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ACRESCENTAREI ao que já vos expús na reunião anterior uma explicação minunciosa dos empréstimos internos. Sobre os externos, nada mais direi, porque eles abarrotaram nossas burras com o dinheiro nacional dos cristãos (Citicorp, Salomon Brothers, Safra, etc.), mas para o nosso Estado não haverá mais nada estrangeiro, porque não haverá exterior. Aproveitamos a corrupção dos administradores e a negligência dos governantes para receber somas duplas, triplas e ainda mais fortes (1), emprestando ao governo dos cristãos dinheiros que não era absolutamente necessário as nações. Quem poderia fazer a mesma coisa contra nós?…Por isso, somente exporei com pormenores os empréstimos internos.
Quando lançam um empréstimo, os Estados abrem uma subscrição para a compra dos títulos. A fim de que estes sejam acessíveis a todos, criam bônus de até cem mil; ao mesmo tempo, fazem um abatimento para os primeiros subscritores. No dia seguinte, há uma alta de preço artificial, com o pretexto de que toda gente os procura. Alguns dias depois, as arcas do Tesouro, segundo dizem, estão cheias e já se não sabe mais onde por dinheiro (então, por que continuam a tomá-lo?). A subscrição excede várias vezes a emissão do empréstimo: tal é a confiança que se tem nas letras de câmbio do governo.
Representada a comédia, fica-se em presença dum passivo que se acaba de formar, dum passivo muito pesado.Para pagar os juros, é necessário recorrer a novos empréstimos que não absorvem, mas aumentam a dívida principal. Esgotando o crédito, torna-se preciso cobrir, não somente o empréstimo, mas ainda os seus juros, com novos impostos, os quais não passam dum passivo para cobrir o passivo…
Mais tarde vem o tempo das conversões, que somente diminuem o pagamento de juros e não cobrem as dívidas, as quais só poderão ser feitas de então por diante com o consentimento dos emprestadores: anunciando-se uma conversão, oferece-se a restituição do dinheiro aos que não queiram converter seus títulos.Se todos exprimissem o desejo de retomar o seu dinheiro, os governos estariam presos na sua própria armadilha e se encontrariam na impossibilidade de pagar o dinheiro que oferecem.Felizmente, os súditos dos governos cristãos, pouco versados em matéria de finanças, sempre preferiram prejuízos no valor dos títulos e diminuições de juros ao risco de novas colocações de capital, dando assim, aos governos a possibilidade de se desfazerem dum passivo de muitos milhões (2).
Agora, com as dívidas externas, os cristãos nem pensam em fazer nada semelhante, porque sabem que reclamaríamos todo o nosso dinheiro.
Desta forma, uma bancarrota reconhecida demonstrará definitivamente às nações a ausência de ligação entre os interesses dos povos e os de seus governos.
Chamo toda a vossa atenção sobre esse fato e sobre o seguinte: hoje, todos os empréstimos internos estão consolidados pelas dívidas que se denominam flutuantes, isto é, pelas dívidas, cujos vencimentos são mais ou menos próximos. Essas dívidas são constituídas pelo dinheiro depositado nas caixas econômicas e nas caixas de reserva. Como esses fundos permanecem muito tempo em mãos do governo, se evaporam para pagar os juros dos empréstimos externos e em seu lugar se colocam somas equivalentes em depósitos de renda.
São estes últimos que tapam todos os buracos dos cofres dos Estados, entre os cristãos.
Quando subirmos ao trono do mundo, todos esses truques de finanças serão abolidos sem deixar vestígios, porque não corresponderão mais aos nossos interesses; suprimiremos igualmente todas as bolsas de fundos públicos, porque não admitiremos que o prestígio do nosso poder seja abalado pela variação de preço de nossos títulos. Uma lei declarará seu valor completo, sem flutuação possível, porque a alta dá lugar a baixa; foi, assim, que, no início de nosso plano jogamos com os valores dos cristãos.
Substituiremos as Bolsas (3) por grandes estabelecimentos de crédito especial, cujo destino será taxar os valores industriais de acordo com as vistas do governo. Esses estabelecimentos estarão em situação de lançar até quinhentos milhões de ações industriais em um dia. Dessa maneira, todas as empresas industriais dependerão de nós. Podereis imaginar que poder adquiriremos assim.
Notas e comentários
(2) Esta crítica ao sistema de empréstimos internos feitos pelos seus inventores e beneficiários merece ser meditada pelas vítimas… O fim do judaísmo é cumprir o preceito do “Schulan Aruch”, Iore dea, 146, 14, proveniente do Talmud, Aboda Zara, 46: “É bom que o judeu procure destruir os templos dos akum e tudo o que lhes pertence ou foi feito por eles, queimando tudo e espalhando as cinzas ao vento”.
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