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Conhecidos também como vampiros, nosferatu, entre outros, eles são incrivelmente inesplicaveis e maravilhosas criaturas. O conceito específico dos mortos retornando para atacar e se alimentar do sangue dos vivos encontrou sua maior expressão na Europa cristã. No séc. XII, O historiador inglês William de Newburgh relatou diversos casos de mortos retornando para aterrorizar, atacar e matar durante a noite. Identificou-se esse tipo de espírito maligno com o termo latino sanguisuga. Na maioria dos casos sobre os quais escreveu, a única solução permanente era desenterrar e queimar o corpo do assaltante acusado. Do séc XVI ao séc XVIII ocorreu vários relatos na Europa oriental. Várias palavras foram usadas para designar estas criaturas, tais como, vukodlak (extraída da palavra que designa lobisomem) ou outros termos usados na Sérvia, vampir (de origem questionavel) e palavras relacionadas (como a palavra russa upyr), também se disseminaram. Em fins do séc XIX, o romance Dracula, de Bran Stoker, iniciou a era da ficção que continua até hoje. Dracula criou o vampiro vilão definitivo, utilizando elementos de Polidori e Le Fanu para produzir um pano de fundo gótico para história de um predador aristocrático profano saído do túmulo, que hipnotiza, corrompe e se alimenta das lindas jovens que mata. Stoker revelou todo o impácto das conotações psicossexuais envolvidas entre o relacionamento vampiro e vítima, mostrando uma notável semelhança entre a ânsia de sangue dos mortos-vivos e a sensualidade reprimida dos simples mortais. Um elo psiquico ainda mais profundo está indicado quando uma vítima do sexo feminino é forçada a beber o sangue de Drácula como parte de sua transformação em vampira.
O que é?
O que é um vampiro? Você deve estar se perguntando. A definição comum, nos dicionários, serve como referência para a investigação: vampiro é um cadaver reavivado que levanta do túmulo para sugar o sangue dos vivos e assim reter a aparência da vida. Esta descrição certamente se adapta a Drácula, o vampiro mais famoso, mas é apenas um ponto de partida e rapidamente se prova inadequada quando nos aproximamos do reinado do folclore vampírico. De modo algum todos os vampiros se encaixam nesta descrição. Nem todos os vampiros são corpos ressuscitados, alguns são espíritos desencarnados, como os lamiai da Grécia, também são os humanos normais com hábitos incomuns (como beber sangue) ou um poder extraordinário (como a possibilidade de “drenar” as pessoas emocionalmente). Os animais vampiros, do tradicional morcego aos deliciosos personagens infantis como Bunnicula e Conde Duckula, não estão de nenhuma forma ausentes na literatura. Portanto, vampiros existem de várias formas, mesmo sendo a maioria de cadáveres que ressuscitam. Como o conhecido por todos, uma das características dos vampiros é a que eles tem que sugar sangue de pessoas ou animasi pra sobreviver, mas alguns vampiros não sugam sangue, na verdade só drenam a força vital de suas vítimas. A pessoa atacada por um vampiro tradicional sofre pela perda de sangue, o que causa fadiga, perda da cor no rosto, apatia, motivação esvaziada e fraqueza. Várias doenças que envolvem a perda do sangue também tem os mesmos sintomas.
Vampiro
Abordando um vampiro. Uma vez decidido que o termo vampiro cobre uma grande variedade de criaturas, surge um segundo problema. De um modo geral, os vampiros em si estão indisponíveis pra exame. Com algumas pequenas exceções, o assunto deste volume não é sobre vampiros em si, e sim sobre a crença humana neles. Assim sendo, alguma metodologia se fez necessária para levar em consideração a crença humana em entidades que objetivamente não existem. O problema não é novo e a vasta literatua sobre vampiros nos favorece de duas maneiras. A primeira oferece explicações de um contexto social, isto é, a existencia dos vampiros dá às pessoas uma explicação de eventos de ooutra forma inexplicaveis (que no Ocidente moderno tentamos explicar com termos científicos) . A segunda abordagem é psicológica e explica o vampiro como existindo no cenário psíquico íntimo do indivíduo. As duas abordagens não necessáriamente se excluem. De acordo com a distribuição mundial dos vampiros, podemos afirmar que eles tem seu próprio lugar em cada cultura, um exemplo é que na América Central existe os camazots, é muito parecido com o vampiro da Europa oriental, mas, nas culturas são encontrados em situações diferentes, os camazots tinham e ainda tem estátuas suas na América Central, enquanto nenhum Europeu iria pensar em fazer estátuas para vampiros. Mas eles também tinham suas semelhanças, como o lamai, era um ser que surgiu em respostas de uma série de problemas relativos ao parto, ele caçava bebês ou crianças pequenas, de modo que seria quase o mesmo de suyar e da Lilith.
