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Dicionário da Mitologia Ameríndia Tupi-Guarani:

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A

Abaangui: é o deus da lua na mitologia guarani. De acordo com a lenda, Abaangui tinha um nariz enorme. Este, foi arrancado pelo próprio deus, lançando-o até o céu, criando dessa forma a lua.

Em outra versão da lenda, Abaangui era irmão de Zaguaguayu e tinha dois filhos. Cada um destes filhos atirou uma flecha até o céu, onde ficou fixada. Em seguida, cada um atirou uma flecha que entrou na primeira e assim procederam até formar duas correntes que iam do céu até a terra. Por estas correntes, subiram os dois filhos de Abaangui até chegarem ao céu onde ficaram, transformando-se no sol e na lua.

Abaçaí: (segundo Teodoro Sampaio, do tupi a’wa-sa’i; “homem que espreita, persegue”) é um gênio maléfico, de proporções gigantescas, que, na mitologia tupi, perseguia os indígenas e os tornava possessos.

Em outra definição, também na mesma mitologia, é um espírito que habita as florestas e convida a dançar, cantar e fazer festa habitava os ermos das florestas e que possuía o indígena que se apartava de seu grupo, deixando-o em transe arrebatado, fora de si. Um espírito que a ótica dos europeus e da evangelização tentou transformar em “gênio maléfico”, desconsiderando a necessidade de evasão tão presente na cultura de todo o mundo.

Andurá: Andurá é uma árvore fantástica que, à noite, se inflama subitamente.ele se enflama devido a o fogo das queimadas em tribos indigenas.

Angra (mitologia): a deusa do fogo na mitologia tupi-guarani.

Anhangá: Anhangüera supostamente “Coisa Ruim”. Ele é o protetor da caça no campo e nas florestas; Anhangá protege todos os animais contra os caçadores e quando a caça conseguia fugir os índios diziam que Anhangá ou Anhangüera as havia protegido e ajudado a escapar.

Para os jesuítas catequizadores, Anhangá era comparado ao demônio da teologia cristã.

Os jesuítas durante a catequese dos indígenas brasileiros, interpretaram equivocadamente “Anhangüera” com o significado de “diabo velho” ao invés de “alma antiga”. Dizem as lendas: No princípio Nhanderuvuçu criou a alma, que na língua tupi-guarani diz-se “Anhang” ou “añã” a alma; “gwea” significa velho(a); portanto anhangüera “añã’gwea” significa alma antiga.

Anhum: É o Deus da música na Mitologia Tupi-Guarani, o Deus melodioso que tocava divinamente o sacro Tare.

Ao Ao: também grafado como Aho Aho, é o nome de uma monstruosa criatura da Mitologia guarani. Um dos filhos de Tau e Kerana, é uma das figuras centrais da mitologia dos povos que falam o idioma Guarani, localizados históricamente no Paraguai, norte da Argentina e sul e oeste do Brasil.

Ao Ao é freqüentemente descrito como sendo uma voraz criatura parecida com um carneiro, com um grande conjunto de presas afiadas. Alternativamente aparece como sendo um grande pecaminoso.

O seu nome é derivado do som que faria ao perseguir suas vitimas. O primeiro Ao Ao teria uma enorme virilidade e por isso é identificado como o principio da fertilidade pelos guaranis. Produziu grande descendência igual a ele, e servem coletivamente como senhores e protetores das colinas e montanhas.

É descrito ainda como sendo canibal devorador de gente. Embora sua descrição física seja claramente inumana, é meio humana por nascimento, então o termo canibal se aplicaria. De acordo com a maioria das versões do mito, quando localiza uma vítima para sua próxima refeição, persegue o infeliz humano por qualquer distância ou em qualquer território, não parando até conseguir sua refeição.

Se a presa tentar escapar subindo em uma árvore, o Ao Ao circundará a mesma, uivando incessantemente e cavando as raízes até a árvore cair. De acordo com o mito, a única árvore segura para escapar seria a palmeira, que conteria algum poder contra o Ao Ao, e se a vitima conseguisse subir em uma, ele desistiria e sairia em busca de outra refeição. O Ao Ao também teria a função de levar as crianças desobedientes para seu irmão, Yacy Yateré.

Aruanã (mitologia): é o deus da alegria e protetor dos carajás na mitologia tupi-guarani.

