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Hermes Trismegisto

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Uma das chaves para entender como o Universo funciona nos foi dada por Hermes-Toth, também conhecido como Hermes Trismegistus.

Algumas pessoas o consideram um deus, outras um grande iniciado, e algumas ainda acreditam que este nome represente uma das primeiras Ordens Iniciáticas do Antigo Egito e Grécia, cujos trabalhos de seus Iniciados perduram até os dias de hoje, através da ciência conhecida como Hermetismo. A seguir, falarei um pouco sobre quem foi esta figura e o que ele nos deixou de legado.

Toth (ou Thoth) é considerada uma das divindades mais importantes do Egito. Também chamado de “O escriba dos Deuses”, ele é geralmente descrito como tendo a cabeça de um Íbis.

Sua contraparte feminina era Maat, deusa da Justiça, e seu principal templo ficava em Khemennu (que os gregos chamavam de Hermopolis e os árabes de Eshmunen).

Mas Toth também tinha templos iniciáticos em Abydos, Hesert, Urit, Per-Ab, Rekhui, Ta-ur, Sep, Hat, Pselket, Tamsis, Antcha-Mutet, Bah, Amen-heri-ab e Ta-kens. Nestes templos, seus discípulos aprendiam as bases do que chamamos de “Livro de Toth”, ou como é conhecido pelos profanos, o Tarot.

As 78 lâminas, também chamada “Espelho da Alma”, são capazes de reproduzir simbolicamente todos os fluxos de energia que permeiam uma situação (as pessoas acreditam que o Tarot serve para “prever o futuro” mas isto não é verdade. Seu uso principal é para autoconhecimento). Falarei mais sobre Tarot em posts futuros.
Ele era considerado o coração e a língua de Rá, assim como a vontade de Rá traduzida para a fala (o Verbo). Dentro do Panteão Egípcio, ele possuía diversas funções muito importantes (entre elas, ensinar a escrita, magia, ciência, astrologia e ajudar no julgamento dos mortos).

Toth também é responsável pelo governo dos Planetas e das estações. È chamado de “Senhor das palavras Sagradas” pois foi ele quem inventou os hieroglifos e os números. Por ter sido o primeiro magista, Toth possuía mais poder até mesmo do que Osíris ou Rá.

Em algumas representações, podemos vê-lo com a crescente lunar sobre sua cabeça e sua figura carregando uma palheta e cinzel. Toth possuía duas esposas, Seshat e Nehmauit. Seu festival principal acontecia no décimo nono dia do mês de Toth, alguns poucos dias após a lua cheia do começo do ano.

Toth é considerado deus da Magia, escrita, invenções, profecia, música, tarot, conhecimento, ciências, medidas, matemática, fala, oráculos, julgamento, desenhos, arquitetura, gramática, teologia, hinos, aprendizado, livros, registros Akashicos, paz e orações.

Hermes também é tido como uma das mais importantes divindades gregas do Panteão Olímpico. Considerado o mais jovem dos deuses, ele é o protetor de todos os viajantes e ladrões, é o mensageiro dos deuses, responsável por levar a palavra dos deuses até os mortais (qualquer semelhança com Prometeu ou Lúcifer NÃO é mera coincidência); Hermes é o deus da eloqüência, ao lado de Apolo, é o Deus dos diplomatas e da diplomacia (que era chamada de Hermeneus pelos gregos) e é o deus dos mistérios e interpretações (da onde vem a palavra Hermenêutica). Além disto, era um dos únicos deuses que tinha permissão para descer ao Hades e partir quando desejasse. Todos os outros (incluindo Zeus) estavam sujeitos às leis de Hades.

Hermes tinha vários símbolos, mas os mais tradicionais eram as sandálias com asas, o caduceu (que curiosamente representa a Kundalini, duas serpentes enroscadas em um cajado) e a tartaruga (de cujo casco ele criou a primeira Lira).Como inventor de diversos tipos de corrida e também das lutas, Hermes era considerado o patrono dos atletas.

Finalmente, era tido como o inventor do Fogo (em alguns textos anteriores a Prometeu) e considerado um deus pregador de peças, que adorava aprontar com seus irmãos (isto desde seu nascimento, quando a primeira coisa que fez quando aprendeu a andar foi roubar os bois de Apolo e esconde-los). Hermes era patrono dos alquimistas, magos e filósofos.

Para os romanos, Mercúrio surgiu da fusão do deus Turms (Etrusco) com as características de Hermes grego, em aproximadamente 400 AC. Mercúrio tornou-se assim o deus do comércio (em muitos países o símbolo do Caduceu é usado para indicar administração e não medicina), das estradas e das relações de diplomacia.

Mercúrio não era tão popular entre os romanos como Hermes era entre os gregos, sendo considerado um deus menor dentro do Panteão romano.Mercúrio era patrono do comércio, transportes, sucesso, magia, viagens, apostas, atletas, eloqüência, mercadores e mensageiros.

Hermes Trismegistus é a tradução em latim e significa “Hermes, o três vezes grande”. Trata-se do nome dado pelos neoplatônicos, místicos e alquimistas ao deus egípcio Toth ou Tehuti, identificado com o deus grego Hermes. Ambos eram os deuses da escrita e da magia nas respectivas culturas.

Toth simbolizava a lógica organizada do universo. Era relacionado aos ciclos lunares, cujas fases expressam a harmonia do universo. Referido nos escritos egípcios como “duas vezes grande”, era o deus do verbo e da sabedoria, sendo naturalmente identificado com Hermes.

Na atmosfera sincrética do Império Romano, deu-se ao deus grego Hermes o epíteto do deus egípcio Toth.Como “escriba e mensageiro dos deuses”, no Egito Helenístico, Hermes era tido como o autor de um conjunto de textos sagrados, ditos “herméticos”, contendo ensinamentos sobre artes, ciências e religião e filosofia – o Corpus Hermeticum – cujo propósito seria a deificação da humanidade através do conhecimento de Deus.

É pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam o saber acumulada pelos egípcios ao longo do tempo, atribuído ao grande deus da sabedoria.Segundo Clemente de Alexandria, eram 42 livros subdivididos em seis conjuntos.

O primeiro tratava da educação dos sacerdotes; o segundo, dos rituais do templo; o terceiro, de geologia, geografia, botânica e agricultura; o quarto, de astronomia e astrologia, matemática e arquitetura; o quinto continha os hinos em louvor aos deuses e um guia de ação política para os reis; o sexto era um texto médico.

Também é creditado a Hermes Trismegistus, “O Livro dos Mortos” ou “O Livro da Saída da Luz” e o mais famoso texto alquímico – a “Tábua de Esmeralda”.


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