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Os misteriosos blocos de Baalbeck, no Líbano, são enormes pedaços de rocha , grosseiramente trabalhados. Atingem algumas vezes vinte metros de comprimento, pesando até mil toneladas. Foram levantados a uma altura de sete metros. No fim da fileira encontra-se um bloco separado, que não foi totalmente desligado da rocha: tem vinte e um metros de comprimento , quatro metros e oito de altura e quatro metros e dois de largura. Para desloca-lo até o local onde se encontram os outros blocos , teria sido necessário o esforço de quarenta mil homens.
Estes fatos já foram bem estabelecidos e já o estavam desde 1896. Mas o inconsciente coletivo da humanidade tem profundidades tão inexploradas como os porões do Museu Smithsoniano , e ninguem se preocupou muito com o problema. Todavia , alguns “iniciados”, sorvendo seu absinto nos cafés de Paris , nos fins do século XIX , afirmavam com um tom grave que os “Mestres” teriam colocado esses blocos no lugar, usando somente a força de seu pensamento.
O caso de Baalbeck foi inesperadamente evocado quando eu( J.Bergier) traduzi para o francês e publiquei os trabalhos do professor russo Agrest. Este afirma que o terraço de Baalbeck seria a pista de decolagem de naves interplanetárias propulsionadas por energia nuclear. Os blocos teriam servido de barragem biológica natural parta proteger a população civil das radiações emitidas no momento da decolagem. As astronaves partiam de uma base extraterrestre, exploravam o sistema solar e, depois, retornavam , unindo-se a um engenho mais importante que girava nas extremidades do sistema. A repercurssão foi grande no mundo inteiro e ainda se observa . A ultima vez , em 1968 , em que me
correspondi com Agrest , este me informou que partiria em “missão especial”e que haveria novidade. A hipótese de Agrest merece ser examinada.
É certo também que os blocos apresentavam sinais de serra. Acreditou-se poder utilizar esses sinais para opor objeções à hipotese de Agrest . Não é assim tão simples: blocos abandonados, depois de terem sido cortados com Laser , podem ter sido retrabalhados à época romana , por meios primitivos. Pode-se ainda acreditar que, justamente pelo terror sagrado que estes blocos despertaram , tenham sido empregados na construção de templos.
Depois da queda do Império Romano, depois da partida dos cristãos , os árabes atribuiram a construção de Baalbeck aos djins ( nome dado pelos árabes à entidades benfazejas ou maléficas superiores aos homens e inferiores aos anjos) evocados pelo Rei Salomão. Esta lenda , certamente posterior à construção e reconstrução do templo , não pode ser utilizada. Quais são as outras certezas ? Antes de mais nada , o nome de Baalbeck , ou Baal bek, que significa “cidade de Baal”. Mas o templo original , que é talvez anterior aos blocos , não foi o templo de Baal. Foi consagrado a Haddad, deus aramaico do raio , do trovão e dos terremotos . Os arqueólogos sérios afirmam que os romanos talharam estas lajes para construir de modo particularmente sólido, pois a região era sujeita a tremores de terra. Outros, menos sérios , afirmam ser esta tradição de terremotos na região , baseada em lembranças de outras explosões , talvez atomicas.
Encontraram-se , contudo, três lajes recobrindo subterraneos , em um templo. Os romanos eram excelentes engenheiros para enfraquecer uma construção , cavando sob ela subterraneos enormes , o que seria o melhor modo de provocar uma catastrofe , no caso de terremoto. Eis porque é dificil confirmar a explicação , solidez necessária das fundações do templo.
No que concerne à quarta laje , não se sabe por qual razão teria sido ela abandonada . A versão oficial diz que os romanos perceberam no ultimo momento que não conseguiriam transportá-la . Isto é zombar do mundo. Por que levaram vinte anos , tempo mínimo para talhar tal laje , para depois perceber que não conseguiriam transporta-la?