Drácula
Drácula, com certeza é o vampiro mais conhecido, mas, por que? Sua pergunta será respondida neste texto. Ele na verdade nasceu em Schassburg na Transilvânia no séc XV, para ser mais preciso foi em 1428, assumiu o posto de príncipe da Valaquia (ou Wallachia, como preferir) em 1436. Este homem era um guerreiro da igreja católica, e sua família fez um juramento a ela de combater os turcos, ele seria um herói da igreja se não fosse por ele ter executado e empalado muitos de sua religião. Por seus atos, ele era também conhecido como Vlad, O empalador. Só na noite de 24 de agosto de 1460, Vlad, O empalador, matou 20 mil pessoas, entre as quais incluiam, mulheres, velhos e crianças. Seus atos eram totalmente brutais, antes de matar sua vítima, ele a torturava enfiando uma estaca no corpo da vítima a ponto de não matar, só causar dor, amarrava os menbros em cavalos, e puxava, sem matar ainda, por fim, como golpe de misericórdia, ele enfiava uma lança no abdome do alvo, levantava-o e deixava fincado no campo de batálha. Teve um tempo de sua vida, que, Drácula ficou aprisionado pelos turcos como modo de que Vlad Dracul (seu pai), não os traísse. Durante este tempo como prisioneiro Drácula aprendeu a lingua turca, aperfeiçoou suas tecnicas de tortura e estratégias de combate, até os guardas que cuidavam de sua “estadia”com os turcos, tinham medo do pequeno Drácula, pois conheciam o que o garoto poderia fazer com seus conhecimentos. Depois que seu pai morreu decaptado em 1447, Drácula viveu com inúmeros tutores e em inúmeros lugares, aprendeu muitas linguas e todas as formas e estratégias militares dos turcos e dos católicos, conhecia todos os pontos fracos de ambos os lados. Era sempre levado por seus tutores aos campos de batalha nos tempos de guerra, assim começou seu gosto por sangue, morte e torturas. Ainda com raiva dos turcos por terem executado seu pai, queria vingança, mas a matança não parou só com os turcos, ele queria mais, assim começou a matar católicos, e foi considerado pela igreja como um monstro, após matar suas vítimas bebia seu sangue, chegou até a fazer um comentário ironico uma certa vez dizendo “eu estou enjoando do cheiro de sangue coagulado”. O castelo de Drácula, era na época, praticamente ivulnerável a ataques, diziam que neste castelo existia uma passagem secreta que passava por baixo da montanha, que ele usava para fugir quando uma investida contra seu castelo era bem sucedida, mas esta passagem nunca foi encontrada. Existe uma suposição de que Bram Stoker estudou profundamente a vida de Vlad Tepes antes de escrever seu livro, pois muitas informações estão incrivelmente exatas, como a localização de seu castelo. Depois de uma vida inteira de matança, tanto de turcos como de católicos, Vlad Tepes foi assassinado em 1476.
Relatos
Relatos de seres “vampíricos” já foram apresentados diversas vezes. Uma certa vez foi sobre Johannes Cuntius que, na noite de sua morte um gato entrou em seu quarto e arranhou seu rosto. Após o enterro, o vigoa da cidade começou a relatar ruídos estranhos vindos da casa de Cuntius todas as noites. Outras histórias estraordinárias foram relatadas de outras residências. Uma empregada, por exemplo, relatou ter ouvido alguem cavalgando em volta da casa e depois para o dentro do edifício, abalando-o violentamente. Em outras noites, Cuntius apareceu e teve encontros violentos com antigos conhecidos, amigos e membros da família. Entrou no quarto e exigiu dividir a cama com a mulher. Como outras aparições (pessoas que voltam após a morte ou depois de longa ausência), Cuntius tinha uma presença física e uma força extraordinária. Numa ocasião, relata-se que arrancou dois postes firmemente enterrados no solo. Todavia, em outras ocasiões ele aparentemente operava de forma não-cormoral – como um fantasma- e desaparecia subtamente quando era acesa uma vela em sua presença. Dizia-se que Cuntius cheirava mau e tinha extremo mau alito. Relata-se que uma vez transformou leite em sangue. Sugava as vacas até que ficassem sem sangue, numa tentativa de chamar a atenção, não somente de sua esposa mas como também de diversas mulheres de sua cidade. Uma pessoa a qual tocou disse que sua mão era fria como o gelo. Diversos buracos dando para o local de seu caixão apareceram ao lado do túmulo. Os buracos foram preenchidos, mas reapareceram na noite seguinte. Os moradores da cidade, incapases de encontrar uma solução para essas ocorrências, resolveram finalmente verificar o cemitério, cavaram diversos túmulos. Todos os corpos estavam em adiantado seu estado de decomposição, menos o de Cuntius. Embora já estivesse enterrado a seis meses, seu corpo ainda estava macio e flexivel. Puseram um bastão na mão do morto e ele o agarrou. Cortaram o corpo e o sangue espirrou. Foi convocada uma audiência judicial formal, sendo pronunciado um julgamento contra o cadáver. Foram dadas ordens para que o corpo fosse queimado. Como este demorou a queimar, o corpo foi cortado em pedacinhos, o executor relatou que o sangue estava fresco e puro. Após a cremação, a figura de Cuntius nunca mais foi vista.
