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Vampirismo e Licantropia

Repelente Divino: Fetichismo e Vampirismo

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By becoming a monster, one learns what it is to be human. – Mark Rein – Hagen.

Quando Anne Rice publicou seu primeiro romance das crônicas vampirescas, em 1976, certas características onipresentes nos meios literário e cinematográfico já persistiam por tanto tempo que acabaram absorvidas pelo folclore e tradição popular. Havia quem acreditasse naquilo e, conseqüentemente, quem desmentisse fervorosamente estes crédulos. Mas a natureza capitalista da cultura norte-americana tem horror ao eterno e, portanto, exigia reformas urgentes que cumularam na criação do ‘vampiro descartável’. Ou seja, para atender à incessante demanda por novidades e lucrar conforme as regras do mercado, todo escritor ou cineasta deveria inovar ou, ao menos, ridicularizar o passado para desvincular-se dele. Durante a década de 40 os filmes de vampiros passaram por tempos difíceis; é nesse período que os filmes de horror passam a ser salpicados de humor. Num primeiro momento, o cômico é dado pelas figuras grotescas, pelo bizarro, mas já nos anos 50 nota-se uma alteração no gênero que desemboca na sátira, onde o horrível é apresentado com zombarias e através de paródias. “Aquilo que causou horror a uma geração passou a ser risível na geração seguinte” [1]. O conde Drácula e demais monstros tornaram-se familiares e acabaram sendo os principais alvos da sátira. Por conta disso Anne Rice radicalizou investindo num amplo leque de capacidades inéditas para justificar a natureza sobre-humana do vampiro pós-moderno e endossou a vulnerabilidade à luz solar criada por Murnau ao mesmo tempo em que descartou os demais tópicos da tradição de sua época a exemplo da aversão a cruzes, morte pela estaca no coração, e a sublimação seguida de re-sublimação do corpo do vampiro para atravessar pequenas frestas, como buracos de fechadura. Tudo é classificado pejorativamente como nosense, bullshit [2]; termos propriamente traduzidos por Clarice Lispector como “absurdo”, “idiotice”, “burrice” [3]. Na famosa adaptação cinematográfica de Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire, 1994), o belo vampiro Louis (Brad Pitt) acresce que tudo não passa de “histórias de um inglês louco”, ignorante do fato de que, embora tenha passado parte da vida em Londres, o escritor Bram Stoker (1847-1912) era de fato irlandês.

Felizmente nem todos negam por negar, sem dar nenhuma justificativa inteligente para aquilo que adota ou rejeita. Por exemplo, para reduzir a vulnerabilidade do vampiro contra miudezas que tornariam seu RPG inviável, Mark Rein•Hagen sugere que um fetiche, como alho e cruzes, não produz nenhum efeito por si só mas a fé absoluta nestes objetos fa-los-ia funcionar como canalizados de energia psíquica.

Crucifixos, água benta e outros símbolos religiosos devem ser ignorados — a Igreja sempre foi o primeiro refúgio dos mortais confrontados com coisas que lhes ultrapassam a compreensão — especialmente no passado. Contudo, cheguei a presenciar algumas raras ocasiões nas quais tais objetos foram capazes de causar um desconforto considerável. Nesses casos, seus portadores quase refulgiam de fé na Divindade, o que me leva a concluir que os objetos religiosos serviam de algum modo para canalizar o poder dessa fé. Ignores, todavia, os ardis do cinema, com seus candelabros cruzados e sombras de pás de moinhos.

As pretensas propriedades do alho, assim como do acônito e de outras ervas são, da mesma forma, mera superstição. Esses vegetais repelem os vampiros tanto quanto o fazem com a maioria dos mortais, a despeito da cantilena das mulheres que os vendiam. Como a Igreja, as curandeiras de aldeia era muito requisitadas para usar sua “magia” contra vampiros, obtendo os mesmos resultados pífios [4].

