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Por Templum Nigri Solis Tradução Frater Anônimo 333
COMENTÁRIO SOBRE A INVOCAÇÃO DA CORRENTE DO CAOS
A Invocação da Corrente do Caos foi desenvolvida pelo Templum Nigri Solis como uma forma de amplificar a auto-iniciação de aspirantes ao TNS e à IOT que estejam impossibilitados de se beneficiar da satsang (NdT.: espécie de reunião de um grupo mágico) oferecida pela proximidade de um Templo ativo.
Já que o Templum Nigri Solis tem sua base mundana no continente australiano (onde é comum encontrar iniciados solícitos, porém separados por grandes distâncias), foi reconhecido que Caoístas aspirantes necessitariam de tal ponto de partida para ajudar na integração da essência da Corrente do Caos.
A Invocação provou ser efetiva, já que ela faz com que os Caoístas alcancem resultados apropriados para suas Obras.
A Invocação é realizada totalmente de acordo com a vontade do aspirante. Alguns consideraram os fluxos desencadeados prejudiciais para suas respectivas ilusões contemporâneas, mas em seguida, tal iluminação provou ser por si mesma um passo para a liberdade Mágica.
Ocasionalmente, aqueles que realizaram a Invocação antes de estarem preparados, experimentaram reações violentas sobre eles e sobre seus meios, de uma forma considerada, por eles, indesejada. É da opinião do grupo TNS, porém, que tais reações são desejáveis, e de acordo com a Corrente e com a Invocação.
É altamente recomendável que qualquer indivíduo ou grupo que queira utilizar esta Invocação, faça isso em um contexto ritualístico, aplicando devidos sacramentos para afrouxar as fibras da psique e fazer com que os participantes fiquem mais suscetíveis a suas sutilezas.
Qualquer sacramento, seja ele galênico ou sintético, é aceitável, desde que seu principal efeito seja a ativação do mesencéfalo. Uma combinação de narcóticos e psicodélicos (no caso dos últimos, entre os de intensidades leve a mediana) é suficiente, contanto que uma lógica linear esteja presente na consciência. Tal lógica não deve obstruir a assimilação das energias da Corrente, mas deve haver o suficiente para que o Magista possa acessar a experiência a partir do estado de vigília em episódios Neuro-linguísticos.
A própria Invocação faz extenso uso de paradoxos Gnósticos, enquanto transmite conceitos Caóticos básicos e a psicologia anárquica que se desenvolveu a partir eles. Ela afirma a postura Caoísta.
Como um aviso final, os autores sugerem que a Invocação seja escrita pelas próprias mãos do indivíduo. Ela pode ser executada periodicamente de acordo com a necessidade, ou pode estar presente em uma série de trabalhos ritualísticos intensos na forma de um Retiro Mágico ou de uma Incubação Mágica.
INVOCAÇÃO DA CORRENTE DO CAOS
AVISO
Ao assinar esta declaração, você invoca sobre si mesmo e sobre tudo que você percebe como seu Eu, a totalidade da Corrente do Caos, na forma como ela é tida em relação a humanidade e tudo que isso implica. Ao fazer isso, você está ciente de que a responsabilidade por todas as consequências desta ação pertence a você somente, e de modo algum a outra pessoa ou agência.
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Eu, (nome profano), invoco a total experiência Mágica do Caos; e mesmo que eu saiba que nada é verdadeiro e tudo é permitido, meu intelecto me viola – e agora eu começo a violá-lo.
Caos! Caos! Caos! Zirdo Caos!
Eu sou como um abutre, bicando os ossos de minha racionalidade e lógica, e eu irei carregar sua carcaça vaporosa para o Vazio.
Caos, a ti eu invoco! Implante em mim o entendimento que toda realidade é mutável, e deixe aparente para mim que todas as probabilidades permanecem como sombras pulsantes por trás de toda realidade.
Io! Io! Io!
O Magista é testemunha de que todo conhecimento, quando ancorado em palavras, é desprovido de sabedoria. Conhecimento, tu eu destruo, para que a sabedoria possa ser recuperada a partir de teus destroços. Caos, a ti eu invoco: contigo eu devo conversar. Nós devemos conjurar sobre nós toda a experiência, pois toda experiência é válida. Oh Caos, me envolva! Conspire comigo, e nós devoraremos minha humanidade.
