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A grande maioria das pessoas rotuladas de vampiros “reais” durante os últimos duzentos anos manifestou sintomas do que os psicólogos chamam de hematomania, um fetiche de sangue (o prazer sexual e outras necessidades psicológicas do indivíduo nessas condições são atendidos pelo consumo regular de sangue humano, às vezes em conjunto com o consumo de carne humana).
Presumivelmente, a maioria dessas pessoas que bebem sangue o obtém por meios legais, geralmente de um doador propenso a tal. Alguns, entretanto, enveredam para o crime, e alguns poucos entraram para a lista dos assassinos em série mais notórios do Ocidente. A moderna corrente de crimes vampíricos relacionados à hematomania tem seu precedente na carreira da Condessa Elizabeth Bathory (1560-1614), que supostamente matou mais de seiscentas pessoas para obter seu sangue.
Marquês de Sade e Gilles de Rais são freqüentemente listados entre os criminosos vampíricos modernos, mas a lista de crimes atribuídos a eles não inclui o ato de beber o sangue que tivessem derramado. Há uma distinção entre aqueles que têm o prazer em matar as pessoas ou de tirar-lhes o sangue. Da mesma forma há uma diferença entre as pessoas que bebem o sangue pelo enorme prazer que isso traz e aqueles que sorvem sangue ocasionalmente (geralmente de um animal) como parte de um ritual religioso e que acreditam obter algum poder sobrenatural de um ato que poderia ser considerado, de outra forma, repulsivo.
Alguns matadores vampíricos surgiram no século XIX. O caso mais antigo é o de um homem chamado Sorgel, um alemão que matou um homem na floresta e bebeu seu sangue na tentativa de se curar de epilepsia. Seu comportamento levou à sua prisão e confinamento num asilo. Naquele mesmo ano, Antoine Léger matou uma menina de 12 anos, bebeu seu sangue e comeu seu coração. Depois de sua execução, seu cérebro foi examinado por patologistas.
Um incidente mais famoso envolveu o Sargento François Bertrand (1824-1849) que foi detido em 1849, em Paris, por violar túmulos e comer carne humana. Conquanto tenha sido rotulado de vampiro por alguns, ele se engajou em comportamento muito mais fantasmagórico, tornando-se o modelo dos mais bem sucedidos romances sobre lobisomens, incluindo The Werewolf of London. Uma geração mais tarde, em 1886, Henri Blot foi detido por crime idêntico. Foi preso porque entrou em transe hipnótico depois de completar seu trabalho. Foi preso rapidamente; tinha violado apenas dois corpos.
Os Estados Unidos foram o cenário de um assassino vampiro, o marinheiro James Brown. Em 1967, Brown foi descoberto a bordo de seu barco, um pesqueiro a caminho de Labrador, sugando o sangue do corpo de um tripulante que ele tinha assassinado. Ele já havia matado e sugado um outro marinheiro. Foi detido e mandado de volta a Boston. Brown foi sentenciado à prisão perpétua, onde matou pelo menos mais duas pessoas, bebendo-lhes o sangue. Após o segundo assassinato, foi enviado para o National Asylum, em Washington, D.C., onde ficou confinado em uma cela acolchoada até morrer.
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