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Você pode ter um ótimo emprego, ser faixa preta de karatê e pode saber rechear um strudel como poucos. Você pode falar a língua dos homens e dos anjos, ser douto em política internacional e economia. Mas se a única coisa que você sabe sobre os átomos é que eles são partículas bem pequenas que formam todas as coisas, então você não sabe nada sobre o mundo em que vive. Imagine um boneco de chocolate vivendo em uma casa de doces que não sabe exatamente o que é açúcar. Esta seria sua situação. Dominar a estrutura do átomo e como eles interagem uns com os outros é a primeira coisa que um alquimista, ou qualquer pessoa minimamente curiosa vivendo no mundo material, deveria saber.
E por que?
Bem, de fato, a sua vidinha cômoda, cercada por esse conforto consumista que nulifica sua mente, deve ser muito boa sem esse tipo de conhecimento. Para que se esforçar em aprender algo – aprender mesmo – se não vai ajudar você a continuar fazendo as coisas que já faz? Bem… deixando esse marasmo sem graça que você chama de vida de lado, algumas pessoas achariam interessante o fato de você poder construir dispositivos atômicos, radioativos, com detectores de fumaça. Algumas pessoas poderiam achar interessante o fato da industria de informática usar ouro para criar circuitos e processadores de computadores e de haver toneladas e toneladas de peças recheadas de ouro puro em depósitos de lixo esperando para ser extraído. Você pode criar eletricidade usando apenas cascas de laranja e limão e usar essa eletricidade gratuita em casa. Hoje frequentadores de academia pagam quantias enormes de dinheiro por complementos alimentares como Proteína Whey, e se você soubesse como produzir isso em casa? Quase de graça? Nos anos 60 e 70 a química ajudou milhares de revolucionários a com drogas que expandiam a mente. Nos anos 80 com bombas caseiras para explodir tudo aquilo que nos agredia. Nos 90 ela criou o viagra e o extasy, o sexo e o amor numa época niilista e sem sentido. Hoje a química quer te mostrar o caminho da liberdade verdeira, do controle absoluto, da independência. Mas como começar? A resposta é simples. Devemos começar pequenos, muito, MUITO, pequenos.
Ninguém sabe exatamente quem teve esta ideia primeiro. Temos notícias disto entre os filósofos gregos do século V a.c e entre os jainistas indianos do século VI a.c. Ambos diziam que se você pegasse qualquer coisa, fosse uma cebola, um pedaço de argila ou uma moeda de ouro, e fosse partindo o objeto, dividindo-o em pedaços cada vez menores, eventualmente chegaria em corpúsculos que não poderiam mais ser divididos. a própria palavra Átomo, vem do grego e quer dizer exatamente indivisível.
Para eles os átomos eram vistos como formas geométricas perfeitas que eventualmente se encaixavam como se fossem quebra cabeças e, assim, formavam tudo o que existe. De lá para cá esta ideia evoluiu muito, assim não vamos perder tempo vendo as várias interpretações e a evolução gradual do conceito atômico. Vamos direto ao que interessa: o que sabemos sobre estes pestinhas hoje?
Para sorte da Union Electric Company e azar de Hiroshima, sabemos hoje que o nosso indivisível átomo pode ser sim dividido, no que chamamos de sub partículas ou então, partículas sub-atômicasmas isso não quer dizer que então os antigos estivessem errados! Da mesma forma que se você pegar um ovo, separar a gema da clara, fazer um suspiro com a clara e uma gemada com a gema, você deixa de ter um ovo, se pegarmos um átomo de ouro e dividirmos ele, ele deixa de ser ouro. O erro dos antigos estava em acreditar que a menor partícula não possuiria partes ainda menores, e diferentes, que a formariam. Acreditavam que se você cortasse pedaços de ouro cada vez menores, terminaria com o pedaço de ouro indivisível, que seria a menor porção pura de ouro. Hoje sabemos que se pegarmos a menor porção de ouro, podemos dividi-la em partes menores, nenhuma será ouro, mas elas são reais. Assim nossa definição formal de átomo é a menor quantidade possível de um elemento químico.
Agora, se você tem realmente uma curiosidade mórbida e deseja passar a faca em um átomo, o que pode esperar encontrar dentro dele? Que partes menores são essas? Curiosamente todos os átomos são formados pelos mesmos elementos, mudando apenas quantidade deles. O oxigênio que te mantêm vivo e o plutônio que pode te matar são ambos compostos de elétrons, nêutrons e prótons. Como postulou Paracelso, muitos séculos atrás: A dose faz o veneno.
Como vimos no capítulo anterior um átomo de hidrogênio possui um elétron e um próton. Esta é a estrutura de todos os elementos, que podem ser encontrada na tabela periódica, que deveria, por sua vez, ser comida com farofa por qualquer pessoa interessada em química. Mas o que é exatamente um elétron, um próton e um nêutron?
Após milênios de avanços científicos, do desenvolvimento de equipamentos cada vez mais apurados e sensíveis. De fórmulas que os próprios matemáticos tem dificuldade em acompanhar, a verdade é que ainda não temos muita certeza! Maso lado bom é que ao menos sabemos onde moram e a que horas saem do trabalho.
