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Talvez em nenhum lugar gays e lesbicas sofram mais preconceito do que dentro das igrejas de hoje. Quão diferente não é essa postura do exemplo dado por Cristo que falava com samaritanos e jantava junto dos publicanos colocando o amor pelos homens antes de qualquer preconceito. Quão triste ele não ficaria ao saber que hoje as próprias escrituras cristãs são usadas para reforçar este tipo de discriminação. A homofobia presente hoje nas igrejas não está só indo contra o que Jesus ensinou, mas está também fechando as portas da cristandade para uma parcela da população a quem o amor cristão foi negado. O objetivo deste artigo é deixar claro de uma vez por todas que a homofobia não possui bases bíblicas seguras e que é fruto da tentativa capenga dos líderes religiosos em controlar seus próprios preconceitos.
Em última instância, a fé pessoal de um cristão não deveria depender da aprovação de qualquer igreja, padre ou pastor, mas sim ser firmemente baseada nas palavras e ensinamentos de Jesus Cristo. Privados de uma participação plena gays e lésbicas passam a encarar a religião como um inimigo que deve ser combatido, criando um círculo vicioso de ódio que sequer deveria existir. Uma análise aprofundada da bíblia revelará que o evangelho foi deixado para todos e que de não diz nada do que os fanáticos gostariam que ela dissesse sobre a homossexualidade.
Entendendo a Bíblia de uma nova maneira
Existem três coisas muito importantes de se ter em mente ao ler a bíblia:
Primeiro, sempre considere o contexto. Para entender qualquer passagem da bíblia é necessário primeiro entender o cenário e contexto no qual cada passagem foi escrita. Quem está falando para quem. Qual a intenção daquela frase. Em qual cultura ela está imersa? No caso das escrituras o contexto cultural e social varia enormemente de livro para livro. Por exemplo, quando a Bíblia diz que Deus ordenou que a humanidade deveria ‘crescer e multiplicar’ lembre-se entre outras coisas que isso foi dirigido a Israel, uma diminuta nação nômade do deserto cercada de inimigos. Eles precisavam ‘multiplicar’ para sobreviver e futuramente levar a palavra de Deus para o mundo. O mesmo vale para quem determinado texto é endereçado, a Bíblia tem textos dirigidos especificamente a sacerdotes, à pessoa comum, a pessoas casadas, a pais, etc. Não podemos tirar um trecho de uma mensagem e, tirando-o do contexto, aplicá-lo à população geral, isso apenas serve como uma forma de controle, não de divulgação da Palavra de Deus.
Em segundo lugar não se esqueça que a Bíblia começou como uma tradição oral e que foi escrita em línguas antiquíssimas (primeiramente hebraico no antigo testamento e grego no novo testamento) por muitos e muitos séculos. Somente depois é que ela foi copiada e recopiada das linguagens originais e traduzidas para outras línguas como o latim, o inglês e o português. Qualquer pessoa que fale ou leia mais de uma língua sabe que toda tradução carrega sempre uma boa parcela de interpretação e julgamento pessoal. Estas interpretações seguramente foram feitas sob a tutela de uns poucos interessados em poder por muitos e muitos séculos e ainda que vivêssemos em um mundo de boas intenções, tradutores e copistas são sempre humanos e portanto suscetíveis ao erro.
Em terceiro lugar temos que ter em mente que no momento em que os livros avulsos usados na época foram reunidos na Bíblia, a instituição religiosa se firmou, colocando junto com os sermões e leituras a política que desejavam instaurar, como se ao reforçar uma idéia deles (sacerdotes e imperadores) junto com o texto sagrado, esta idéia se tornasse sagrada também. Vejam por exemplo que mesmo antes da difusão do cristianismo, já havia uma legislação romana condenatória da homossexualidade, que no entanto era pouco aplicada, a chamada Lex Scantinia. Com a expansão do Cristianismo, essa lei, que, ao que os estudos indicam era letra morta, passa a ser aplicada, inicialmente em casos de violação de menores. Posteriormente, os imperadores cristãos, a partir desse substrato da legislação romana, articularão novas legislações que intensificam a condenação da homossexualidade. O rigor da condenação é progressivo, se a princípio restringia-se ao abuso de jovens e prostituição sexual, novos editos passaram a condenar indiscriminadamente todo ato homossexual.
À prostituição homossexual chegou-se a aplicar penas máximas, como queimar vivos na fogueira, aqueles que cometiam esse “delito”.