Mark Rein•Hagen foi autor de uma das maiores reformas no conceito de vampiro já produzidas. Porém, a necessidade de conjugar a fé ao uso de símbolos religiosos já vinha sendo discutida anos antes da publicação de Vampire Masquerdade, em 1992. Outra vertente assinala que o poder dos fetiches sobre os vampiros ou seus servos seria “um fenômeno puramente neurótico, devido a acreditarem que essas coisas possam feri-los” [5]. É exatamente isto que ocorre na comédia A Dança dos Vampiros (The fearless vampire killers, ou Pardon me but your teeth are in my neck, USA 1967), de Roman Polanski, onde um judeu se torna vampiro e não é afugentado pela cruz. Então, em seu lugar, o caçador utiliza eficazmente a estrela de Davi. No próprio romance de Bram Stoker, lemos que o protestante Jonathan Haker tinha ojeriza pelos símbolos católicos, mas aceitou um presente – um crucifixo – de uma bondosa aldeã apenas para que ela parasse de insistir que o levasse. Portanto, presume-se que Drácula só “respeita e se mantém distante” do fetiche empunhado por um incrédulo porque em vida o próprio conde fora católico [6]. Então temos uma curiosa situação onde um símbolo religioso desagrada ao humano e impressiona o vampiro que, por reprovar a si mesmo, é repelido não pela coisa, mas pela vergonha de pecar diante daquilo que lhe é sagrado.

Agora quem quer que conheça o costume religioso da velha nobreza austro-húngara, estendido a seus subordinados e dependentes, entenderá porque o Conde Drácula (que não deve ser confundido com sua fonte de inspiração, o Drácula histórico) temia o alho e uma infinidade de outras superstições. Eles davam muito valor à alquimia e às fórmulas mágicas do povo. Talvez mais do que o próprio povo.

O homem transformado em incenso

José Luiz Aidar e Márcia Maciel forneceram duas versões para a popularização do alho na tradição. Na verdade, uma delas se destina afastar humanos desagradáveis: “O alho poderia ter passado à história em função da estratégia das mães, que obrigavam as meninas a mastigarem-no para ficarem com mau hálito” [7]. Isso certamente teria esfriado o ânimo de um ávido vampiro por equiparação, Giacomo Casanova. Em sua auto-biografia o célebre charlatão conta porque se afastou de uma vítima:

Apesar de tudo, havia nele um não sei que de atraente que cativou dede logo a minha afeição e teria gostado de entreter-me mais longamente com ele, se o ativo cheiro de alho a exalar de sua boca não me mantivesse sempre à distância. Todos aqueles albaneses tinham os bolsos continuamente cheios de alho. Um simples dente desse tempero, para eles, era como um confeito para nós outros. E ainda há quem creia que o alho seja veneno! [8].

Certos povos chegaram a designar a planta como “rosa fétida”, devido ao seu odor forte e picante proporcionado pela essência de alho ou dialil sulfito (C3H5)2S. Quando consumido em quantidades elevadas, esse odor pode tornar-se evidente no suor de quem o ingeriu transformando a pessoa num repelente para olfatos sensíveis e, magicamente, numa espécie de incenso vivo. Porém, em Drácula o Dr. Van Helsing assegura a Lucy que suas plantas medicinais não seriam “transformadas numa repugnante infusão e tampouco numa simples beberagem” [9]. Ou seja, embora a boca dos mortos fosse enchida de flores não havia necessidade da vitima viva, ou de qualquer outra pessoa, mastigar alho cru em quantidade para proteger-se, como vemos no filme A Dança dos Vampiros, etc. Em verdade, o ‘alho’ mencionado no romance sequer é a planta que conhecemos vulgarmente pelo mesmo nome. Antes de aferrolhar as janelas da casa de Lucy, prender flores e esfregar este “alho muito especial” por todas as passagens de ar, Van Helsing lhe instrui:

Estas flores realmente são dotadas de um alto teor medicinal, mas a senhorita nem sequer desconfia como atuarão. Coloco-as em sua janela, tranço com elas um leve colar e o ponho em torno do seu pescoço, para que a senhorita possa dormir sem sobressalto. Oh, sim! Elas se assemelham bastante com as flores de lótus. Serão elas que a farão esquecer os seus tormentos. Elas nos impregnam com seu suave odor das águas de Leth, odor este haurido das cristalinas e eternas fontes da juventude que os audazes conquistadores tanto procuraram descobrir nas inexploradas terras da Flórida e só tão tarde localizaram [10].

No décimo terceiro capítulo Van Helsing revela que a planta com propriedades mágicas para afastar vampiros é o wild garlic (o Allium ursinum, em botânica) mas muito antes desta frase relâmpago a paciente Lucy faz tremendo estardalhaço contra a presença das plantas em sua casa, as quais chama enganosamente de alho-ordinário (Allium sativum). Por isto a memória do episódio mais marcante prevaleceu na tradição e todos os filmes e adaptações subsequentes trouxeram bulbos de Allium sativum trançados em réstias no lugar das flôres de Allium ursinum. A exceção é o Drácula de 1931, onde o conde interpretado por Bela Lugosi demonstra asco e surpresa diante de outra planta medicinal, a sinforina (Symphoricarpus racemosus).