Tanto mais , que para o templo de Júpiter , em Baalbeck, que os romanos chanavam Heliópolis , levaram de Assuã cinquenta e quatro colunas de granito. Estas colunas desceram o Nilo em Jangadas e, para fazê-las ultrapassar as montanhas do Líbano, os romanos colocaram-nas em envoltórios cilíndricos de madeira, que fizeram rolar. Isto quer dizer que estavam perfeitamente cônscios do que podiam ou não transportar. A hipótese de Agrest que explica a presença desta laje pelo abandono súbito do trabalho de extraterrestres , obrigado a partir por qulquer razão , astronomica ou outras , parece de qualquer modo mais plausível.
Alguma colunas romanas de Baalbeck foram levadas pelos cristãos e instaladas na igreja de Santa Sofia, de Constantinopla. Eles não chegaram a se apoderar das lajes que não podiam transportar. A propósito da ligação Baalbeck-Constantinopla, assinalemos que em 673 de nossa era, o arquiteto Kallinikos , fugindo de Baalbeck, chegou a Constantinopla trazendo com ele um segredo , a fórmula de uma arma terrivel : o fogo grego. Comunicou a fórmula ao Imperador Constantino IV. Esta arma , um produto viscoso que se incendiava em contato com a água , jamais pôde ser reproduzida, mesmo pelos especialistas modernos do nalpam. Os gregos o usaram na batalha contra os arabes em 674 e 716 , depois contra os russos em 941 e em 1043. A arma era terrivelmente devastadora : quando da batalha em 716, oitocentos navios de guerra árabes foram totalmente destruidos. Os gregos difundiram a lenda de que os segredos desta arma teriam sido revelados ao primeiro Imperador Constantino por um anjo. Só em nossa época tornou-se conhecida a história da viagem de Kallinikos. Ele não foi um alquimista, mas um arquiteto que fazia escavações . Aparentemente , o segredo das lajes está longe de ser o unico segredo de Baalbeck.
Não esqueçamos também de que, não muito longe de Baalbeck, em Bagdá , encontraram-se pilhas elétricas que datam do século II da era cristã . Decididamente , é uma região que apresenta uma infiltração técnica surpreendente . O templo construido sobre as lajes de Baalbeck foi considerado , durante séculos, um templo do futuro. Os imperadores romanos acorriam a ele para ouvir predições frequentemente nefastas, mas que se realizavam . Depois, Baalbeck recebeu o nome de Heliópolis , nome que comporta numerosas relações esotéricas.
Foi o Imperador Antonino, o Pio (138-161 a.D.) , que ordenou a mudança do velho templo de Júpiter para um novo templo compreendendo as três lajes gigantes , batizadas pelos especialistas de Trilithons . Nenhum documento desta época indiica com certeza se as lajes foram tralhadas ao tempo de Antonino, o Pio, se faziam parte de um antigo templo, ou se datavam de tempos ainda afastados. Ao que eu saiba , nenhum método moderno de datação foi empregado: termoluminescência ou paleomagnetismo. Meu eminente amigo, o professor François Bordes , me assegurou que os modernos métodos de investigação permitem encontrar os buracos de espeques de tenda que datam de vinte mil anos. Eu (Jacques Bergier)me inclino compeltamente ante tais métodos e gostaria que fossem utilizados para datar Baalbeck . Enquanto isso não for feito , considero que a hipotese de Agrest deve ser mantida.
Gostar-se-ia de saber mais ainda sobre o tesouro de Baalbeck , compostos acima de tudo, segundo os livros da época de pedras pretas sagradas. Estas pedras pretas geralmente São meteoritos, como a famosa pedra de Caaba , em Meca. Maomé , que destruiu um grande numero de de ídolos , poupou a pedra preta, venerada desde tempos imemoriais. Uma outra pedra preta , cercada de vestes cerimoniais de uma múmia , foi encontrada no México. Uma outra é venerada pelos hindus atualmente, e coberta de flores. Pessoalmente, eu vejo estas pedras como registradores. E estou muito curioso em saber se serão encontradas iguais na Lua.
No fim das contas, contráriamente ao que muitas vezes se escreveu , nada prova que as lajes de Baalbeck tenham sido cortadas pelos romanos ou por qualquer outro povo conhecido. Evidentemente é possivel que a explicação de Agrest seja ingênua, já que é sempre imprudente atribuir aos extraterrestres ou a seres muito antigos as disposições ou motivos fundados na tecnologia, tal qual a conhecemos hoje . Nada nos prova que as Inteligências , ou as raás que as serviram , utilizaram astronaves ou a energia nuclear. Tinham talvez técnicas menos primitivas . E a construção , tanto quanto a utilização das lajes de Baalbeck , correspondem talvez a conceitos que nos escapam totalmente.