 

B

Boitatá : Boitatá é um termo tupi-guarani, o mesmo que Baitatá, Biatatá, Bitatá e Batatão, usado para designar, em todo o Brasil, o fenômeno do fogo-fátuo e deste derivando algumas entidades míticas, um dos primeiros registrados no país

C

Caipora: Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. É representada como um pequeno índio de pele escura, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta de cachaça. Habitante das florestas, reina sobre todos os animais e destrói os caçadores que não cumprem o acordo de caça feito com ele. Seu corpo é todo coberto por pelos. Ele vive montado numa espécie de porco-do-mato e carrega uma vara. Aparentado do Curupira, protege os animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a noite. No imaginário popular em diferentes regiões do País, a figura do Caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular. é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias santos, quando não se deve sair para a caça, que a sua atividade se intensifica. Mas há um meio de driblá-lo. O Caipora aprecia o fumo.

Caupe: É a deusa da beleza na mitologia tupi-guarani, conhecida como a Afrodite-indígena

Chandoré: era um deus tupi-gurani que, segundo a lenda, foi mandado para matar o índio malvado Pirarucu, que desafiou Tupã, mas fracassou, pois Pirarucu se jogou no rio. Como castigo o índio transformou-se no atual peixe.

Curupira : ou Currupira – O Curupira é uma figura do folclore brasileiro. Ele é uma entidade das matas, UM ÍNDIO, um anão de cabelos compridos e vermelhos, cuja característica principal são os pés virados para trás.

É um mito antigo no Brasil, já citado por José de Anchieta, em 1560. Protege a floresta e os animais, espantando os caçadores que não respeitam as leis da natureza, ou seja, que não respeitam o período de procriação e amamentação dos animais e que também caçam além do necessário para a sua sobrevivência e lenhadores que fazem derrubada de árvores de forma predatória.

O Curupira solta assovios agudos para assustar e confundir caçadores e lenhadores, além de criar ilusões, até que os malfeitores se percam ou enlouqueçam, no meio da mata. Seus pés virados para trás servem para despistar os caçadores, que ao irem atrás das pegadas, vão na direção errada. Para que isso não aconteça, caçadores e lenhadores costumam suborná-lo com iguarias deixadas em lugares estratégicos. O Curupira, distraído com tais oferendas, esquece-se de suas artes e deixa de dar suas pistas falsas e chamados enganosos.

Sendo mito difundido no Brasil inteiro, suas características variam bastante. Em algumas versões das histórias, o Curupira possui pêlos vermelhos e dentes verdes. Em outras versões tem enormes orelhas ou é totalmente calvo. Pode ou não portar um machado e em uma versão chega ser feito do casco de jabuti.(imagem abaixo)

G

Guaraci: ou Quaraci (do tupi kwara’sï, “sol”) na mitologia tupi-guarani é a representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como dador da vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos processos biológicos. Também conhecido como Coaraci. É identificado com o deus hindu Brahma e com o egípcio Osíris.

Embora refira-se às entidades e deidades tupis como “deuses”, esta forma é incorreta, visto que não havia de fato esta noção de deus ou deuses entre os tupis e guaranis, mas sim de mitos históricos de cada povo.

I

Iara: Iara ou Uiara (do tupi ‘y-îara “senhora das águas”) ou Mãe-d’água, segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio, de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao entardecer.(Imagem ao lado)

J

Jaci: (do tupi îasy “lua”), na mitologia Tupi, é a deusa da Lua, protetora dos amantes e da reprodução. É identificada com Vishnu dos hindus e com Ísis dos egípcios.

K

Kurupi: é um deus mitológico guarani, filho de Tau e Kerana. “Curupira”, “taiutú-perê”, são sinônimos para este homúnculo que habita as florestas verdes e que, em noites de lua cheia atormenta a vida dos índios e animais. Se alimenta de crianças e filhotes recém-nascidos e é reconhecido por seus gritos e gargalhadas malévolos. Costuma estuprar índios perdidos na floresta, assim como índias virgens, sendo que, se isto ocorrer em noites de lua nova, segundo a crença, será concebido um ser híbrido, pequenino e levado.

L

Luison: Conhecido na região Amazônica, bem como no norte de Mato Grosso, e outros países, como o Peru e Bolívia. O Luison é uma criatura da mitologia guarani, detentora do poder sobre a morte. Acredita-se que seja semelhante a um macaco de olhos vermelhos, com barbatanas de peixe e um enorme falo (de anta). Seu nome é derivado do nome de outra criatura mitológica, o lobisomem.

