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Tempo atrás, em todos os cinemas do Brasil foi exibido um filme muito interessante chamado Sexto Sentido. Para quem não o viu, o filme conta a história de um menino que estava adoecendo só porque via constantemente os espíritos dos desencarnados, principalmente na casa onde residia. Tentava comunicar essas visões e audições paranormais aos seus amigos, professores, e à própria mãe e sempre acabava sofrendo agressões e repreensões. Diante disso tinha que se encolher em si mesmo com suas próprias vivências e não contar nada a ninguém do que estava vendo. Sua maneira de ser e de reagir, para a própria mãe e para os demais, assumia aspectos de doença mental, de paranóia, autismo etc.
Diante do acima exposto, pergunta-se, ver coisas e seres além do normal, ou também ouvi-los, é sempre indício de paranóia ou pretensa doença cerebral? É verdade que nós, fisiologicamente falando, só temos cinco sentidos? E o que vem a ser o Sexto Sentido?
Essa história de classificar de esquizofrênicos, paranóides hebefrênicos, autistas aquilo que em nosso perceber vai além do pretenso sentir normal, isso é próprio de um fisiologismo cerebral científico completamente tacanho e restrito. Isso é prepotência absoluta da lógica-razão, com sua teoria do conhecimento totalmente ridícula e completamente descabelada. Isso é intolerância e desconhecimento próprios de uma psiquiatria cega, surda e muda. O verdadeiro Sentir em cada um de nós não é somente aquilo que os pretensos cinco sentidos limitados e o fisiologismo científico captam. O Sentir-Saber-Entender no Homem pode ter uma abrangência mais ou menos infinita. O sexto sentido em si, portanto, não é somente ver e ouvir além do normal. Sexto Sentido é ouvir, cheirar, gustar, além dos limites que a neurologia científica estabeleceu para o funcionamento nervoso e cerebral. E os limites que a neurologia científica estabeleceu em absoluto traduzem a percepção real. As restrições que o fisiologismo cerebral estabeleceu são invencionices desse mesmo fisiologismo e não traduções corretas do que viria a ser a mente (e não cérebro) do próximo funcionando. E mais, se por causa da neurologia científica, um pretenso sentir pretensamente normal ficou, não é porque o Sentir em si é assim, ao natural, mas apenas assim ficou por causa das restrições impostas por parte daqueles que nunca entenderam de nada, mas dando uma de cientista, de sabe tudo, se meteram a mexer com uma massa melequenta que é praticamente impossível decifrar.
Amigos, sexto sentido não é um sentido sui generis há mais. Sexto Sentido é o verdadeiro Sentir livre das peias estabelecidas pela ciência acadêmica E não poucas vezes a pretensa normalidade dos cinco sentidos é que é anormal, porquanto foi impingida anomalamente pela tradição, há muito tempo, e pelas religiões, filosofias e ciência, já que era muito conveniente ao status quo. Por meio dessa restrição do Sentir, eles conseguem subjugar o homem, dominando-o e escravizando-o . Por conseguinte, não é verdade que só temos cinco sentidos que precisam funcionar como manda o figurino. Os sentidos do homem são muito mais ou são muito menos. Os sentidos do homem quando livres do mal pensar são apenas SENTIR, e não olhos vendo, ouvidos ouvindo, nariz cheirando etc.
No filme Sexto Sentido, também fica claro que as entidades do além, ao desencarnar, nem sempre entram no tal túnel de luz ou sobem para a luz astralina, para a luz celestial. Muitos dos falecidos ficam no nosso meio, sutis e imperceptíveis aos nossos sentidos, mas desesperados para se comunicar com os vivos ou encarnados, ou para denunciar o que lhe aconteceu no últimos dias ou instantes de suas vidas. Certos espíritos do além só descansam ou se aquietam e sobem quando conseguem se comunicar com alguém aqui na Terra. Por isso eles utilizam o menino do filme para dar os seus recados e o machucam quando este se recusava ser o porta-voz dos falecidos.
Tudo isso é possível, Dr. Bono? Com o desenlace humano, tudo não poderia se acabar, não poderia vingar apenas “o nada mais além”, como apregoam os cientificistas e materialistas do mundo inteiro? Estes últimos não teriam razão em dizer que com a morte tudo se acaba?
— A pois é, amigo, se esses materialistas estivessem certos, eles evidentemente teriam a razão do diabo e do inferno!… E a propósito do que acontece após o desenlace, aqui não é somente uma questão de dar mão à palmatória, ao espiritismo, umbanda, apometria, esoterismo, espiritualismo em geral, e que falam de uma sobrevivência no além, mas seria o caso também de levar em conta toda as informações da espiritualidade e religiosidade do mundo inteiro, que também apontam para o mesmo tema, para as mesmas ocorrências e para as mesmas condições, e que com toda a probabilidade vingam para o após morte. Até o catolicismo, protestantismo, judaísmo, islamismo, e que fazem uma força incrível para ficarem restritos à desculpa esfarrapada do mistério ou senão se restringem às suas egrégoras do postmortem, já se depararam com a sobrevivência do falecido num mais além ou num após o falecimento E diante disso não há como negar que com a morte não há o aniquilamento de coisa alguma, e sim apenas dá-se uma transferência forçada do desencarnado. Ele deixa de ser o fulano de tal pensante com seu mundo pensado e cotidiano para transferir-se para outra condição em que o meio pensado muda por completo. Mas isso é possível porque em verdade nada começa e nada se acaba. Se esses donos do poder não tivessem condicionado previamente nossa mente e nossos sentidos à pretensa normalidade da tradição e à pretensa normalidade do fisiologismo científico, os desencarnados sempre seriam perceptíveis para todos nós e poderíamos continuar nos relacionando com eles. Mas a ruptura da falsa morte teve que prevalecer, e aí as portas do além aparentemente se fecharam para alguns que acreditam terem ficado restritos à normalidade dos cinco sentidos, apenas.
