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É sumamente importante entender que o Satanismo não suporta qualquer prática ilegal que desrespeite as leis vigentes. Embora muitas destas leis sejam o retrato de uma sociedade atrasada, a contestação satânica é feita usando o sistema a nosso favor ao invés de tentar destruí-lo.
Inicialmente não há nada que proíba uma pessoa a matar outra, num sentido metafísico o crime é tão inexistente quanto o pecado. É preciso ter em vista, contudo que se todos agissem assim, a própria coexistência humana estaria comprometida. A única lei que não pode ser abolida é a Lei do Forte. No princípio da humanidade a ordem social era garantida pela força bruta de seus líderes, mais tarde, à lei, que é essa mesma força mascarada tomou seu lugar. Toda constituição assinada, todo martelo batido por um juiz nada mais é do que a lei da natureza afirmando que o direito reside na força. Seja na força de um ditador, seja na força da maioria.
Assim, conclui-se que cometer um crime é tão estúpido quando roubar carne de um leão. O “homem é um animal social” (Auguste Comte), precisa viver e participar do sistema, mas não ser ENGOLIDO por ele. Mesmo porque, muitas das leis de hoje defendem as liberdades individuais das qual o Satanistas desfrutam. Idéias idiotas como sacrifício humano, vandalismo em templos religiosos, molestar animais ou crianças, violação de túmulos, estupros, assassinatos e outras afins são herança da literatura medieval acerca do Satanismo. Satanismo não é moral, mas é ético; mesmo discordando de muitas leis, nós as respeitamos, pois advogamos responsabilidade aos responsáveis, e isso implica em ter consciência das conseqüências de nossos atos e comparar o retorno que diferentes comportamentos nos trarão.
Se por exemplo matar algum inimigo eu tenho saber que serei perseguido e posso ser preso e isso tirara minha liberdade. Isso trará transtornos para mim e para meus entes queridos. Perderei contato com aqueles que amo e com aquilo que gosto de fazer. Além disso perderei tempo e dinheiro com advogados e correrei o risco de sofrer uma série de adversidades na prisão. Pergunto então, o crime compensa?
Às vezes compensa sim. Não sejamos hipócritas, se o crime não compensasse não haveriam tantos criminosos impunes, inclusive tantos deles responsáveis em escrever e se fazer cumprir a lei. Testes feitos em prisões pelos criminologistas Harry Barnes e Negley Teeter afirmam que os criminosos não são menos inteligentes do que os cidadãos comuns e esses detentos representam apenas os criminosos que se deixaram prender. Estima-se que menos de 10%, das infrações cometidas são registradas pela polícia.
Repetindo, a lei é somente a expressão contemporânea da Lei do mais forte. Pese bem seu destino, pois um ladrão de galinhas pega um ano de prisão, mas um juiz que vender sentenças será no máximo “condenado” a se aposentar e viver até a morte à custa do Estado. Quem vai escapar ileso ou amargar na cadeia é você. O Satanista busca a perfeição e como diz o maior axioma da criminologia: Não há crime perfeito.
Morbitvs Vividvs
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