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Demônios e Anjos

A Goétia na cultura pop

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Por Robson Belli

A Goétia é um sistema de magia baseado na invocação de espíritos ou entidades sobrenaturais, muitas vezes consideradas demoníacas ou malévolas. Desde sua criação, há séculos atrás, a Goétia tem sido uma fonte de fascínio para muitos, incluindo aqueles que trabalham com ocultismo e espiritualidade, bem como artistas e criadores de cultura pop.

Na cultura pop, a Goétia tem sido representada de várias maneiras, muitas vezes com um toque de mistério e perigo. Através de filmes, séries, animes e livros, a Goétia influenciou inúmeras narrativas e personagens icônicos.

Um exemplo notável é a série de televisão “Supernatural”, que apresenta personagens que frequentemente se envolvem com criaturas sobrenaturais, incluindo demônios invocados por meio de rituais da Goétia. Além disso, a série também apresenta personagens que estudam magia e ocultismo, muitas vezes usando textos da Goétia para ajudar a combater ameaças sobrenaturais.

Outra série popular, “American Horror Story”, apresenta personagens que se envolvem em rituais da Goétia para obter poder e conhecimento. Além disso, a série apresenta personagens que invocam demônios para realizar seus desejos mais sombrios.

O anime “Black Butler” também apresenta personagens que invocam espíritos da Goétia para ajudá-los em suas tarefas diárias, muitas vezes levando a consequências perigosas e imprevistas. O personagem principal, Sebastian Michaelis, é invocado por meio de um contrato com um demônio da Goétia, fazendo dele um exemplo perfeito de como a Goétia é usada na cultura pop para adicionar uma camada de mistério e perigo aos personagens.

No mundo da música, a Goétia também tem uma presença significativa, muitas vezes em referências sutis ou explícitas em letras e imagens. Por exemplo, a banda Ghost usa frequentemente simbolismo da Goétia em seus álbuns e apresentações ao vivo, incluindo nomes de músicas como “Con Clavi Con Dio”, que se traduz como “Com a Chave e com Deus”, uma referência a um dos nomes dados ao demônio da Goétia, Asmodeus.

Além dos exemplos mencionados acima, a Goétia também é uma presença constante em outras formas de cultura pop, como videogames, quadrinhos e literatura fantástica. Por exemplo, em jogos como “Castlevania” e “Devil May Cry”, personagens frequentemente se envolvem em batalhas com demônios da Goétia. Em quadrinhos como “Hellblazer”, o personagem principal é um mago que frequentemente se envolve em rituais da Goétia para lutar contra ameaças sobrenaturais.

Além disso, a Goétia também tem sido influente em literatura fantástica, com autores como H.P. Lovecraft, Clive Barker e Neil Gaiman usando elementos da Goétia em suas obras. Em particular, Gaiman’s “Sandman” apresenta personagens que invocam demônios da Goétia para alcançar seus objetivos.

A presença da Goétia na cultura pop pode ser atribuída a várias razões. Em primeiro lugar, a Goétia é um sistema de magia que tem uma longa história e é envolvido em mistério e controvérsia. Isso a torna uma fonte rica de material para escritores, cineastas e outros criadores de conteúdo que procuram adicionar uma dimensão sobrenatural a suas histórias.

Além disso, a Goétia também é uma forma de magia que promete poder e conhecimento sobrenaturais, o que pode ser um tema atraente para o público em geral. A ideia de ser capaz de invocar entidades sobrenaturais para alcançar seus objetivos pode ser emocionante e cativante.

No entanto, é importante notar que a representação da Goétia na cultura pop nem sempre é precisa ou respeitosa. Muitas vezes, a Goétia é retratada de maneira simplista e estereotipada, como algo perigoso e maligno. É importante lembrar que a Goétia é uma forma de magia complexa que não pode ser reduzida a uma única imagem ou conceito.

Em resumo, a Goétia tem sido uma influência significativa na cultura pop, desde filmes, séries, animes e livros até a música, videogames e quadrinhos. Sua presença pode ser atribuída à sua história e mistério, bem como ao seu potencial para adicionar uma dimensão sobrenatural emocionante e atraente às histórias e personagens. No entanto, é importante lembrar que a Goétia é uma forma de magia complexa e não deve ser reduzida a uma simples imagem ou estereótipo.

Apesar das controvérsias em torno da Goétia, ela continua sendo um tema popular na cultura pop. No entanto, é importante notar que a representação da Goétia na mídia pode influenciar a percepção pública da magia e do ocultismo. Por isso, é importante que criadores de conteúdo tenham responsabilidade em como retratam a Goétia e outras formas de magia na cultura pop.

Uma representação responsável da Goétia pode ajudar a desmistificar a magia e o ocultismo para o público em geral, mostrando que são sistemas complexos e respeitáveis de conhecimento e prática. Além disso, uma representação responsável pode ajudar a afastar estereótipos e preconceitos em relação àqueles que praticam magia ou ocultismo.

Por outro lado, uma representação irresponsável da Goétia na cultura pop pode contribuir para a perpetuação de preconceitos e estereótipos negativos em relação à magia e ao ocultismo. Além disso, pode levar a mal-entendidos e desinformação sobre a magia e suas práticas.

Por isso, é importante que criadores de conteúdo pesquisem e entendam adequadamente a Goétia e outras formas de magia antes de retratá-las na cultura pop. É fundamental que representem a Goétia de forma precisa e respeitosa, sem perpetuar estereótipos ou preconceitos.

Em suma, a Goétia tem sido uma influência significativa na cultura pop, desde filmes, séries, animes e livros até a música, videogames e quadrinhos. A representação da Goétia na cultura pop pode influenciar a percepção pública da magia e do ocultismo, e por isso, é importante que criadores de conteúdo tenham responsabilidade em como retratam a Goétia e outras formas de magia. Uma representação responsável pode ajudar a desmistificar a magia e o ocultismo, enquanto uma representação irresponsável pode perpetuar preconceitos e estereótipos negativos em relação à magia e suas práticas.

 

Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.


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