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O lobisomem fez várias aparições na literatura já no século XIV, mas não foi senão no século XIX que a aparição de três romances de lobisomens injetaram a criatura na consciência pública. Hughes the Wer-Wolf, de Sutherland Menzies foi, como Varney the Vampyre, publicado como um seriado semanal durante a década de 1850. Em 1857, foram publicados The Wolf-Leader e Wagner the wehrwolf, de George W. M. Reynold (outro seriado semanal). Este último é geralmente visto como a fonte da moderna literatura sobre lobisomens. Diversos contos e romances foram publicados nos oitenta anos seguintes, mas atraíram pouca atenção até a publicação de The Werewolf of Paris, de Guy Endore, em 1934.
Endore tinha sido roteirista em Hollywood e trabalhou numa série de filmes de horror, incluindo The Mark os the Vampire. Seu livro foi tão aclamado que a Universal Pictures resolveu produzir uma versão cinematográfica. Alterando ligeiramente a ambientação, o primeiro filme de lobisomem foi lançado em 1935 como The Werewolf of London. O conto de Endore relatava a história de Bertrand Caillet, cuja mãe tinha sido seduzida por um padre. A criança, fruto desse relacionamento, cresceu e se tornou um lobisomem, fato que foi descoberto quando foi ferido com uma bala de prata. (Este velho remédio deriva da crença de que a prata podia ser usada quando se atirasse em bruxas escocesas que tinham se transformado em uma forma animal, como um coelho. Pelo uso dado por Endore, a bala de prata se tornaria parte da sabedoria convencional relativa a lobisomens.) À medida que Bertrand crescia, a violência causada pela sua natureza selvagem não podia ser contida nem acobertada. Fugiu para Paris e lá se alistou no Exército francês, na época da Guerra Franco-Prussiana. Todavia, sua natureza foi logo revelada e encontrou seu fim após enfrentar uma corte marcial. O lobo Bertrand de Endore se baseava em grande parte no caso real de François Bertrand, um oficial francês não -comissionado que foi condenado em 1848 por ter violado vários túmulos em Paris. Nas histórias sobre esse indivíduo, Endore se referia a ele mais como um violador de túmulos do que como um lobisomem.
The Werewolf of Paris foi seguido de The Wolf Man, papel-título representado por Lon Chaney Jr., que como Larry Talbot, misturava a indulgente e horrível natureza do caráter do lobisomem. O lobisomem era um homem afligido pela sua condição e lutava contra ela tão furiosamente quanto atacava seres-humanos quando sua natureza de lobo vinha à tona.
O tema lobisomem tem revelado algum apelo. Tem sido tema de alguns excelentes filmes e livros, Cat People (A Marca da Pantera) e Wolfen sendo, talvez, os mais dignos de nota.
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