M

Mahyra: é um nome da mitologia indígena tupi-guarani, do grupo conhecido como Suruí. Seria o herói mítico, pai dos gêmeos Korahi e Sahi (o sol e a lua). São estes gêmeos que completam o trabalho de separação da natureza e da cultura, iniciados por Mahyra, o herói civilizador, por excelência, pois foi ele quem roubou o fogo ao urubu e o deu aos homens.

 

Mairata: O mairata é um dos um dos gênios cultuados pelos tupis.

 

Mapinguari: (ou Mapinguary) seria uma criatura coberta de um longo pêlo vermelho vivendo na Floresta Amazônica. Segundo povos nativos, quando ele percebe a presença humana, fica de pé e alcança facilmente dois metros de altura. Seus pés seriam virados ao contrário, suas mãos possuiriam longas garras e a criatura evitaria a água, tendo uma pele semelhante a de um jacaré.

 

Monã: O Deus supremo dos índios das nações falantes de idiomas da família Tupi-Guarani é conhecido como Monã, que é o criador do mundo, do céu e da terra, dos seres vivos, ou seja, de tudo que existe. A crença em Deus é semelhante à crença cristã, portanto Monã é um Deus semelhante ao cristão, com todos os seus poderes.

A representação de Monã é como algo infinito. Para os índios das nações falantes das línguas tupi-guaranis não há noção de paraíso, nem céu, nem inferno como nas crenças cristãs e sim a “terra sem males” ou Ybymarã-e’yma, local para onde todos irâo e que eles perseguem como uma espécie de paraíso.

N

Nhanderuvuçu: Nhanderuvuçú (Tupã) é considerado Deus supremo na religião primitiva dos índios brasileiros que habitavam as terras tupiniquins atualmente chamadas Brasil.

P

Parajás: Parajás, deusas Tupi-Guarani da honra, do bem e da justiça.

R

Rudá: na mitologia tupi, é o deus do amor, que vive nas nuvens. Sua função é despertar o amor dentro do coração dos homens. É identificado com o deus Shiva dos hindus e com o Hórus egípcio. Também é considerado deus do mar

S

Saci-Pererê : é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil. Teve uma transformação com a chegada do negro ao Brasil no qual foi incorporado ao folclore.

O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.

Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.

Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo e ganhou da mitologia européia, um gorrinho vermelho.

A principal característica do saci é a travessura, muito brincalhão ele se diverte com os animais e com as pessoas, muito moleque ele acaba causando transtornos como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.

Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.

Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.

Diz também a lenda, que os Sacis nascem em brotos de bambus, nestes eles vivem sete anos e após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.

Sumé: Zumé, Pay Sumé, Pay Tumé… é o nome de uma antiga entidade da mitologia dos povos Tupis, Guaranis. Sua descrição variava de tribo para tribo. Teria estado entre os índios antes da chegada dos portugueses e que lhes havia transmitido uma série de conhecimentos. Além disso, seria o responsável pela introdução de alguns elementos básicos da alimentação indígena como a mandioca, o mate e a batata doce.

Os colonizadores católicos criaram o mito de que caracterizaria-se pela figura de um homem branco e barbado, que seria São Tomé. Os padres jesuítas associam esta figura ao apóstolo que é bastante conhecido por suas pregações ao redor do mundo, tendo visitado Ásia e América propagando a “boa nova”. O apóstolo teria atingido as Índias Ocidentais seguindo a velha rota do cedro além – mar, praticada pelos cartaginenses (descendentes dos fenícios).

T

Teju Jagua: é conhecido como deus das cavernas, grutas e lagos na mitologia guarani.Ele tinha um corpo de lagarto e sete cabeças de cachorro , diziam que tinha o corpo muito grande , e por isso andava se arrastando como um lagarto , ele so comia frutas e mel .

 

Tupã: (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.

Os indígenas rezam a Nhanderuvuçu e seu mensageiro Tupã. Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma do som do trovão. É importante destacar esta confusão feita pelos jesuítas. Nhanderuete, “o liberador da palavra original”, segundo a tradição mbyá, que é um dialeto da língua guarani, do tronco lingüístico tupi, seria algo mais próximo do que os catequizadores imaginavam.

