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Madhvacharya

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[Fonte: https://biografia-vaishnava.blogspot.com]

Sri Madhvacharya apareceu em 1238 D.C. perto de Udupi, Karnataka no Sul da Índia. Tinha um físico incomumente forte e extraordinário poder intelectual. Uma vez um feroz tigre de Bengala atacou o seu discípulo renunciado [sannyasa], Satya Tirtha. Madhvacharya lutou com o tigre e mandou-o embora com o rabo entre as pernas. Madhvacarya foi iniciado [diksha] aos cinco anos de idade, recebeu a ordem de vida renunciada [sannyasa] aos doze, e partiu de casa. Ele apareceu com uma missão – combater e derrotar a filosofia impersonalista [Mayavada] de Shankara. Dando uma interpretação pura do Vedanta-sutra ele promoveu o verdadeiro teísmo. Chamou sua explicação autorizada [shástrica] e inovadora de dualismo puro [dvaita-dvaita-vada].

Após Shankaracharya, que anteriormente tinha viajado pela Índia divulgando o impersonalismo, Madhvacharya também viajou por toda extensão da Índia pregando teísmo personalista e devoção pelo Senhor Visnu [Deus]. Derrotou inúmeros jainistas, budistas, impersonalistas, mayavadis, ateus, lógicos, e agnósticos.

Com a esperança de encontrar o próprio Srila Vyasadeva, Madhvacharya subiu andando os Himalayas. Vyasadeva lhe deu uma encarnação de Deus na pedra shalagrama-shila chamada Astamurti, aprovou seu comentário ao Bhagavad-gita, e abençoou Madhvacharya com profundas realizações das escrituras autorizadas [shastras].

Em Udupi, Madhvacharya instalou uma bela forma de Deus Gopala de pé sozinho, segurando uma vara de pastorear. Esta forma de Deus manifestou-Se de um pedaço de barro sagrado chamado gopi-chandana. Ele estabeleceu oito templos [mathas] para servir amorosamente “Udupi Krishna.” Os líderes renunciados [sannyasis] de cada templo [matha] adoram a forma de Deus Krishna no altar com um rigoroso regime de ritual cerimonial, pontualidade, e impecável conduta pessoal. A cada jejum [Ekadasi] eles observam jejum total de alimento e água [nirjala].

A sucessão discipular dos devotos de Deus [sampradaya Gaudiya Vaisnava] origina-se nos Madhvas. Sri Chaitanya Mahaprabhu e Seus seguidores estudaram profundamente as obras de Madhva antes de compilarem sua filosofia. Para os Sat Sandarbhas Sri Jiva Goswami extraiu bastante dos escritos de Madhva. Jiva Goswami encontrou a filosofia que os devotos [Gaudiya] pregam, que Deus é simultaneamente igual a tudo e diferente de tudo [achintya-bheda-abheda tattva] no Bhagavat-parya de Madhva. O próprio Sri Chaitanya visitou Udupi, a matriz da seita de Madhva. O senhor introduziu o canto e dança publico de Hare Krishna [Hari Nama sankirtana] na seita.

Os devotos de Deus da Madhva e Gaudiya compartilham muitos dos mesmo pontos filosóficos. Ambos consideram necessário render-se aos pés de lótus do mestre espiritual [gurupadashraya]. No Sutra Bhasya, Madhvacharya cita o Brihat Tantra e Mahasamhita para mostrar que um discípulo tem que rejeitar um “mestre [guru] fictício” que acaba provando ser inútil. Ele pode então aceitar outra pessoa autorrealizada qualificada como seu mestre [guru].

No Prameya-ratnavali, Sri Baladeva Vidyabhusana resumiu os nove princípios comuns a ambos ensinamentos, os de Sri Chaitanya e os de Madhva. No Vaisnava Siddhanta Mala, Srila Bhaktivinoda Thakura diz que Sri Chaitanya Mahaprabhu ordenou que todos os devotos de Deus [Gaudiya Vaisnavas] observem cuidadosamente as nove instruções da verdade dada por Sri Madhvacharya através de nossa sucessão discipular [guru parampara].

1) Só Bhagavan Sri Krishna e a Suprema Verdade, única e sem igual.

2) Ele e o objeto do conhecimento em todos os Vedas.

3) O universo e real [satya].

4) As diferenças entre Deus [Isvara], alma [jiva] e Matéria são reais.

5) As almas [jivas] são por natureza servas do Supremo Senhor Hari [Deus].

6) Há duas categorias de almas [jivas]: liberadas e iludidas.

7) Liberação [moksha] significa alcançar os pés de lótus de Bhagavan Krishna [Deus], em outras palavras, entrar num relacionamento eterno de serviço ao Senhor Supremo.

8) Serviço prático, puro e amoroso a Krishna e o único meio de se obter esta liberação.

9) A verdade pode ser conhecida por percepção direta [pratyaksa], inferência ou lógica [anuman], som transcendental ou autoridade védica [shabda].

Sri Madhvacharya serve como a vaqueirinha [gopi] Madhavi nos eternos passatempos prazerosos de Radha-Govinda em Vrindavana.

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Texto revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.


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