Caos! Caos! Caos! Io! Zirdo Caos!
Caos, eu sei disso: que há apenas um Deus, que há muitos Deuses, e que não há qualquer Deus; e que o multiverso está sufocado por demônios e que a aparente ausência deles zomba de mim também. E eu sei que o meu maior amor pode me destruir em um instante. Escolhendo uma verdade, eu posso escolher qualquer forma de insanidade com a qual irei preencher a realidade.
Caos! Caos! Caos! Io! Zirdo Caos!
A Vida é um inferno, a Vida é um paraíso.
A vida é um inferno, a vida é um paraíso.
A vida é um inferno, a vida é um paraíso.
A vida é um inferno, a vida é um paraíso.
A Vida é Caos!
A cada lufada de ar que inspiro, eu morro. Io Caos!
A cada ar que inspiro, eu sou renascido. Io Caos!
A cada foda, eu fodo e sou fudido também. Io Caos!
A cada momento eu adentro cada vez mais a vida, eu estou sempre certo de que a morte me espreita em todo o tempo e em todo lugar: mas isso, eu sei; eu nunca nasci, e então eu nunca irei morrer. Io Caos! Eu sou apenas um complexo de energias sinápticas que participam no conceito da ‘realidade’ por pura diversão.
E você, Insanidade; você irá rir comigo enquanto rasgamos o véu que nubla os olhos das numerosas massas.
Caos! Caos! Caos! Io! Zirdo Caos!
Mas Caos, diga-me: Eu sou meu corpo, ou eu não sou meu corpo? Eu sou minha mente, ou eu não sou minha mente? Caos, você é minha mente? Já que é auto-evidente que eu, como todos os meus colegas planetários, sou apenas uma jaula repleta de demônios, bagunçando e estremecendo como um aviário lotado.
Caos, eu penso sobre minha ancestralidade: qual é minha raça, qual é meu sangue? Eu sou um animal, ou eu estou estupefato com a ilusão de uma vida mais elevada? Eu aspiro a alguma elite? Eu penso que posso transcender algum modo de existência? Não estou me esforçando para trocar um tipo de energia por outro? E se o objeto de transcendência for nomeado ‘deidade’, então certamente isso deve ser aparente para o mais tolo que a deidade é imanente, e nunca transcendente. Io Caos!
Então eu, Magista, eu ouso, Humano: acha que você é um Caoísta, acha que você é um Magista, acha que você é um osquestrador de mudanças, dispense todo seu mal e mentiras insignificantes e qualquer desculpa que você possa vomitar para paralisar sua própria perspicácia e fazê-lo estagnante e constipado com suas mentiras inerentes! Eu te desafio: mude sua realidade, neste dia, neste momento! Saia daqui; mude seu nome, sua aparência, suas roupas, sua sexualidade, seu intelecto, sua fala! Renove-se! Rejuvenesça! Rejeite os anzóis e redes que você jogou em sua existência – mude agora ou morra! Transforme-se ou morra! Este é o próximo passo – Caos é o próximo passo. Pois não está claro para você que as costuras de seu mundo estão se separando e a própria essência do Caos, como ficou a mostra pela sua própria encarnação, a palavra ‘caos’, está se movendo diariamente para preencher seu mundo? Io Caos! Gargalhe comigo: observe seus cientistas tropeçarem e caírem enquanto as borboletas do Caos se transformam em vórtices vampíricos quando o Caos vem a chamar! Salte para o júbilo enquanto os sacerdotes inferiores se contorcem em seus sapatos enquanto seus escravos se tornam presas quando o Caos vem a chamar! Veja os tão chamados ‘líderes do mundo’, com seus cubículos e correntes, chicotes e botas, explodirem de medo quando o Caos vem a chamar! Seja vítima da Besta, ou aliado da Besta: a escolha é apenas sua, pois se você não clamar pelo Caos, o Caos irá clamar por você quando o Caos vier a chamar!
Caos, tu eu invoco! Me envolva, me engula, me devore e me consuma! Seja meu assassino e meu amante!
Io! Io! Io!
Io Caos!
Io Caos!
Io Caos!
Zazas zazas nasatanata zazas!
Io Caos! Que assim seja.
AQUI ACABA O RITO
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