Em todo caso, é certo que os romanos não possuiam aparelhos de levantamento capazes de erguer e manipular lajes de mil toneladas por grandes distancias. Sem dúvidas, eles encontraram estas lajes nas vizinhanças do local onde erigiram o templo. Quanto a saber quem, na origem, talhou essas lajes , datando os ajustamentos com serra dos romanos, é uma outra história.
Desejamos que sejam efetuadas escavações na região. Já que a preservação dos segredos durante um longo periodo é uma especialização do Oriente Próximo . Conhece-se a história dos manuscritos do Mar Morto. O exemplo das pilhas elétricas é ainda mais chocante.
A primeira destas pilhas foram descobertas em 1936 em Khujut Rabu, perto de Bagdá. Dez outras foram descobertas mais tarde em Ctesiphon. A menção dessas pilhas em O Despertar dos Mágicos provocou uma enorme curiosidade e se empreendeu uma pesquisa. A pesquisa nos mostrou que, se as pilhas datavam do século II de nossa era , ourives de Bagdá utilizavam processos iguais no começo do século XX. O segredo fora bem guardado.Esses ourives continuam a praticar a douração eletrolitica , utilizando a corrente de setor e um retificador. Também seria interessante examinar de novo certos fenomenos estranhos percebidos na região. Não falaremos da Biblia. Diremos simplesmente que as rodas de Ezequiel merecem ser examinadas detalhadamente , o que é feito atualmente. Sua descrição faz pensar em um engenho voador pilotado.
Em compensação, seria interessante tornar a falar um pouco da versão eslava do livro de Enoch ( Ler a respeito o livro de Quixe Cardinale, Das Galáxias aos Continentes Desaparecidos – Editora Hemus – 1972). O livro de Enoch é um livro apócrifo que não é considerado como fazendo parte do Antigo Testamento. Apareceu no Ocidente no século XVIII, mas foi encontrado anteriormente nos paises eslavos em diversas datas, a mais antiga remonta mais ou menos ao século X de nossa era. Em seu livro , Enoch conta: “Recebi a visita de dois homens de grande cultura, como jamais havia visto na Terra.Seus rostos brilhavam como o Sol, seus olhos pareciam lampadas ardentes . O fogo era expelido
por seus lábios . Suas roupas semelhavam plumas. Seus pés eram purpúreos , seus olhos brilhavam mais que a neve. Chamaram-me por meu nome.”Enoch visitou assim sete mundos diferentes do nosso. Viu neles criaturas aladas com cabeças de crocodilo e pés e caudas de leão. No sétimo mundo, encontrou pessoalmente o criador dos mundos que explicou a formação da Terra e do Sistema Solar . Cientistas soviéticos de responsabilidade pensam que talvez se tratae de uma versão deformada de uma visita extraterrestre à Terra, e do retorno de um homem que viajou com eles. Eles insistem no fato de que Enoch afirma ter a viagem durado , para ele, poucos dias, mas que na Terra, quando voltou, séculos haviam passado. É o que a relatividade anuncia para uma viagem feita a velocidade vizinha à da luz. E o livro de Enoch, mesmo que não date do século X, mesmo que não seja contemporaneo da Biblia , foi publicado bem antes da descoberta da relatividade.
Cálculos efetuados pelo astrofísico americano Carl Sagan mostram que, em principio, as viagens interestelares poderiam ter uma frequencia aproximada de mil anos . De meu lado, este calculos me deixam cético, porque são fundados na velocidade limitada da luz e eu(J.Bergier) não acredito que este limite seja uma lei natural inváriavel nem que ela se aplique com certeza a uma civilização superior à nossa. Não se exclui, em todo caso , que o livro de Enoch não contém a descrição dos visitantes de Nasca, daqueles que fizeram os mapas de Piris Rreis, dos que cortaram as lajes de Baalbeck. Quando se conhecer realmente os manuscritos do Mar Morto, dos quais nenhuma versão não censurada foi até
agora publicada , saber-se-á provavelmente muito mais sobre a guerra interplanetária entre as forças da
Luz e as forças das Trevas. de que falava o Mestre da Justiça.
