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No final dos anos 50, um “homem de negócios” chamado Otis T. Carr, afirmava ter descoberto o “futuro” dos veículos de locomoção, criando uma campanha publicitária um tanto quanto amadora, e com alguns requintes de fraudes no mercado de ações, Carr alegava ter descoberto o que ele chamava de “Acumulador ULTRON”, um tipo de escudo molecular em forma de “concha”, que abrigaria os átomos do ambiente, onde os mesmos se “chocariam” criando um tipo de “fusão atômica suave” que ao ser liberada se manifestaria em dois polos magnéticos opostos, que faria um veículo voar.
Por incrível que pareça, isso parece ter fundamento, pelo menos para Ralph Ring, um dos engenheiros que trabalhou com Carr em seu projeto, Ring até hoje afirma, ele mesmo ter “voado” em um desses protótipos, o qual, eles alcançaram o destino estipulado em questão de segundos, onde o voo se pareceu muito mais com um tipo de “teleporte”, pois, ainda sendo Ring, eles teriam “decolado” e “aterrissado” no mesmo instante, sem nenhum lapso de tempo.
Otis T. Carr, era nessa época mais conhecido como, o “Rei dos discos não voadores”, e mesmo alegando ter sido um aluno de Nikola Tesla, o qual lhe confiou “os segredos do magnetismo”, sua nova tecnologia não era vista seriamente, embora o principio de suas ideias não pareçam totalmente sem fundamento.
Segundo Carr, qualquer veículo que acelerar seu eixo de rotação em relação à sua massa inercial, se tornará imediatamente ativado por um espaço livre de energia, atuando como uma força independente, embora pareça ter sentido, Carr nunca conseguiu provar de forma prática o funcionamento dessas teorias, e hoje em dia, é considerado uma fraude, que faturou alguns milhares de dólares ( e alguns processos jurídicos também ) vendendo “tecnologia não-funcional”.
Essa história ficou esquecida durante muitos anos, mesmo depois da morte de Otis Carr, nunca mais se ouviu falar do ULTRON, nem que fim teve a “revolucionária tecnologia de voo”, até que alguns anos atrás, o pessoal do grupo “Projeto Camelot” redescobriu o único engenheiro do projeto original do ULTRON ainda vivo, Ralph Ring.
Depois de ver suas várias entrevistas e palestras sobre energia livre, magnetismo e é claro, ULTRON, podemos pensar duas coisas, ou ele é um velhinho muito louco ou realmente eles criaram algum tipo de máquina de voo, que não deu muito certo, pelo menos não com o propósito de voar, mas sim um meio de “ teleporte” instantâneo que funcionaria de forma muito simples, usando forças magnéticas do próprio ambiente.
De qualquer forma, ainda em 1949, Carr conseguiu registrar a patente do seu invento, e consequentemente conseguiu atrair a atenção do governo americano, que de começo se interessou pelo projeto, com a isso a empresa de Carr, a OTC Enterprises, vendeu milhares de ações, Carr e seus associados ganharam um bom dinheiro e puderam, enfim, criar os primeiros protótipos.
Em 1952, o primeiro protótipo a usar o acumulador de ULTRON estava pronto, o modelo com 4 centimetos de diamento conseguiu produzir uma energia equivalente a 1.000 toneladas, provando que o sistema desenvolvido por Carr realmente funcionava.
O próximo passo seria a fabricação em massa desses veículos, que até então, eram apenas protótipos pequenos, e discos tripulados, caso dos OTC-X1.
Não se sabe muito bem porque, mas Carr, chegou a construir modelos muito maiores, com cerca de 10 metros de diâmetro, porém nunca ficou provado que eles teriam o mesmo desempenho dos protótipos menores, nunca ouve nenhuma demonstração pública do funcionamento desses “discos” maiores, porém, Ralph Ring afirma que ele, juntamente com Carr e um outro engenheiro, viajaram em um desses protótipos, que supostamente mais tarde, foram apreendidos pelo governo americano, juntamente com as plantas de todos os projetos de Carr, o qual foi processado por venda de tecnologia não-funcional e fraude ( o famoso “171” ).
OTC-X1
Curiosamente, a patente registrada do acumulador ULTRON não consta como a de um aparelho de transporte, e sim de um brinquedo, um aparelho que serviria apenas como um passatempo de diversão qualquer, porém, não tirando o mérito de que ele realmente funcionava.
Carr alegava ter construído discos com até 45 metros de diâmetro, porém nunca testados em público, em Abril de 1959, data marcada para uma demonstração pública, Carr não compareceu, se dizendo “indisposto e se sentindo mal”.
Em 1961, Carr foi condenado a 14 anos de prisão, por crimes de fraude imobiliária, por não ter como pagar a fiança de 5.000 dólares, ele cumpriu parte da pena na cadeia, e após o termino de sua sentença viveu no anonimato até sua morte em Pittsburgh, em 1982.
Otis T. Carr escreveu um livro, onde de forma “confusa” e cheio de enigmas, ele descreve suas experiências e outros escritos um tanto quando sem sentido, alguns alegam que esse livro, contém “os segredos do ULTRON” em forma codificada.
Carr deixou alguns layouts e desenhos do seu OTC-X1, e alguns outros desenhos são encontrados no registro de sua patente de 1959, que mostram em vista “cortada” o esquema do acumulador.
Hoje em dia, alguns pesquisadores e universitários, fazem protótipos semelhantes aos de Carr, onde eles alegam que embora o projeto de Carr tenha uma certa lógica, parece faltar ainda alguma coisa, que não consta dos desenhos existentes do OTC-X1, que serve para alimentar uma série de “teorias conspiratórias” sobre o que realmente era o ULTRON e até onde teria chegado Otis T. Carr, teria sido ele uma farsa ou realmente um visionário além de seu tempo?
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