Câmara Cascudo afirma que Tupã “é um trabalho de adaptação da catequese”. Na verdade o conceito “Tupã” já existia: não como divindade, mas como conotativo para o som do trovão (Tu-pá, Tu-pã ou Tu-pana, golpe/baque estrondante), portanto, não passava de um efeito, cuja causa o índio desconhecia e, por isso mesmo, temia. Osvaldo Orico é da opinião de que os indígenas tinham noção da existência de uma Força, de um Deus superior a todos. Assim ele diz: “A despeito da singela idéia religiosa que os caracterizava, tinha noção de Ente Supremo, cuja voz se fazia ouvir nas tempestades – Tupã-cinunga, ou “o trovão”, cujo reflexo luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago. Os índios acreditavam ser o deus da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol.

Para os indígenas, antes dos jesuítas os catequizarem, Tupã representava um ato divino, era o sopro, a vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa.

Tucupi:  é um molho de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, que é descascada, ralada e espremida (tradicionalmente usando-se um tipiti). Depois de extraído, o molho “descansa” para que o amido (goma) se separe do líqüido (tucupi). Inicialmente venenoso devido à presença do ácido cianídrico, o líqüido é cozido (processo que elimina o veneno), por horas, podendo, então, ser usado como molho na culinária.

Lenda: Reza a lenda que Jacy (Lua) e Iassytatassú (Estrela d’alva), combinaram visitar o centro da Terra. Quando foram atravessar o abismo, Caninana Tyiiba mordeu a face de Jacy. Jacy derramou suas lágrimas sobre uma plantação de mandioca. Depois disso o rosto de Jacy ficou marcado para sempre pelas mordidas de Caninana. À partir das lágrimas de Jacy, surgiu o tycupy (tucupi).

 

Y

Yacy Yateré: Jaci Jaterê (também grafado como Jasy Jatere em Guarani e Yacy Yateré em espanhol) é o nome de uma importante figura da Mitologia guarani. Um dos sete filhos de Tau e Kerana, as lendas de Yacy Yateré são das mais importantes da cultura das populações que falam o idioma Guarani, na América do Sul.

Com um nome que significa literalmente pedaço da Lua, é único dentre os seus irmãos a não possuir uma aparência monstruosa. Usualmente é descrito como um homem de pequena estatura, ou talvez uma criança, aloirado e as vezes com olhos azuis. Tem uma aparência distinta, algumas vezes descrita como bela ou encantadora, e carrega um bastão ou cajado mágico. Como a maioria de seus irmãos, habita na mata, sendo considerado o protetor da erva-mate. Algumas vezes é visto como protetor dos tesouros escondidos.

Jaci Jaterê também é considerado o senhor da sesta, o tradicional descanso ao meio do dia das culturas latino-americanas. De acordo com uma das versões do mito, ele deixa a floresta e percorre as vilas procurando por crianças que nao descansam durante a sesta. Embora seja naturalmente invisível, ele se mostra a essas crianças e aquelas que veem seu cajado caem em transe ou ficam catalépticas. Algumas versões dizem que essas crianças são levadas para um local secreto da floresta, onde brincam ate o fim da sesta, quando recebem um beijo mágico que as devolve a suas camas, sem memória da experiência.

Outras são menos claras, onde as crianças são transformadas em feras ou entregues ao seu irmão Ao Ao, uma criatura canibal que se alimenta delas. Muitas lendas Guarani têm muitas versões por serem apenas orais, mas está claro que a intenção é manter as crianças obedientes e sossegadas durante a sesta.

Como já foi dito, o poder de Jaci Jaterê vem de seu bastão mágico, e se alguém for capaz de tirar seu cajado, ele se atira ao chão e chora como uma criança pequena. Neste estado, se alguém perguntar pelos tesouros escondidos, recebe uma recompensa, lenda semelhante ao Leprechaun ou duende europeu.

Acredita-se que o Jaci Jaterê estivesse associado à lenda tupi do Saci Pererê, que por influências africanas e européias acabou por se distanciar das características originais.

Yvy marã ey: é um mito indígena. Significa “terra sem males” ou “terra sem mal”, em português. Segundo a lenda, neste lugar não haveria guerras, fome nem doença.

Foi um dos principais instrumentos de resistência utilizados pelo povo guarani contra o domínio dos espanhóis e portugueses. Os movimentos pela busca da “terra sem males” era articulado pelos pajés, que se intitulavam Karaís.

Em 1549, sofrendo com a colonização portuguesa, 15.000 índios partiram do litoral, rumos aos Andes, buscando a “terra sem males”. Apenas 300 chegaram à Chachalpoyas, no Peru, onde, ao invés de bonança, foram capturados e presos.


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