Lilith
Lilith, uma das figuras mais famosas do folclore hebreu, originou-se de um espírito malígno tempestuoso e mais tarde se tornou identificada com a noite. Fazia parte de um grupo de espíritos malígnos demoníacos dos americanos que incluíam Lillu, Ardat Lili, e Irdu Lili. Apareceu no Gilgamesh Epic babilônico (aproximadamente 2000 a.C) como uma prostituta vampira que era incapás de procriar e cujos seios estavam secos. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja (indicativos de sua vida notívaga). No Gilgamesh Epic, Lilith foge de casa perto do rio Eufrates e se estabeleceu no deserto. Nesse sentido, mereceu um lugar na bíblia hebráica )velho testamento critão). Isaías, ao sdescrever a vingança de Deus, durante a qual a Terra foi transformada num deserto, proclamou isso como sinal da desolação: “Lilith repousará lá e encontrará seu local de descanso” (Isaías 34:14). Lilith reapareceu no Talmude , onde uma história mais interessante é contada, onde ela é como a mulher do bíblico Adão. Tiveram um desentendimento sobre quem ficaria na posição dominante durante as relações sexuais. Quando Adão insistiu em ficar por cima, Lilith usou seus conhecimentos magicos para voar até o Mar Vermelho, o lar dos espíritos malígnos. Conseguiu muitos amantes e teve muitos filhos, chamados lilin. Lá encontrou-se com três anjos enviados por Deus – Senoy, Sansenoy e Semangelof – com os quais fez um trato. Alegou ter poderres vampíricos sobre os bebês, mas concordou ficar afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. Uma vez mais atraída a Adão, Lilith retornou para assombrá-lo. Depois que ele e Eva (sua segunda mulher) foram explusos do jardim de Éden, Lilith e suas asseclas, todas na forma incubus/succubus, os atacaram, fazendo assim com que Adão procriasse muitos espíritos malígnos e Eva mais ainda. Dessa lenda, Lilith veio a ser considerada na tradição hebraica muito mais uma succubus do que uma vampira.
Kali
Kali, uma das mais importantes divindades da mitologia na Índia, era conhecida, entre outras características, pela sua sede de sangue. Kali apareceu pela primeira vez nos escritos indianos por volta do Séc VI em invocações pedindo ajuda nas guerras. Nestes primeiros textos foi descrita como tendo presas, usando uma guirlanda de cadáveres e morando no local de cremações, diverss séculos mais tarde no Bhagavat-purana, ela e seus seguidores, os dakinis, avançaram sobre um bando de ladrões, decapitaram-nos, embeberam-se em seu sangue e divertiram-se num jogo de atirar as cabeças de um lado para o outro. Outros escritos registram que seus templos deveriam ser construídos longe das vilas e perto dos locais de cremação. Kali fez sua aparição mais famosa no Devi-mahatmya, onde se juntou à deusa Durga para lutar contra o espírito demoníaco Raktabija, que tinha a habilidade de se reproduzir com cada gota de sangue derramado; assim, ao lutar contra ele, Durga se viu suberpujada pelos clones de Raktabija. Kali resgatou Durga ao vampirizar Raktabija e ao comer suas duplicatas. Kali foi vista por alguns como o aspécto irado de Durga. Kali também apareceu como consorte do deus Siva. Eganjaram-se numa dança feroz. Pictoricamente, Kali geralmente era vista sobre o corpo de Siva numa posição dominante enquanto se enganjavam em relações sexuais. Kali tinha um relacionamento ambíguo com o mundo. Por um lado, destruía espíritos malígnos e estabelecia ordem, por outro, servia como representante das forças que ameaçavam a ordem social e a estabilidade por sua embriagues de sangue.
Por Keld
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