Os manuscritos parecem dizer que se trata de um combate travado no céu , além da orbita lunar. Mas no estado atual das coisas , faltam-nos elementos que permitam emitir uma opinião bem fundada. Não se exclui a hipótese de que os mansucritos e os objetos deixados por extraterrestres , nos esperem em cavernas da região. O cientista americano Frank Drake acha que tais cavernas estão marcadas por radioisótopos, de maneira a poderem ser localizadas sómente por civilizações avançadas. Razão de importancia para esperar que a bomba atomica , que contaminaria toda a região, não seja usada no conflito do Oriente Próximo.
No estado atual da arqueologia , é dificil conhecer as ligações que podem ter se estabelecido entre as cidades perdidas da Arábia e Baalbeck, sendo aquelas quase contemporaneas do primeiro templo ( aproximadamente 4.000 anos) antes de nós). No momento, o deserto de Rub el Kalil é quase totalmente inexplorado.
Segundo Silaki Ali Hassan, um erudito árabe contemporâneo , exisita no deserto uma cidade desconhecida , El Yafri, construida de enormes blocos ciclópicos como os de Baalbeck. Nenhum infiel jamais se aproximou dela. Não a confundamos com a cidade maldita de Irem de Lovecraft. Este estava morto havia quatro anos quando das primeiras revelações de Silak Ali Hassan, publicadas nos EUA.
Philby, o pai do tratado do mesmo nome, pretende ter passado, em sua viagem através do deserto de Rub el Khali, a menos de quinhentos quilometros de El Yafri, e ter falado a árabes que tinham visto a cidade . Sobrevoar a região é proibido, mas talvez satélites possam tirar fotos da cidade perdida. Os arranha-céus pertencentes a uma civilização perdida foram encontrados no deserto de Hadrhamaut , cujo nome significa “morte verde”.
Muitas civilizações desaparecidas existiram na região do Wadi Hadhramaut. De uma delas , ao menos, a da Arábia Feliz, que se desenvolveu entre o século II antes de Cristo e os primeiros séculos da era cristã , tem-se certeza. Foi encontrado um templo chamado Mahram Bilgis, comparável a Baalbeck, uma cidade de nome Timna e muitos outros centros . Locais pré-históricos dos quais alguns tem setenta e cinco mil anos , foram encontrados em Hadhramaut e, malgrado a dificuldade de pesquisa em um país em plena guerra civil revelaram-se mais de cem.
Perto de 1500 a.C. , apareceram bruscamente na região uma civilização semita , que vivia sobretudo da exportação de incenso, que era consumido em quantidade fantástica pela população do antigo mundo. Quando dos funerais de Popéia , esposa de Nero, foi queimada com seus restos mortais toda a produção de incenso de um ano da Arábia Feliz. A demanda era superior à produção , os preços se elevaram , e o Cristo criança recebeu presentes de incenso justamente com ouro. As frotas do Rei Salomão partiam de Eziongeber com equipagens fenícias, transportando incenso para o mundo inteiro.
Quando do primeiro milênio a.C. , as escavações nos mostram , a Arábia Feliz compreendia cinco reinos : Sabá, Quataban, Hadhramaut, Ma’in, Hausan. Estes reinos eram governados por sacerdotes mágicos , os Mukkarib. A existencia destes reinos e de seus senhores é um fato estabelecido , o que é raro nesta região. Tinham uma lingua escrita com alfabeto semita , conheciam a metalurgia e a cerâmica, haviam construido enormes canais e barragens, especialmente a de marib. Suas inscrições comportam lendas relativas ao rub el Khalil, a suas cidades ciclópicas perdidas e as suas civilizações desaparecidas. Mas os habitantes da Arábia Feliz não parecem ter ousado explorar a região. Sua
civilização parece ter tido poucos contatos com o clássico Oriente Próximo. Houve sucessivamente nessa região um reino judeu, uma ocupação etíope , uma ocupação persa, e finalmente a derrocada da qual não sabemos a causa.