Sempre no filme Sexto Sentido há um médico psiquiatra que leva um tiro e parece ficar gravemente ferido. Depois parece recuperar-se quando em verdade não foi bem assim. Este médico resolve então querer ajudar o menino problematizado, já que o pequeno era assediado pela angústia e pelo medo. Os espíritos do além não o deixavam em paz. O tal médico (desencarnado) do filme efetivamente ajuda o menino. Para grande surpresa do espectador, no final do filme, ficamos sabendo que o médico simplesmente já tinha falecido e que mesmo na condição de morto resolvera e consegue ajudar o menino.
Dr. Bono, a seu entender, um desenlace como o do médico e uma conduta abnegada no após morte é cabível? Sim pois este psiquiatra é assassinado por um paciente revoltado que ele não soube ou não pôde tratar direito, quando vivo. E a seguir o próprio assassino comete o suicídio. Mas poderiam um recém assassinado voltar a atuar no nosso meio, a favor de um menino paranormal e perseguido, e esquecer por completo seu desafeto ou esquecer o que o paciente assassino fez com ele? Ou também, poderia o tal pretenso paciente assassino na condição de desencarnado abandonar a sua vítima detestável, e que no caso era o médico recém falecido?
É claro que não, meu amigo. O que o filme mostra é pura ficção e acomodação dos fatos segundo a imaginação do autor. Em espiritualidade e em sobrevivência para o mais além, as coisas são um pouco mais complexas. E até mesmo bem mais simples, mas geralmente são muito dolorosas e atormentadoras. Como de hábito e de alguma forma, o pretenso carrasco e a pretensa vítima por causa da Lei do Carma ficariam entrelaçados por um certo tempo. Tal não aconteceria só se um dos dois fosse extremamente espiritual e abnegado. E se não um, os dois indivíduos ao mesmo tempo. Aí o laço carmáticos se romperia, pois estariam pondo em prática a recomendação de Cristo, “Se o teu rival te esbofetear na face esquerda, ofereça-lhe também a direita.” No Cristianismo antigo e oficial, esta recomendação virou masoquismo falsamente santificante a fundamentar pretensos mártires da antiga Roma. Com suas recomendações, Cristo apenas nos ensinou como romper com os laços carmáticos do “toma lá e dá cá, e vice-versa”. .
Dr. Bono, por que será que no que se refere à paranormalidade humana existe tanta ignorância? Por que a medicina não admite que haja uma possibilidade de ver o postmortem, o mais além, ou senão que em alguns possa prevalecer uma possibilidade de clarividência, clariaudiência? E por que os psiquiatras, totalmente condicionados pelo fisiologismo da escola científico-materialista chamam esse tipo de visão e audição de telepatia, precognição, retrocognição ou senão de alucinação, delírios etc ?
Pois é, amigo, é por que, à revelia dos mais inteligentes, o fisiologismo científico ligado ao cérebro e ao corpo humano conseguiu implantar pretensas condições normais de ver e ouvir, que nunca foram normais, ou quando muito eram meras aproximações, acomodações. E isso, face ao Ilimitado poder do Sentir Primevo do Homem, constituiu-se numa legítima restrição e violentação, batizada de normalidade. —— Em segundo lugar, não se pode negar que, lamentavelmente um psicótico crônico, um paranóide de longa data é vítima de seu próprio pensamento, é vítima dos mecanismos de sua própria memória-imaginação. É vítima de suas próprias reconstruções mentais e que acabam em distorção, em extrojeções atormentadoras, em pretensas alucinações e delírios. Certos psicóticos, por culpa deles mesmos, e por uma exacerbação de seus próprios egos e modos de mal pensar, estão sempre se deparando com seu próprio inferno, e que para eles se apresenta como se fosse uma realidade, como se fosse um perigo, uma constante perseguição, alucinação e delírio. Mesmo que aí tudo seja forjado por eles mesmo, eles lamentavelmente sofrem terrivelmente com suas próprias reconstruções e extrojeções pensantes-pensadas. Lamentavelmente porém, a psiquiatria não conhece nada disso nem quer conhecer, e tampouco faz absolutamente nada para ajudar, a não ser administrar medicamentos que acalmam sim, mas também acabam embotando e intoxicando. E no que diz respeito à visão científica de paranormalidade, antes de Rhine inventar a sua Parapsicologia, já existia um espiritualismo científico, uma metapsíquica que discorriam sobre o mais além e sobre as incríveis possibilidades paranormais do homem, com mais felicidade e abrangência. Antes de surgir a Parapsicologia americana, o ser humano já era dotado de incríveis possibilidades cognoscitivas e sensitivas que iam muito além do normal, como sempre, aliás. Num legítimo desespero de causa e numa tentativa extremada de convencer seus colegas materialistas e cientificistas, ou seja os colegas psicólogos da escola behaviorista norte-americana, Rhine, com suas colocações estatísticas e quantitativas, a contragosto teve que sufocar e restringir as infinitas possibilidades do bom Sentir e Saber e que é exatamente a verdadeira normalidade rotulada de paranormal. Para certos parapsicólogos materialista, a paranormalidade se restringe ao funcionamento cerebral, para os psiquiatras tal paranormalidade sequer existe ou então não passa de alucinações e delírios.
