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O que é a vida?

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*T. D. Singh, Ph.D. é Fundador Diretor do Instituto Bhaktivedanta.

Vida de acordo com o Vedanta pode ser descrita na seguinte representação: ser vivo = genoma (corpo físico/material) + mente, inteligência & falso ego (matéria sutil) + spiriton (partícula de vida espiritual). De acordo com o Vedanta, o tratado de herança cultural e espiritual indiana mais filosófico e científico, todos os seres vivos são animados pela presença de uma partícula espiritual fundamental não química ou não molecular – “spiriton” (chamado atman na terminologia Vedantica).

No Vedanta há dois aspectos da realidade – a natureza espiritual e a natureza material. Isto deveria ser transmitido da alma espiritual ou ‘spiriton’. Nos livros de biologia, vida ou seres vivos são geralmente definidos como possuindo o potencial de crescer, reproduzir, mover, responder a tais estímulos como luz, calor, som e são sustentados pelos processos de nutrição, respiração e excreção. Mas o que faz esses sistemas vivos crescerem? Biologicamente, nós explicamos que o crescimento é devido a multiplicação de células através dos vários tipos de mitosis ou meiosis. Mas em primeiro lugar, porque qualquer célula começa a se dividir? Porque um ovo fertilizado (depois a célula de esperma se une a célula do ovo) passa por divisões que resultam na formação do corpo inteiro?

O Vedanta descreve que devido a presença de ‘spiriton’ o corpo é animado e ativo e passa por seis tipos de transformações. Nasce, vive por algum tempo, cresce, produz alguma cria, gradualmente definha, e finalmente desaparece no esquecimento.

É tal como a analogia do carro e o motorista dentro. Quando o motorista se vai, o carro não pode mover. Similarmente, quando a alma espiritual, spiriton se vai, ou o que nós podemos chamar de morte, o corpo não pode ser animado mesmo com o fato que toda a máquina molecular que faz o corpo ainda estiver intacta.

Srimad Bhagavad-Gita menciona sobre ‘spiriton’ sendo diferente da matéria como segue:

bhumir apo ‘nalo vayuh kham mano buddhir eva 

ca ahankara itiyam me bhinna prakrtir astadha 

apareyam itas tv anyam prakrtim viddhi me 

param jiva-bhutam maha-baho 

yayedam dharyate jagat 

Tradução: “Terra, água, fogo, ar, éter, mente, inteligência e ego falso; essas oito juntas constituem Minhas (Senhor Krishna) energias materiais separadas. Além desta energia inferior, ó Arjuna de braços poderosos, existe uma energia superior Minha, que compreende todos os seres vivos (spiritons) que estão explorando os recursos dessa natureza material inferior.

De acordo com o Vedanta, a ciência da alma ou spiriton (atman) é a essência sublime da espiritualidade. O Bhagavad-Gita se refere a essa ciência como – raja-vidya raja-guhyam pavitram

idam uttamam pratyaksavagamam dharmyam su-sukham kartum avyayam, significando, “Este conhecimento é o rei da educação, o mais secreto de todos segredos. É o conhecimento mais puro, e porque dá a percepção direta do eu pela realização, é a perfeição da religião. É perpétuo, e executado alegremente.”

De acordo com o Vedanta, o propósito último da vida humana é descobrirmos nossa real identidade espiritual e nosso relacionamento com o Supremo. Portanto, o Vedanta lida extremamente com a vida de uma perspectiva espiritual e dá sua preponderância sobre a matéria não-senciente.

 

Referencias

1. A Conversation with James Watson, Scientific American, 2003, 288(4):66-70. Também consulte a versão ampliada desta conversa no website da Scientific American www.sciam.com

2. Palestra por Stephen Hawking sobre “GÎdel and the End of Physics” na Texas A&M University em College Station, Texas, 8 de Março, 2003; adaptado de http://www.damtp.cam.ac.uk/strtst/dirac/hawking

3. Nós devemos notar que algumas tradições religiosas não aceitam a existência da alma e algumas outras proclamam que a alma está presente somente nos seres humanos. Entretanto, a antiga ciência Védica da Índia não aceita tais afirmações e afirma fortemente que todas as entidades vivas têm alma.

4. A. C. Bhaktivedanta Swami Srila Prabhupada, Bhagavad-Gita como ele é, Bhaktivedanta Book Trust Bombay, 1997, comentário do verso 2.20.

5. Ibid., versos 7.4-5.

 

Tradução: Ramananda Das

Fonte: Sripad Bhaktisvarupa Damodara Maharaj

Por T. D. Singh, Ph.D. (Srila Bhaktisvarupa Damodara Maharaj)


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