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Vampirismo e Licantropia

Das Marcas do Vampiro – Manual Prático do Vampirismo

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Para se reconhecer uma pessoa que está sendo vítima de vampirismo teremos que observar atentamente o seu comportamento. Depois que suas energias começam a ser roubadas, começa a denotar mudanças significativas em seus hábitos. Isso acontece de forma tão siginificativa que dificilmente aqueles que a cercam deixariam de notar. As transformações começam no olhar que, a partir do primeiro contato com o vampiro, torna-se estático, dando a impressão que seu globo ocular está sempre concentrado no mesmo ponto, vendo alguma coisa além do concretismo das coisas. Posteriormente, se se trata de uma pessoa muito ativa e jovial, começa a se mostrar indolente e vagarosa, sem ânimo para participar de reuniões sociais. O senso de humor desaparece completamente, tomando o seu lugar uma rígida indiferença em relação a tudo que se passa a sua volta.

A pessoa vampirizada começa a evitar propositalmente o contato com os raios solares, e durante a noite revela uma tendência ao sonambulismo, o que a torna cada vez mais apática, chegando a desmaiar ao menor esforço físico. Uma extrema palidez começa a contornar-se pelo seu rosto, e durante as refeições alimenta-se com carne praticamente crua e grande quantidade de vinho. Com o passar do tempo torna-se arredia a todo tipo de contato com outras pessoas, permanecendo trancada em seu quarto. Passa a falar muito pouco, e quando o faz, é possível notar-se mudanças no tom de voz. Diz fazes desconexas, incapazes de serem entendidas pelos outros. A sua higiene pessoal também começa a se deteriorar evitando entrar em contato com a água, com perfumes, sobretudo aqueles feitos de essências de flores. Além da palidez, é possível observar pelo corpo da vítima enormes marcas roxas como se tivesse sido espancada por alguém muito forte. Se estiver sendo sugada por um vampiro de sangue, é possível ver no alto do pescoço, onde ficam as veias jugulares, duas pequenas marcas parecidas com incisões feitas por uma pequena agulha que aos poucos vão se tornando arroxeadas e cobertas por uma espécie de substância purulenta. No entanto, é possível encontar essas marcas também em outras regiões do corpo, como nos pulsos, nas pontas dos dedos, e próximos ao coração, sendo que nesse caso o estado de deteriorização da vítima é muito rápido, impossibilitando qualquer tipo de salvamento. Mas tanto no caso do vampirismo de sangue, como do vampirismo astral, a vítima mostra uma estranha ansiedade com a chegada da noite, transparecendo uma tristeza misturada ao desejo de se entregar completamente. Normalmente essa pessoa evita olhar-se no espelho, e repudia imediatamente qualquer tipo de simbolismo sagrado de qualquer religião.

Existem casos em que a pessoa começa a comer todo tipo de inseto e pequeninos animais como rato, gato, passarinhos, lagartos lagartixas, etc., ainda com vida. Se o vampiro não lhe roubar toda a energia e ninguém se der conta da sua verdadeira doença, a vítima fica histérica, tornando-se insuportável nos meios sociais, o que obriga um internamento em sanatório para alienados mentais. Dessa forma estará condenada a uma insanidade sem cura até os últimos dias de sua vida. Não é difícil encontrar nos hospícios do mundo inteiro, pessoas vampirizadas falando uma linguagem completamente estranha e uivando como lobo para os raios lunares. Quando psicanalizados, elas revelam estar esperando a chegada do mestre para terminar a metamorfose iniciada. Nesse estado vivem durante anos, sem a menor compreenção dos médicos que a cercam. Mas, apesar de sua sina, são dóceis, incapazes de atitudes violentas contra outros internos, contanto lhe sejam permitidos preservarem os seus hábitos.


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