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As pessoas têm o péssimo hábito de morrer.
Este é um costume tão enraizado na humanidade que antes de inventarmos as igrejas, a ciência e a arte, as pessoas já faleciam aos montes, um hábito que permanece até os dias de hoje. Não demorou muito para aqueles que ainda estavam vivos começassem a questionar o que acontecia com quem deixava este mundo. E assim que começaram a surgir formas de entretenimento sociais como a religião, o teatro, livros e as megaproduções de Hollywood, este assunto foi explorado ao extremo; não é de se espantar que pessoas tenham se especializado nele e o transformado não apenas em uma área de estudo, mas também em uma profissão. Talvez uma das profissões mais antigas da história, já que raramente o xamã local tinha que caçar a própria comida.
A morte e seu principal subproduto, os fantasmas, inflamam a imaginação do ser humano desde que este se entende como tal, e não demorou muito para que ele voltasse seus meios de estudo e sua compreensão para tentar entender aquelas coisas translúcidas que eram capazes de atravessar as paredes. A religião, a filosofia, o ocultismo e finalmente a ciência foram usadas para tentar se compreender e analisar esses eventos que nem os mais cínicos conseguem ignorar por muito tempo. O fenômeno é tão comum que dificilmente alguém não tem uma história pessoal para contar.
Mas como classificar essas atividades chamadas de paranormais, que envolvem a aparição e interação de fantasmas com os vivos? Existem milhares, talvez mesmo milhões, de registros mecânicos e digitais de espíritos dignos de confiança. Alguns deles vêm sendo estudados há décadas sem que tenha surgido uma evidência sequer de fraude. Mas mesmo assim aqueles que se utilizam do método científico e jornalístico não estão mais próximos de explicarem o fenômeno do que o velho xamã preguiçoso.
O filme Os Caça-Fantamas, de 1984, e depois uma série de outros filmes e seriados televisivos, acabaram excitando a curiosidade de muitas pessoas e as incentivou a sair também coletando seus dados e evidências em busca de uma prova de que a existência do ser persiste além da morte física e com o tempo se criou um processo mais ou menos aceito por muitos como a forma correta, ou mais eficaz, de se buscar não apenas espíritos mas também atividades fantasmagóricas e muitos outros tipos de eventos desconhecidos. Mais recentemente, na era do Reality Show seriados como Ghost Hunters tem registrado o procedimentos de profissionais do ramo, levando os casos do fundo do porão para a sala de estar das pessoas. O que você tem em mãos agora é o resultado do trabalho da Morte Súbita Inc. de se criar um manual prático, baseado na experiência de alguns de seus membros, para que os interessados possam se equipar e sair buscando suas próprias experiências. Este manual contém itens didáticos que tornam possível que a pessoa, mesmo sem nenhuma experiência prévia, possa identificar aquilo com que está lidando, até dicas de como encontrar locais assombrados para pesquisar, como criar um arquivo de casos, equipamentos necessários e um guia prático de como se conduzir uma pesquisa de campo. Este é um campo de pesquisa e estudos que não possui ainda um currículo necessário, ou seja, qualquer um com uma base boa pode fazer parte dele, a única coisa que servirá para dizer se você é um bom caçador de fantasmas ou não são suas próprias experiências. Por isso se prepare, tome notas e boa sorte. Agradecimentos
Agradecimentos
Este trabalho é uma homenagem a memória de Octávio Castelani, (Frater Abel 93) falecido em agosto de 2009 e Jaime Garcias, (Frater EctoZ) falecido em abril de 2010, pioneiros do projeto Morte Súbita Inc. no ramo de caçadas fantasmas. Estamos atrás de vocês, camaradas 🙂
Índice
PARTE I – Fantasmagoria teórica:
- Experiência Objetiva e Subjetiva
- Importância da Pesquisa e do Método Científico ao se Caçar Fantasmas
- Níveis de experiência sobrenatural
- O que é um Fantasma?
PARTE II – A Fauna Espectral
- Classificação das Atividades Fantasmagóricas
- Fantasma Tipo A – Entidades
- Subtipos de Fantasma A: Projeções, Arautos e Vagantes
- Fantasma Tipo B – Espectros
- Fantasma Tipo C – Distorções
- Atividades Pseudo-Fantasmagóricas
- Fenômenos Naturais tidos como fantasmas
- Atividade Poltergeister
- Doppelgängers e fenômenos de bilocação
- Possessão Demoníaca
- Como nasce um fantasma
PARTE III – Arsenal
PARTE IV – A Rotina da Caça
- Preparando-se para Caçar Fantasmas
- A pesquisa de campo prévia a caçada
- Últimos preparativos antes da ação
- Algumas verificações para a caçada
- O Fator Humano
- A Rotina da Caça
- Pausa Para o Descanso
- Analisando os Dados de uma Caçada
- Terminando a Caçada
- 14 Dicas práticas para Caçadores de Fantasmas
- Experiências com Fantasmas
- Perguntas Frequentes sobre Fantasmas
- Como Assombrar Fantasmas
- Protocolos de Assepsia Fantasmagórica
PARTE V – Administração e Orientações Gerais:
- Mitos sobre Fantasmas
- Como Caça Fantasmas podem cobrar por seus serviços
- Pequeno Manual Ético para Caçadores –
- Como se organizar para a fama e fortuna
Alimente sua alma com mais:
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