Sempre no contexto do Sexto Sentido, ao longo do desenrolar do filme ocorre um fato de desmaterialização e rematerialização de objetos. Pergunto, mas isso acontece de fato? Por que será que nos casos de levitação, de desmaterialização, de poltergeist, os pretensos entendidos e cientificistas tem que inventar tantas mentiras, historietas e desculpas que jamais chegam a roçar a verdade que envolve todos esses fenômenos? Como é que se explica tudo isso, se é que se precisa explicar?
Pois é, amigo, mas é bom que se enfatize que com os fatos de desmaterialização, rematerialização, abdução, levitação, poltergeist, e que amiúde ocorrem numa boa espiritualidade não condicionada, todas as teses e leis científicas caem por terra, por falsas, mentirosas ou insuficientes. Onde já se viu, por exemplo, um tijolo atravessar o teto compacto e cair sobre a mesa de trabalhos espirituais, ainda quente e intato? Como é que uma coisa material atravessa o pretenso teto também material? Como é que uma minhoca viva com terra e tudo, caindo do teto, aparece ou se materializa numa mesa de trabalhos espíritas ou espirituais? Como é que objetos pesadíssimos começam a levitar, a flutuar, como se fossem feitos de ar ou como se fossem plumas? Aí onde vai parar a Lei da Gravitação de Newton? E a propósito, a levitação espiritual não faz lembrar o Vazio-Cheio Primordial (ou Sunyata, Çunya) e não o materialismo científico? Como é que surge fogo das paredes, do nada, ou começa jorrar água da parede, ou aparecem estranhas escritas nos móveis, nos espelhos, nos vidros, nas paredes, de cá e de lá, ou se ouvem fortes marteladas nas paredes e nos móveis, não existindo absolutamente ninguém presente, a não ser é claro, o sensitivo e alguns mais? A paranormalidade do senhor Quevedo diz que é o cérebro ou são os hormônios do sensitivo que fazem tudo? Ora, digo eu, por favor, não me façam rir que vou chorar!
Dr. Bono, o final do filme é muito alentador, pois a própria mãe da criança descobre que o filho não era um doente mental nem estava mentindo. Graças aos préstimos do espírito do psiquiatra, o menino acaba se conformando com seu próprio sexto sentido e o aceita como absolutamente normal, natural. O amigo psiquiatra desencarnado simplesmente segue em frente ou sobe, despedindo-se do pequeno paranormal. O seres do além deixam de atormentar o menino e aparentemente alguns se tornam amigos da criança.
Bem, mas afora isso, pergunto afinal, morrer, desencarnar é o fim de tudo, ou a vida simplesmente se permuta, se transforma em outra condição existencial? E se em verdade ao morrer todos nós nos transferimos, por que os transferidos ou os falecidos não conseguem travar um contato maior com os seus entes queridos que aqui ficaram? E por que os daqui, malgrado os sensitivos e médiuns, também não conseguem uma comunicação clara e perfeita? Por que tantos impedimentos para elucidar melhor o que vem a ser a morte ou o desencarne do homem?
Ora, amigo, porque desgraçadamente, num nível visível-invisível sempre existem os tutores da humanidade, sempre existem os manipuladores da falsa fatalidade que estabeleceram normas e leis fajutas, e não deixam que os de lá se comuniquem com os de cá, sob pena de uma porção de trapaças do mundo invisível virem à tona, como a dolorosa farsa do próprio desencarne. E também não deixam que os de cá, de algum modo acabem entrando em contato com os de lá, de um modo direto e claro. Isso se dá só por meio de uma pretensa viagem ao astral, projeção astralina, que é mais pensante-pensada que fatual. O falso abismo que separa a vida da morte tem que ser mantido custe o que custar e ninguém pode suplantar seus impedimentos, nem ninguém pode violentar o que o falso senhor da vida e da morte, ou seja, o Demiurgo, estabeleceu. Lamentavelmente todas as religiões oficiais trabalham a favor desse monstro, até o próprio espiritismo, porquanto o que este último conta por meio de seus médiuns às vezes são acomodações e mentiras, e não revelações autênticas…
Ernesto Bono
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