Entre os séculos VII e XI, encontra-se na literatura da história da Igreja Católica, os Penitenciais: um guia para os sacerdotes e fiéis, aos que se instruía mediante uma penitência sobre a gravidade dos pecados cometidos. É nos Penitenciais que distingue-se por primeira vez as diferentes formas de atos homossexuais: toques, afetos, masturbação….homossexualidade ativa e passiva, habitual e ocasional. A homossexualidade é sempre julgada como pecado grave e as penas eclesiásticas oscilam entre 3 e 15 anos. Pela primeira vez cita-se a homossexualidade feminina e sua penalidade é inferior à masculina. Na Idade Média, com Santo Tomás de Aquino, a homossexualidade se inclui entre os pecados contra naturam, junto com a masturbação e a relação sexual com animais. Para Tomás esses pecados sexuais são mais graves do que os pecados secundum naturam, embora estes se oponham gravemente à ordem da caridade, por exemplo: adultério, violação, sedução. Historicamente, o comportamento homossexual, parece ser avaliado como uma atividade contrária à ordem natural disposta pelo Criador, já que a relação sexual está orientada somente para a procriação. Há no entanto, estudos que sugerem que os homossexuais encontravam um ambiente mais tolerante na Idade Média do que o evidenciado na atualidade. Por isso é sempre muito importante sabermos separar a Palavra de Deus das vociferações dos auto eleitos sacerdotes e pastores.
O que os sodomitas querem?
As escrituras hebraicas nos contam a epopeia do povo hebreu em muitos livros. Foram estes livros que Jesus conheceu e estudou. Para os cristãos eles continuam a servir como o fundamento histórico de sua fé. O antigo testamento, como também é chamado, contém algumas das passagens mais populares usadas para atacar os gays e as lésbicas.
Qual o pecado de Sodoma em Gênesis 19:1-28?
Esta antiga passagem é usada frequentemente e erroneamente como a “prova bíblica” de que Deus não se agrada com a homossexualidade. De acordo com muitos, estas cidades foram destruídas porque seus moradores cometiam o “pecado da homossexualidade”. Mas como mostraremos a seguir, sugerir que Sodoma e Gomorra foram destruídas devido às práticas homossexuais é interpretar as escrituras de maneira equivocada.
Encontramos na própria Bíblia a chave para corrigir esta maliciosa identificação de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade. Como deixam claro os trechos abaixo, o pecado de Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. As pessoas de Sodoma quebraram a lei da hospitalidade aos estrangeiros que também era uma exortação religiosa em sua cultura. No Antigo Testamento atribuem sua destruição à: falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9), adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14); orgulho, intemperança na comida, ociosidade e “por não ajudar o pobre e indigente” (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico, 16:8). O uso da expressão “[…]Traze-os fora a nós, para que os conheçamos.” (Gen 19:5) é a base para outro erro de julgamento. O verbo hebraico yadha (“conhecer”) é encontrado 943 vezes no antigo testamento e apenas em dez deles se refere ao intercurso sexual – e em todas elas as relações heterossexuais.
Mas mesmo se os sodomitas realmente queriam atacar os anjos e força-los a relações homossexuais essa passagem é claramente uma condenação ao estupro (que é uma forma radical de falta de hospitalidade). Estupro e abuso sexual, seja heterossexual ou homossexual é um pecado grave em todas as circunstancias.
No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade (Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7, Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste relação com o “homoerotismo”.
Adão e Estevão
Este é um refrão sempre repetido para rejeitar o direito de existência dos gays e lésbicas. A estratégia homofóbica aqui é outra, segundos os opositores Gênesis 1 e 2 condenam a homossexualidade não mencionando-a. Esse é um argumento muito fraco e difícil de sustentar. Em primeiro lugar Eva não foi criada apenas para reprodução sexuada, mas para se uma companheira (Gen 2:18). Essa é sem dúvida a base de muitos relacionamentos amorosos, seja hetero ou homossexual. Além disso, a narrativa de Gênesis é uma explicação e não uma prescrição. Levar essa história de modo literal nos levaria a conclusões absurdas. Por exemplo, concluiríamos que irmãos e irmãs são as melhores opções para maridos e esposas, afinal com quem mais os filhos do primeiro casal se multiplicariam? Ou pior, seguindo Gênesis 1:27 lemos: “E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” podemos dizer então que o primeiro ser criado por Deus era hermafrodita, e que todos que fugirem deste padrão são abominações? Usar as escrituras desta maneira é uma ofensa à inteligência que nos foi dada por Deus e torna o entendimento das questões bíblica algo sofrível.
Foi Jesus que afirmou, ainda, que “há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães” (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente.
A Lei de Moisés
Há ainda outro trecho das escrituras hebraicas usadas para condenar o estilo de vida homossexual. Ele está no livro de Levítico 18:22 e 20:13. “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” e “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.”. Neste caso devemos novamente ser muito atentos ao contexto no qual este livro se apresenta.