As escavações continuam e determinarão talvez as razões exatas da desaparição da civilização da Arábia Feliz. Certo especialistas nessa região , como Gus W. Van Beck, consideram que esse desmoronamento se deve a uma epidemia. Outros pesquisadores reconhecem sua ignorância.O Islã tragou , em seguida , esta região ; mas não há traços de pesquisas arqueológicas. Em todo caso, os cinco reinos da Arábia Feliz viviam em paz entre eles, e suas cidades não eram fortificadas. A causa do seu desaparecimento não pode ter sido a guerra.
Muitos milhares de inscrições foram encontradas e estão sendo traduzidas . A maior parte dos templos é dedicada ao Sol e aos planetas e, detalhe curioso, os crentes que vinham ao templo, para entrar nele deviam , antes atravaessar uma piscina cheia d’água . De modo geral, a água não faltou a região até a destruição da barragem de Marib, no século VI de nossa era. Estava-se já em pleno período de declinio, devido evidentemente a razões economicas: o cristianismo consumia muito menos incenso que as religões antigas. Os historiadores marxistas da Arábia Feliz insistem evidentemente neste aspecto , que nos parece insuficiente para explicar tudo. Em todo caso, a derrocada precedeu a chegada do Islão , no século VII , e este não pode assim ser responsabilizado.
Os mapas da região mostram que os cinco reinos estavam muito perto das costas do Mar vermelho e do Gôlfo de Aden. Hoje em dia, apenas alguns nômades entram no Rub el Khali, e não se acredita no que eles contam. As diversas guerras civis na região têm impedido que seja sobrevoada. Se, conforme os relatos do nômades , pode-se pensar que há no Rub el Khali grandes cidades ciclópicas , feitas de bloco semelhante aos de Baalbeck , não se tem ainda prova disso. Quando as inscições encontradas forem traduzidas e publicadas, talvez nos possam dar essa prova. No estado atual de coisas, a civilização da Arábia Feliz, desaparecida , é muito pouca conhecida de todo o Oriente Próximo.
Os arranha-céus que existem ainda na região de Hadhramaut nos dão uma idéiado que podem ter sido as cidades dos cinco reinos. Tinham nove andares; os três primeiros fortificados não apresentavam janelas , mas seteiras. Nos primeiros andares eram armazenados os víveres e as armas . Os andares habitáveis começavam no quarto , e tinham janelas. As ruas eram muito estreitas. Quando um arranha-céu desmoronava, construia-se outro identico. No século XX, os habitantes emigram muito , para a India ou para Cingapura. Este arranha-céus, segundo os textos árabes, são imitações em tamanho reduzido do das cidades perdidas de Rub el Khali. Talvez . Separados do mar por duzenjtos quilometros de deserto, é um dos mais terriveis do mundo, eles sobrem ao ceus semelhantes aos modernos, cor- de-rosa ou brancos.. Afirmou-se deles que são a mais surpreendente miragem do mundo: uma miragem que existe.
Caravanas atacadas por salteadores , revolucionários ou armadas governamentais vão dar contudo a essa região
Se não se crê nas cidades perdidas do Rub el Khali , pode-se imaginar que foram os arranhas-céus de Hadhramaut que deram aos árabes , sempre inclinados às lendas , a idéia das cidades perdidas. Mas estas lendas são muito persistentes para admitir tais explica’cões . Enquanto , do alto, não se fotografar o Rub el Khali quilômetro quadrado por quilômetro quadrado, não se poderá negar a priori a existência de um segundo Baalbeck.
Este, como o primeiro , deve ter sido construído pelo reino que precedeu o de Sabá, que possuía meios tecnologicos que permitiam manipular enormes pedras ou que estava em ligação com os que possuíam estes meios. A barragem de Marib seria uma sobrevivencia dessas técnicas. O reino de Sabá , mesmo segundo as cronologias mais aventurosas , não remonta a mais de 2.000 a.C. O império ou a organização social que o precedeu, deve remontar a 5.000 a.C. Talvez as cidades perdidas , agora lendárias , fossem o centro desse império. Seja o que for, não se encontra senão em Baalbeck e na barragem de Marib exemplos da manipulação desses enormes blocos .