Flores de Allium ursinum; planta usada por Van Helsing para repelir vampiros.

No filme Garotos Perdidos (Lost Boys, 1987) um vampiro ignorante de que, além de alho picado, uma banheira continha generosa quantidade de água benta, ri de seus tolos rivais e revela que “alho não adianta”. Morreu dissolvido por conta da água. Em A Hora do Espanto II (Fright Night II, 1988) os símbolos sagrados funcionam por si só. Porém, Regine Dandridge (Julie Carmen) se aproxima do velho caça-vampiros Peter Vincent (Roddy McDowall), o qual lhe impunha uma cruz, informando que ao longo dos séculos os vampiros adquiriram maior tolerância contra estes artifícios. O brasileiro Antônio Calmon se inspirou nestas duas fontes para sua novela VAMP, explicou a primeira pela segunda, e teceu uma teoria própria: Como os vampiros adquiriram imunidade ao pequeno Allium sativum tornou-se necessário confeccionar réstias de Allium cepa, ou seja, cebola. (Fora do campo da ficção, na ocasião do rebuliço pela expectativa de ressurreição de Sarah Ellen anunciada para em 9 de julho de 1993, os habitantes de Pisco, no Peru, também preferiram o alho-macho ou Allium porrum pelo seu grande tamanho). Como a trilogia Blade (1998), Blade II (2002) e Blade: Trinity (2004) deu mais importância ao grau de contato com o condimento do que ao tamanho do bulbo, o extrato de alho injetado diretamente na veia de pacientes infectados foi usado como vacina contra o vampirismo.

Orações, esconjuros e oblação parta a dissolução do duplo

Vemos em Aulus Persius Flaccus (Satyr. V) que morder alho afasta as magias ou os malefícios lançados pelos deuses àqueles que não os reverenciam [11]. No catolicismo o caráter sagrado de raízes bulbosas se limita à reverência ao alho-poró (Allium porrum), que está ligado ao Rei Davi, sendo honrado pelos galeses. Porém, todas as plantas aparentadas desfrutam de grande prestígio no campo da baixa magia. O jornalista de ascendência cigana Nelson Liano Júnior, co-autor do Manual Prático do Vampirismo, sugere que “convém ministrar ao paciente chás de alho e queimar incenso de sândado e pau-d’alho na casa inteira” quando alguém apresenta claros sintomas de vampirismo. Deve-se ainda recitar a seguinte oração antes de dormir:

Eu o renego, anjo mau, que com sua sede de sangue tenta me contaminar com a imortalidade dos infernos. Afaste-se de mim, em nome do Criador, pois minha alma quer trilhar os caminhos iluminados por Deus. Você me fez padecer, mas, com a ajuda do Onipotente, eu o esconjuro. Volte às trevas, por todos os tempos e tempos, e nunca mais toque meu espírito com suas artimanhas de sedução. Amém. [12].

O maior temor dos ciganos dirige-se aos Berufen ou “encantados”, ou sujeitos aos olhos do mal. Para combater esse problema enche-se uma jarra com água de alguma correnteza, que deve ser recolhida na mesma direção em que corre e não contra ela. Colocam-se dentro da Jarra sete pedaços de carvão, sete punhados de farinha e sete dentes de alho, colocando-se, a seguir, a jarra no fogo. Quando a água começar a ferver, deve-se mexer a infusão com um ramo de três pontas, enquanto a sábia repete:

Miseç’ yakhá tut dikhen,

Te yonkáthe mudáren!

Te átunci eitá coká

Te çaven miseçe yakháj

Miseç’ yakhá tut dikhen,

Te yon káthe mudáren!

But práhestár e yakhá

Atunci kores th’ávená;

Miseç’ yakhá tut dikhen,

Te yon káthe mudáren!

Pçãbuvená pçábuvená

Andre develeskero yakhá!

  Que os olhos maus olhem para ti,

Que sejam extintos ali!

E em seguida, que sete corvos

Arranquem os olhos maus;

Que os olhos maus (agora) olhem para ti,

E que sejam extintos ali!

Que muita poeira caia nesses olhos,

Até que se tornem cegos,

Que os olhos maus olhem agora para ti;

E que sejam extintos ali!