Elétrons: são as subpartícula de carga negativa que circundam o núcleo do átomo.
Veja como eles se organizam no átomo abaixo. E aproveite para identificar do que é este átomo na sua tabela periódica.
Se você disse que é um átomo de Hélio acertou! Consiga 50mil litros disso e você pode fazer um ser humano voar. Respire alguns poucos mililitros e ficará com voz de pato. Misture com Oxigênio e terá um maravilhoso desobstrutor nasal para quando ficar com o nariz entupido. Se você notou também que nêutrons está escrito errado, acertou de novo. Isso nos leva a uma questão interessante… como os átomos se unem? Será que eles fazem amor? Será que usam camisinha? Será que sua união é reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal?
Sim, não e não. Prossigamos.
Como os átomos de misturam
Como vimos no capítulo anterior os eletrons se organizam ao redor do núcleo do átomo em camadas, sendo que a primeira camada busca ter no máximo 2 e a última camada busca ter 8 eletrons. A palavra “busca” é complicada porque dá a entender que os atomos querem ficar juntos. Mas, pelo menos por enquanto, essa é uma explicação tão ruim quanto qualquer outra, pois no fundo ninguém sabe ainda explicar porque os atomos se comportam como se tivessem transtorno obcessivo compulsivo e não ficam tranquilos enquanto a primeira não formaram seus quatro parzinhos de eletrons na última camada eletrônica. Curiosamente o número 4 sempre foi um símbolo de estabilidade dentro do ocultismo.
Suposições a parte o fato permance: os átomos se comportam de modo a unirem-se para produzir um equilíbrio de 2 átomos na primeira camada e 8 na última. Um grupo de átomos é chamdo molécula e a menor molécula possivel é a de hidrogênio (H2) na qual os dois eletrons solitários de cada átomo se encontrame formam um belo casal. Mas a molécula mais famosa provavelmente é a H20, onde um átomo de oxigênio (com 6 eletrons na ultima camada) encontra a paz ao se unir a dos átomos de hidrogênio. O Oxigênio fica feliz porque agora tem 8 eletrons na camada periférica e os Hidrogenios ficam felizes porque formam os dois eletrons necessários a camada inicial. Dois gases altamente inflamáveis se unem e e disto nasce água fresca. Se isso não é magicka, nada o é.
Ligações Iónicas
Mas a vida nem sempre é tão fácil no país das maravilhas atômicas. Sabendo que os atomos amam o número 8 fica fácil entender porque a coluna na extrema direita da tabela periodica é chamada de “gases nobres”. Todos os elementos nesta posição, a saber, hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio, radônio e ununóctio, possuem uma última camada elétrica completa. Eles não precisam de ninguém e não vão se enturmar facilmente.
Além disso, alguns átomos como o sódio e o cloro não gostam de compartilhar seus eletrôns. Em vez disso eles cedem ou perdem elétrons em busca de paz. O sódio (Na) por exemplo tem um único eletrom na camada externa e ele prefere se livrar dele, porque convenhamos, já tem oito na camada anterior. Por outro lado o cloro (Cl) tem 7 eletróns na última camada e pode completá-la recebendo um elétron de fora. Quando o átomo tende a perder eletrons neste processo ele é chamado de íon positivo e quando tende a ganhar elétrons para se completar é chamado de ion negativo. Não é dificvocil entender porque ións negativos e positivos se dão tão bem. Junte Na+ com Cl- e você dará origem ao cloreto de sódio. O famoso sal de cozinha.
Quão baixo podemos ir?
A parte prática do capítulo já foi. Se tudo o que você quer é aprender a fazer bombas, venenos e tinta azul que some depois de alguns minutos você já esta dispensado. Mas se você pretende construir um raio da morte ou um capacitor de fluxo é melhor ficar mais um pouco.
O século XX era viciado em tentar dividir o indivisível. Eles fizeram isso com a Alemanha e com o átomo, porque não continuar tentando com as subpartículas? De fato, descobriram que os prótons podiam ainda ser divididos em subpartículas ainda menores chamadas quarks.. mas a maior surpresa não foi essa. A maior surpresa é que se você dividir um objeto em coisas cada vez menores, você uma hora verá que estas coisas deixam de ser objetos. Os físicos descobriram que um eletron ou quark, por exemplo, não possuem nenhuma dimensão. Se ainda é um objeto as menores subpartículas são objetos sem altura, largura ou profundidade.
Outro fato estranho é que estas subpartículas se comportam as vezes como se fossem de fato partículas (bolinhas se quiser) e outras como se fossem ondas. E o mais estranho de tudo é que sabemos hoje que o único momento em que um quanta se comporta como uma partícula é quando estamos olhando para ele. Confira no vídeo abaixo uma demonstração do famoso experimento da dupla fenda:
Esta caracteristica estranha é comum a todas as chamadas partículas subatômicas – Fótons, raios gama, ondas de radio, raio X, etc.. Não fazia portanto mais sentiudo continuar chamando elas de subpartículas, então deram o nome prafrentex de ‘ quanta’ para estas unidades subatômicas. É um pensamento interessante este de que o mais duro dos elementos e a cadeira onde você está sentado agora é construído afinal de fugidias entidades particulo-ondulares.
Tamosauskas
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