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por Lilith Ashtart
Karma – deriva do sânscrito kri: fazer; toda ação é Karma. Metafisicamente é o efeito de nossas ações anteriores. Em Karma-Yôga é apenas utilizada com o sentido de ação.
A meta da humanidade é o conhecimento. A felicidade e o prazer são temporais, e por isso não devem ser perseguidos como meta. Tanto a dor como a alegria, o bem como o mal, são mestres no aprendizado, e por isso nenhum deve ser negado na procura de outro. A maneira como o homem reage diante destes estímulos forma o seu caráter (agregado de suas tendências, a soma das inclinações de sua mente)
Em verdade reflete sua verdadeira essência, já que as características intrínsecas a esta são então afloradas em suas respostas (ações) perante as situações. Estas têm justamente a função de despertar cada vez mais esta essência.
Todo conhecimento é inato; quando aprendemos algo apenas nos relembramos. O progresso no conhecimento é o resultado do processo de redescobrir. Sendo assim “estamos aprendendo” ao ler um livro, ao organizarmos nossas ideias, ao ouvir um discurso. Porém nem todo conhecimento externo é verdadeiro; este apenas o é quando o encontramos em nós mesmos, senão passa a ser apenas mais uma informação. O conhecimento está na mente, oculto sob um véu até que este seja retirado. A onisciência provém da retirada deste véu. Naquele em que este véu permaneça caído reside a ignorância.
Cada impulso mental ou físico dado a alma e que se apresenta como poder e conhecimento, é karma. A soma total de um grande número de ações pequenas. Por isso estamos sempre acumulando karma.
O homem é um centro que atrai para si todos os poderes do universo que, uma vez reunidos, podem ser emitidos por ele. A emissão direcionada desta vontade é adquirida mediante um trabalho persistente, através de suas ações. Apenas através do próprio merecimento alguém pode adquirir realmente algo. Somos responsáveis pelo que somos e podemos nos converter naquilo que desejamos ser (se estiver em consonância com nossa natureza). A ação não é nada mais do que a exteriorização do poder da mente.
Não devemos desperdiçar nossas energias atuando aleatoriamente. Devemos ter em mente um direcionamento para nossas ações. Não pode haver ação sem um motivo que a determine, e este motivo deve ser prioritariamente o amor a causa. As ações são golpes que despertam e fazem surgir o poder que se encontra naturalmente dentro de nós, assim como o conhecimento.
Não devemos nos preocupar com recompensas. Algumas pessoas apenas conseguem enxergar alguns anos a frente, e por isso ambicionam recompensas imediatas. O autocontrole produz uma vontade energética, pois toda ação contida que produziria uma delapidação, ao invés de ser emitida, armazena energia, já que esta não é lançada ao acaso, sem trazer retorno.
Nenhuma ação deve ser desprezada, por mais inferior que seja. Porém estas devem sempre se direcionar cada vez mais de modo a se tornarem superiores. É necessária atividade intensa, trabalhar sempre. O segredo da restrição é governar a si mesmo.
Lilith Ashtart é psicóloga, taróloga, escritora, pesquisadora e praticante de ocultismo e LHP. Editora da publicação aperiódica Nox Arcana. Autora do livro Lux Aeterna
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