O Levítico é antes de mais nada um livro de Leis e Rituais sacerdotais, isto, obviamente não significa que as leis lá descritas devem ser seguidas apenas por sacerdotes, mas já mostra que eram leis feitas para proteger o povo de Israel, o povo escolhido. Protegê-los de que? No livro do Gênesis e no do Êxodo, o Senhor constantemente adverte o povo escolhido sobre adotar práticas religiosas relativas a outras crenças que não o judaísmo, o pedido de Moisés para que o Faraó liberasse o povo para cultuar a Deus como era o seu costume, o episódio do Bezerro de ouro, e mesmo Raquel furtando os ídolos de Labão são exemplos disso. Deus adverte repetidas vezes o erro que seria adotar outras práticas ou adorar a outros deuses.
No antigo Oriente, a homossexualidade era algo comum. Entre os Hititas, povo vizinho e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento entre homens. Dentre esses povos era muito comum também a prática de rituais homoeróticos. Fica claro assim a ligação entre esta condenação e essas práticas rituais idólatras. O objetivo era afastar a ameaça daquelas práticas e não o homossexualismo. A prova clara disso é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade masculina. Seria permitido então que mulheres se deitassem juntas mas não homens? Teria Deus se esquecido das lésbicas ou para Ele a homossexualidade feminina não era pecado? Se isto não é suficiente basta levarmos em conta, ainda, que de todas as leis contidas no Pentateuco apenas duas vezes surge a referência ao comportamento homossexual, e mesmo assim apenas ao masculino.
Ademais, qualquer pessoa que citar essas proibições deveria antes ler o capítulo todo ou todo o livro de Levitico. Caso se deseje levar a ferro e fogo apenas dois versículos que fala sobre a prática homossexual, mas não sobre o homossexualismo, tirando-os do conceito, então todo aquele que comesse carne de porco, lagosta, camarão ou ostras deveria ser apedrejado. Toda mulher que fizesse sexo durante o perído mestrual seria castigada. Todo homem que fizessem a barba seria uma abominação. Pastores teriam que se despedir de suas feijoadas e deixar a barba crescer novamente.
E mesmo aqueles que ainda pensam que a Lei Mosáica foi escrita para ser seguida por toda a humanidade, sem distinção e não apenas para a pequena nação de Israel naquele período histórico de sobrevivência não podem esquecer que Jesus Cristo com seu sacrifício já livrou a humanidade do vulgo da lei.
Ainda há mais para nos atentarmos, quando a Bíblia é utilizada como forma de disseminar o preconceito e o ódio, e por isso vamos a mais alguns fatos que devem ser levados em consideração. Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras: homossexual, lésbica ou homossexualidade. Isso acontece porque a palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes lingüísticas: Homo (do Grego, significando “igual”) e Sexual (do latim). Portanto toda e qualquer versão da Bíblia que apresente este termo deve ser descartada como um objeto de controle, e não de divulgação da Aliança Divina.
Mesmo se tomarmos a Bíblia de forma geral, não existem condenações ao ato de amor entre pessoas do mesmo sexo, muito pelo contrário. No livro II Samuel 1:26 lemos sobre a relação entre David e Jônatas: “Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!” (II Samuel, 1:26). O que poderíamos dizer sobre David e seu “amor que não ousava dizer o nome”. O Eclesiastes também nos ensina que: “É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor” (4:11).
A Lei do Amor
Qual é a mensagem fundamenta da Bíblia e do Evangelho de Jesus? Como cristãos acreditamos que os textos hebraicos são revelações divinamente inspiradas para seu povo escolhido além de um estudo relevante sobre a história do povo judeu. Acima de tudo é a primeira parte de uma história que culmina na rendenção. Adicionalmente, como cristãos, nossa lei vem de Cristo e a lei das leis é o Amor. O cumprimento perfeito de tudo o que Deus quer é cumprido seguindo o mandamento duplo: “Amar a Deus e amar ao próximo.”
Nem Jesus, nem Paulo, nem nenhum dos quatro evangelistas, nem nada no novo testamento é freado pelo culto ou regras da lei mosaica. Paulo claramente ensina que os cristãos não estão sujeitos às antigas leis. (Galatas 3:23-25), que a antiga aliança foi completamente cumprida em seu propósito em Cristo (Romanos 10:4) e que foi comprida e sobrepujada pelo amor (Romanos 13:8-10, Galatas 5:14). Jesus falava sobre sexualidade de uma maneira aberta e sincera até para os padrões de hoje. Ele afirmava as vantagens do casamento, mas também declarou que o casamento não é para todos. (Mateus 19:3-12). Além disso a Bíblia não contém uma só palavra dita por Jesus condenando a homossexualidade.
