.
Magi-Prop
As formas mais sutis de oposição são aquelas que não são imediatamente reconhecíveis como tal, aquelas que não visam a consciência desperta, mas a mente profunda. O melhor exemplo desse tipo de Feitiçaria é a propaganda midiática. Suas muitas banalidades sossegam-nos num falso senso de segurança enquanto a verdadeira mensagem esgueira-se de surpresa. Para conter isso, os magistas politicamente inspirandos devem ser igualmente, se não mais, ardilosos. O mínimo de esforço para o máximo de efeito, usando armas secretas – humor, superstição e chaos – para contra-atacar a estupidez e a limitação mental.
Supondo que você tenha algum tipo de código ou ideais identificáveis, imprima-os em um cartaz e distribua aos clientes locais. Nunca se sabe, alguém pode ser iluminado por suas palavras.
Essa é a função do xamã – injetar chaos na ordem e quebrar a realidade por um instante, abrindo os portões para a libertação. Em outras palavras, seja sorrateiro. Dê um nome falso, proclame uma nova era de iluminação, não para seus amigos, mas para pessoas totalmente estranhas. Seja uma lenda no seu próprio horário de almoço. Não se mantenha em um local discutindo, saia de cena imediatamente! Mas acima de tudo, não seja pego.
Phill Hine / Môlla
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