Que ardam, que ardam

No fogo de Deus!

Segundo Charles Godfrey, os “sete corvos” provavelmente estão representados pelos sete pedaços de carvão, enquanto o ramo de três pontas, a farinha e o alho simbolizam os raios. “O ramo pode representar o triçula ou tridente de Siva – de onde possivelmente tenha vindo a palavra trushul, que significa cruz” [13]. Outra oração é recitada quando uma mãe cigana sente dificuldade em amamentar seja pela falta de leite ou pela pirraça do bebê que rejeita a nutrição. Em ambos os casos a culpa é atribuída à interferência de uma esposa-Pçuvus, tipo de espírito feminino da terra, que rouba o leite ou coloca secretamente seu próprio filho para sugá-lo. Neste caso é preciso por cebolas entre os seios das mães e recitar a seguinte fórmula mágica [14]:

Pçuvushi, Pçuvushi,

Ac tu náshtlályi

Tiro tçud ac yakhá,

Andre pçuv tu pçábuvá!

Thávdá, thávdá miro tçud,

Thávdá, thávdá, pamo tçud,

Thávdá, thávdá, sár kámáv, –

Mre cáveske bokhale!

  Espírito da Terra! Espírito da Terra!

Ficai doente.

Que vosso leite seja fogo!

Que queime a terra!

Flua, flua, meu leite!

Flua, flua, leite branco!

Flua, flua, como eu desejo

Para minha criança faminta!

Descobrimos, em diversas poções difundidas em vários locais, a crença de que o alho possui poder mágico de proteção contra o envenenamento e a bruxaria. Segundo Plínio, essa crença vem do fato de que, quando o alho fica pendurado ao ar livre durante um tempo, se torna preto, ocasião em que acreditam que atraiu todo o mal para si – e que, conseqüentemente, retira esse mal da pessoa que o estiver usando. Nossos antepassados acreditavam que a erva que Mercúrio deu para Ulisses se proteger contra o encantamento de Circe e que Homero chama de moly fosse o alium nigrum, sendo o veneno dele retirado narcótico poderoso. Entre os gregos modernos, existe a crença de que o alho seja o encantamento mais poderoso contra os maus espíritos, a magia e a desgraça. E, por esse motivo, carregam-no consigo e penduram-no em suas casas como proteção contra as tempestades e o mau tempo. Os marinheiros costumam carregar um saco de alho, para evitar o naufrágio. Às vezes o alho é apenas representado. Se alguém quiser proferir uma palavra de louvor com a intenção de causar fascínio ou atrair um mal grita bem alto ‘Alho!’ ou pronuncia a palavra três vezes rapidamente [15]. E, segundo uma crença popular, a simples emissão da palavra ‘Alho!’ protege a pessoa contra o envenenamento” [16]. Parece ser crença comum entre eles e os poloneses que essa palavra protege as crianças contra beschreien werden, ou seja, de serem banidas, negligenciadas ou portadoras de mau, olhado. Os poloneses costumam colocar alho sob o travesseiro das crianças, para protegê-las contra os demônios e as feiticeiras [17]. Curiosamente, os ciganos afirmam que o raio deixe atrás de si odor semelhante ao do alho. Segundo José Luiz Aidar e Márcia Maciel, a aproximação engloba ainda o arsênio (As) que, aquecido, sublima-se a cerca de 450ºC, exalando odor semelhante ao do alho.

Há quem diga que o poder do alho é fictício: O verdadeiro espanta-vampiros seria o arsênio – que, volatizado, espalha um forte odor de alho, pois este sim, quando defumado, transportaria compostos capazes de corroer elementos fluidos, dissolvendo assim as materializações do duplo. O arsênio volatizado funcionaria como uma espécie de incenso que, com seus fumos, caçaria os maus espíritos [18].

As virtudes mágicas do alho não se limitam aos casos onde se faz necessário afastar mau-olhado, sacis e vampiros. Numa curiosa obra italiana, intitulada Il Libro del Comando, falsamente atribuída a Comelius Agrippa, lê-se a seguinte receita para promover o amor:

Segredto magico d’indovinare, colle cipole, la salute d’una persona lontana. (Segredo mágico para informar o estado de saúde a uma pessoa distante), Na véspera de Natal, junte algumas cebolas, colocando-as em um altar, escrevendo sob cada uma delas o nome das pessoas sobre quem quer ser informado, ancorche non scrivano, mesmo que elas não lhe escrevam. A cebola (plantada) que brotar primeiro anunciará que a pessoa, cujo nome está sob a mesma, se encontra bem. Dessa mesma maneira, podemos saber o nome do marido ou da esposa que devemos escolher, sendo que essa adivinhação ainda vem sendo usada em vários cantões da Alemanha [19].