Essas técnicas estão totalmente perdidas e hoje em dia a Arábia é o país da sede. Os historiadores islâmicos nunca falaram das enormes barragens e dos fantásticos canais da Arábia Feliz . Os romanos pareciam ignora-los. Trata-se, pois, de uma civilização perdida , de umacivilização anterior ao camelo , anterior à cultura da tâmara e, bem entendido , anterior ao Islão. Uma civilização capaz de encontrar o meio de ter no deserto tanta água quanto precisava e que empregava uma tecnologia que os conquistadores sucessivos, etíopes, persas, árabes, não foram capazes de imitar. Estes
conquistadores se colocavam na posição de marcianos de numerosos romances de ficção cientifica, herdando um sistema de canais que eram incapazes de fazer funcionar já que tal sistema foi feito por uma muito poderosa civilização desaparecida . A história se parece muito mais vezes do que se acredita, à ficção cientifica.
O isolamento dessa civilização com respeito a outras civilizações contemporâneas nada tem de surpreendente : somente a Etiópia era organizada a ponto de manter relações mar’timas com essa região. Assim, sua derrocada não deve ter chamado a atenção, e depois de 1961 sómente se pode falar de escavações sistemáticas; ainda há muito a fazer.
Mesmo que não seja mais do que para determinar o local preciso de um encontro com uma civilização e uma tecnologia superiores. Este contato pode perfeitamente ter se dado em Baalbeck, mas Baalbeck também pode não ser nada além de um contato secundário, dependente de um contato primordial que aconteceu no Rub el Khali. Um certo numero de textos árabes estão de acordo quando afirmam que exiistiu, no século I depois do Cristo, um superarranha-céu levantado por um rei, em Ghumdân , no Iêmen. Este arranha-céu parece não ter sido encontrado. Todo um povo , dizem as crônicas, perseguido pelos nômades, poderia aí se refugiar. Este imponente edificio teria vinte andares e fora construido de granito, pórfiro e marmore. Em pleno deserto arábico , no primeiro século de nossa era, uma tal arquitetura surpreende , e recorda singularmente a tecnologia de Baalbeck. Se fosse encontrado este edificio, seria interessante ver se ele apresenta inscrições: identificar o granito utilizado em sua construção, para verificar se provém da região de Baalbeck ou das pedreiras de Assuã; saber se havia um observatório no alto desse edificio.
Isto permitiria dizer se os que construiram o edificio se interessavam também pelo céu. Um dos aspectos interessantes das civilizações da Arabia Feliz era que, embora encorajando os visitantes estrangeiros, elas enviaram missões comerciais muito longe, talvez até à China . Importavam cerâmicas, objetos manufaturados de bronze e taças da Rússia do Sul. É lamentavel que não tenham exportado documento concernentes à sua história. Talvez o tenham feito , e esses documentos foram queimados com a biblioteca de Alexandria.
Muitas centenas de milhares de livros desta biblioteca foram levados por Júlio Cesar em 48 a.C. Depois a biblioteca foi sucessivamente destruida em 272, 295 e 391 de nossa era. Restavam ainda muitos livros, talvez um milhão, sob a forma de rolos. Os mulçumanos os queimaram em 646. Os cristãos se vingaram queimando, no mínimo, cem mil rolos árabes, quando da tomada de Trípoli , em 1109 . Ë totalmente possível que estes rolos escritos em alfabeto semita, semelhantes aos milhares de inscrições que nos restaram da Arábia Feliz, e que sabemos decifrar, tenham desaparecido nas chamas. Chama-se esta lingua de “semítica sul”. É escrita em caracteres muito bonitos, e todas as inscrições têm aspecto artistico.Talvez alguns rolos se encontrem ainda em Baalbeck, e serão descobertos um dia , com o segredo do corte das lajes gigantes , do fogo grego e muitos outros.