Parece grego para mim
No novo testamento existem três trechos usados como condenação a relações homossexuais, mas veremos o quanto de má fé estas interpretações carregam. Hoje existem muitas traduções da Bíblia para o português, o que permite mesmo ao estudioso que nao sabe grego compreender como uma mesma palavra pode ganhar vários significados, na maioria das vezes pendendo fortemente para os preconceitos do tradutor. As três palavras gregas usadas pelos ativistas homofóbicos para condenar os gays sairam da boca de Paulo de Tarso. A Saber; malakos, pornoi e arsenokoitai. Estas palabras usadas em Corintius 6:9 e Timótio 1:10, traduzidas literalmente significam: efeminado (malakoi) e abusadores (arsenokotai.).
Nenhuma das duas palavras tinha o sentido de ‘homossexual’ na época em que o Novo Testamento estava sendo escrito. Ao contrário, já existiam várias palavras gregas para representar especificamente as atividades homossexuais, mas Paulo não usou nenhuma delas. Entre outras as traduções possíveis de arsenokoitai temos: “abusadores”, “estupradores”, “molestadores de crianças”, “pedófilos”, “pervertidos”, “devassos”, “sodomitas”. Para pornoi temos: “imorais”; e para malokoi outras traduções possíveis seria “efebos”, “efeminados”, “catamitas”, “meninos prostituídos”, “adulteros”. O fato de tanto em Corintius como em Timóteo as duas palavras fazerem parte de uma lista, não permite a qualquer tradutor bem intencionado extrapole seu significado para satisfazer seus credos pessoais.
Não é interessante diante de tantas notícias tristes envolvendo escândalos sexuais de sacerdotes, como alguns padres e pastores fervorosos condenam gays e lésbicas com tanta veemência usando estes versículos, esquecendo que eles também podem significar “pedófilos” e “abusadores de crianças”?
Romanos 1:26-27 é o terceiro trecho usado por estes sacerdotes: “Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.”
Essa passagem realmente condena pessoas que são “naturalmente” ou “intrinsicamente” homossexual? Quando Paulo escreveu este texto, vivia ele numa época de grande licenciosidade sexual – tempo de Calígula, Nero e de Satiricon -, por isso de fato ele condenou os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco. Também, este texto, não é uma alusão ao fato de que as pessoas não deveriam adulterar o comportamento sexual que lhes é natural? Assim como aplicamos muitas passagens referentes aos homens para as mulheres, segundo o principio mutatis mutantis do amor de Deus, não deveriamos também concluir que se ele diz especificamente que heterossexuais não deveriam se tornar homossexuais então que gays e lésbicas não deveriam também forçarem-se a heterossexualidade?
Esse é o real sentido da palavra ‘perversão’. Ao forçar-se a ser o que não é, você cria uma versão inferior de si mesmo. Hoje sabemos que a homossexualidade possui sólidas bases genéticas. Uma pessoa que tenha uma constituição física que inexoravelmente dirija a relações homo-afetivas está na verdade glorificando Deus ao dar expressão a este amor no lugar de escondê-lo ou tentar mudá-lo, afinal foi Deus que a fez assim. Como disse Jesus em Marcos 4:21 “‘Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe alto num candeeiro?” – Marcos 4:21
A Bíblia traz as boas novas!
“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.”. (Romanos 14:14)
Fazendo estas observações, não queremos diminuir a Bíblia ou negar sua autoridade, inspiração e importância para a vida Cristã. Muito pelo contrário, amar a palavra de Deus é esforçar-se para entendê-la e não apenas aceitar o que é gritado nos púlpitos e nos televisores. O movimento Jesus Freak afirma que a Bíblia tem muito a dizer mas nós devemos estar prontos para superar nossos preconceitos e ouví-la. Não permita que existam intermediários entre você e Jesus Cristo.
Seres humanos são capazes de erros ao construir doutrinas que não são verdadeiramente compatíveis nem com a Bíblia nem com o amor de Deus. Será que um cristão pode sinceramente acreditar que Cristo, a personificação do amor, que viveu o amor acima de tudo, que deu sua vida para que vivamos em abundância, que reconhecia a necessidade humana de amor exigiria que legiões de homossexuais vivessem uma vida de culpa ou celibato, negando a natureza que lhes foi posta em seus próprios corpos pelo Deus Pai? Talvez o Cristo carrancudo que eles pregam, mas não o Cristo que está na Bíblia.
Jesus morreu por nossos pecados não por nossa sexualidade. Jesus nos liberou para viver uma nova vida de amor em Deus. Nem o amor heterossexual, nem o amor homossexual são pecaminosos. Sexo apenas se torna corrompido quando abusamos de outras pessoas, como no caso dos sodomitas, ou quando abandonamos o modo de amar para o qual Deus nos destinou. Cristo morreu pelos pecados de todos, héteros e homossexuais. Gays e lésbicas podem livremente abraçar a fé salvadora em Jesus Cristo sem tentar negar o amor que existe em seus corações e sem tentar fingir que são outras pessoas.
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