Há forte ligação desse encantamento com o sortilégio de uma cigana inglesa:

Tome uma cebola, uma tulipa ou qualquer outra raiz do mesmo aspecto (uma raiz bulbosa, então?) e plante-a em um vaso limpo que nunca tenha sido usado; enquanto estiver plantando, repita o nome de seu amado, fazendo o mesmo procedimento diariamente:

Enquanto esta raiz cresce,

E quando florescer,

Que o coração dele

Vire-se para mim!

E com este procedimento repetido diariamente, a pessoa que você ama estará cada vez mais inclinada para você, até que conquiste o desejo de seu coração [20].

Quanto ao uso do carvão nas encantações, Marcellus Burdigalensis, físico latino do século III, que nos deixou uma coleção de sortilégios latinos e gálicos, recomenda-o para a cura da dor de dentes: “Salis granum, panis micam, carbonem mortuum in phoenicio alligabis”, ou seja, carregar um grão de sal, uma migalha de pão e um pedaço de carvão em uma bolsa vermelha. Quando o caldo feiticeiro feito com carvões, alho e farinha é preparado, deixando-se ferver até que seque, restando somente um resíduo, este deve ser colocado em uma saca de três cantos e pendurado ao pescoço de uma criança; quando estiver fazendo isso, repetir nove vezes o verso apropriado. “E é muito importante que a sacola seja feita com um pedaço de linho, que deve ser roubado, encontrado ou pedido” [21].

Notas:

[1] AIDAR, José Luiz e MACIEL, Márcia. O que é vampiro. São Paulo, Brasiliense, 1986, p 48.

[2] RICE, Anne. Interview with the Vampire. USA, Ballantine, 1977 p 23.

[3] RICE, Anne. Entrevista com o Vampiro. Trd. Clarice Lispector. Rio de Janeiro, Rocco, 1992, p 29-30.

[4] REIN•HAGEN, Mark. Vampiro: A Máscara. Trd. Sylvio Gonçalves. São Paulo, Devir, 1994, p 8.

[5] REIN•HAGEN, Mark. Op cit., p 9.

[6] STOKER, Bram. Drácula. Trd. Vera M. Rernoldi. São Paulo, Nova Cultural, 2002, p. 236.

[7] AIDAR, José Luiz e MACIEL, Márcia. Op cit., p 15.

[8] CASANOVA, Giacomo. Memórias de Casanova. Rio de Janeiro, José Olympio, vol 1, p 326.

[9] STOKER, Bram. Drácula. Trd. Theobaldo de Souza. São Paulo, L&PM, 1993, p 160.

[10] STOKER, Bram. Drácula. Trd. Theobaldo de Souza. São Paulo, L&PM, 1993, p 160.

[11] FRIEDRICH, J. B. Die Symbolik und Mythologie der Natur. In: LELAND, Charles Godfrey. Magia Cigana, p 67.

[12] LAKATOS, Silvia. A Maldição da Vida Eterna. In: Destino, nº 93. Rio de Janeiro, Editora Globo, p 47.

[13] LELAND, Charles Godfrey. Magia Cigana. Trd. Ana Zelma Campos. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1993, p 66.

[14] LELAND, Charles Godfrey. Op cit., p 75-76.

[15] FRIEDRICH, J. B. Die Symbolik und Mythologie der Natur. In: LELAND, Charles Godfrey. Op cit., p 67.

[16] FRIEDRICH, J. B. Die Symbolik und Mythologie der Natur. In: LELAND, Charles Godfrey. Op cit., p 67.

[17] Bratraneck. Beiträge zur Aesthetik der Pf1anzenweit, p. 56. Cf: LELAND, Charles Godfrey. Op cit., p 67.

[18] AIDAR, José Luiz e MACIEL, Márcia. O que é vampiro. São Paulo, Brasiliense, 1986, p 15.

[19] LELAND, Charles Godfrey. Magia Cigana. Trd. Ana Zelma Campos. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1993, p 68.

[20] LELAND, Charles Godfrey. Op cit., p 68.

[21] LELAND, Charles Godfrey. Op cit., p 69.

Por Shirlei Massapust


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