O segredo da utilização de fontes locais de àgua foi quase totalmente descoberto; tratava-se da recuperação integral das chuvas raras, porém torrenciais da região. Os canais , feitos de argila cozida, para impedir a absorção da agua pelo solo, distribuiam a agua dessas chuvas torrenciais por valetas primárias, depois secundárias, depois terciárias , etc. As barragens facilitavam essa distribuição, mas não retinham a agua. A de Marib irrigava perto de quatro mil quilometros. Um sistema de poços , conectado com os canais , assegurava um suprimento escasso de agua , mas nem por isso
desprezivel. É dificil crer que um sistema assim complexo tenha podido ser elaborado sem conhecimento de matemática . Conhecimentos dessa espécie eram igualmente necessários para a navegação.
Porém, nenhum trtaço de matemática da Arábia Feliz chegou até nós, enquanto conhecemos bem a matematica babilônica. O que prova uma vez mais que todo o conjunto da ciencia e da técnica de uma civilização pode desaparecer. Em nossos dias, o sistema de irrigação da Abrabia Feliz não foi ainda restabelecido. Mas poderá sê-lo quando for instalada no Mar Vermelho ou no gôlfo de Aden , uma usina produtora de àgua potável , a partir de àgua do mar. Uma tal usina poderia então distribuir água doce através do antingo reino de Sabá e em toda a região, que poderia vir a ser novamente um país fértil e próspero , a um custo relativamente baixo.Virá o dia em que as guerras locais acabarão e a exploração metódica da região , por satélite, aviões e helicóptero primeiro , depois por veículos que deslizam sobre colchões de ar, engenhos perfeitos para o deserto , poderá ser feita. Neste dia, o mistério das lajes gigantes de Baalbeck deixará , sem dúvida , de ser um mistério, e a prova da ligação entre Baalbeck e as civilizações da Arábia Feliz será um primeiro passo rumo à solução dos mistérios desta região.
Um segundo passo poderá ser dado com a exploração do Rub el Khalil, onde se espera poder encontrar uma vila ainda não totalmente saqueada , Baalbeck o foi , e a Babilônia mais ainda . Esta o foi de tal modo , tanto pelos seus próprios habitantes, para construir suas moradias , quanto pelo arqueólogos que levavam seus tesouros para museus americanos e europeus , que nada resta. Depois,os indigenas compreenderam o valor dos velhos documentos, como mostra bem a aventura dos manuscritos do Mar Morto. Toda fonte nova de objetos antigos é pilhada , mal é descoberta.
Se fosse possivel encontrar uma cidade inascessível que não tivesse sido ainda pilhada, e confiar as escavações a uma comissão científica internacional , teríamos talvez surpresas perto das quais as das tumbas egípcias seriam nada. Talvez fossem encontradas inscrições como a de Behistoun , que têm o bom gosto de se apresentar em tres linguas: o velho persa, o babilônio e o elamita . O que permitiu , em 1802, chegou-se esta inscrição, e depois outras similares. Em 1948, chegou-se mesmo não só a tomar fotografias , mas também a fazer moldagens. Algumas inscrições deste tipo nos permitirão talvez resolver os multiplos segredos de Baalbeck.
Porque não se trata mais – e é isto que eu quis mostrar neste capítulo – só de Baalbeck . Trata-se de um conjunto de tecnologias superiores que se mesclam, como acontece muitas vezes , com lendas. Quando se fala de Baalbeck e do conjunto hidrológico da Arabia Feliz , consideram-se as manipulações da pedra e da argila cozida em larga escala , sem nenhum fim artistico, mais com meios técnicos , comparáveis, senão superiores, aos nossos.
Incidentemente, eu (J.Bergier) seria muito feliz de ver uma foto aérea do sistema hidráulico da Arabia Feliz . Certamente , uma tal fotografia não existe e nem pode existir . Mas eu gostaria de saber , unindo o util ao agradável , se os que construiram o sistema hidráulico da Arabia Feliz não enviaram , ao mesmo tempo, um sinal aos céus , análogo ao de Nasca. Talvez um mapa detalhado deste sistema possa um dia ser traçado – no momento, não foi feito senão para o sistema em redor da barragem de Marib, por Richard Le Baron Bowen e Frank P. Albright, mas é provavel que seja feito para o conjunto. Seria então muito interessante compara-lo às figuras de Nasca.
Extraido do livro Os Extraterrestres na História de Jacques Bergier – Editora Hemus – 1970
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