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Contrariamente ao que muitos supõem, os Ovnis não representam a prova cabal e concludente da existência de vida extraterrena. Os Ovnis poderão antes ser encarados como a causa primeira da existência da vida inteligente no Universo. Por outro lado, fez-se há relativamente pouco tempo , um estudo sério, perfeitamente acadêmico , que visa resolver provisoriamente este problema, passando de hipóteses a “certezas”. Embora os resultados tenham sido estabelecidos independentemente da existencial ou inexistência dos Ovnis, eles podem se aplicados em Ovniologia.
O estudo que passaremos a descrever, constitui o que chamamos a HIPÓTESE DA ERA ESPACIAL, e deve ser lido com especial atenção a fim de ser compreendido.
Sabe-se atualmente , que cerca de 10% dos 100 bilhões de estrelas que povoam a galáxia possuem sistemas planetários. Um sistema planetário pode ser simples – caso das estrelas com um só planeta ( provavelmente uma companheira morta ) – ou relativamente complicados – o nosso Sistema Solar é um bom exemplo. São exatamente estes últimos que tem especial interesse.
Fixemo-nos inicialmente no Sistema Solar. Chamaremos planeta tipo Terra a um planeta caracterizado por duas constantes relativas à Terra , K1 e K2 , definidas por
K1 = função de (MS, rTS)
e
K2 = MT / r2T
onde
MS e MT são respectivamente as massas do Sol e da Terra
rTS e Rt a distancia média da Terra ao Sol e o raio da Terra
Um planeta caracterizado pelas constantes K1 e K2 ( planeta K1 e K2 ) é semelhante ao nosso : se a massa da estrela central é o dobro da massa do Sol, esse planeta distará do seu Sol de uma distancia tal que , em termos médios , os efeitos caloríficos resultantes serão idênticos ; K2 fixa o valor da aceleração dos graves (gravidade) à superficial do planeta.
Podemos afirmar com certa segurança , que um certo número de sistemas planetários contém planetas K1 K2 , ou seja , planetas que estão ou estiveram nas condições em que a Terra se encontrou há 4 bilhões de anos ( época de sua origem ).
Sendo a origem da vida um fenômeno aleatório nos planetas k1 K2 poderemos selecionar aqueles em que a vida realmente se originou. Se for R o número de estrelas da Galáxia , poderemos escrever uma equação redutora, isto é , uma transformação que reduza o valor de R de uma quantidade tal, que o resultado seja o número de estrelas da Galáxia em cujos sistemas planetários existem planetas onde a vida se originou. Designando esse numero N teremos :
N = R f1 f2 f3 f4
onde :
f1 é o fator de redução 1 , referente à percentagem de estrelas que possuem sistemas planetários;
f2 é o fator de redução 2 , referente à percentagem de estrelas com sistemas planetários complexos de entre as estrelas que possuem sistemas planetários;
f3 é fator de redução 3 , seleciona de entre as estrelas com sistemas planetários complexos aquelas que possuem um planeta K1
K2 ;
por fim, f4 é o fator de redução 4, que multiplicado por R f1 f2 f3 dá o numero de estrelas com sistemas planetários complexos que possuem um planeta K1 K2 onde a vida surgiu!
Notemos que ainda não introduzimos um fator que depende do tempo , apesar de o numero de planetas pode crescer ( ou decrescer ) no tempo. Chegamos ao ponto em que o biólogo se pergunta: a vida uma vez originada , num planeta genérico, dará sempre lugar a formas de vida superior? Ao homem por exemplo?
Tem-se hoje a certeza de que existem fatores coercitivos que condicionam o desenvolvimento da inteligência; entre eles destacam-se a postura bípede que favorece o desenvolvimento útil dos membros superiores e o atrofiamento do maxilar com a descoberta do fogo ( possibilidade de cozinhar os alimentos).
Apesar disso a evolução não é um processo que possa ser testado no laboratório. O cientista necessita nestes casos , de um laboratório natural , ou seja , de um planeta idêntico à Terra , onde ele pudesse deslocar-se e observar o que lá se passa. Inicialmente admitiu-se a possibilidade de se encontrar na Terra o laboratório desejado; o problema equacionou-se da seguinte maneira: se for possível encontrar na Terra uma região independente das outras , onde a vida se tenha originado, procuraremos o ramo evolutivo que tenha culminado no homem. Se o encontrarmos talvez seja possível responder à questão proposta. Na verdade esta região existe : é um continente e chama-se Austrália. (Na época da deriva continental, nenhum escalão superior de vida existia sobre o planeta). Só que , na realidade , não foi encontrado na Austrália algum indicio de que tivesse existido um ramo evolutivo que pudesse dar origem ao homem!
Demonstra a impossibilidade de resposta àquela pergunta, a unica solução será admitir que o aparecimento do homem (ou qualquer outro tipo de hominídeo) é tal como o aparecimento da vida , um fenômeno aleatório de entre os planetas K1 K2 onde a vida se originou . Na equação introduziremos um novo fator de redução f5.
N = R f1 f2 f3 f4 f5
N é agora o número de estrelas com sistemas planetários complexos que possuem planetas K1 K2 onde a vida se originou e deu lugar ao homem ( ou como já vimos a qualquer tipo de vida inteligente). Chamando f ao produto f1 f2 f3 f4 f5 escreveremos muito simplesmente,
N = R f
Para prosseguirmos é fundamental a introdução de fatores dependentes do tempo. Vejamos porquê: suponha-se um esquema evolutivo do tipo
Pliopithecus -> Ramapithecus -> Australopithecus -> Homo Erectus
Se durante um processo evolutivo, ocorre uma catástrofe natural, por exemplo, se na época do Australopithecus o Sol explodisse , não haveria futuras possibilidades de sobrevivência para as formas de vida na Terra e o Australopithecus extinguir-se-ia, tal como aconteceu com o homem de Neandertal.
Existe uma série de coeficientes corretivos , cada um referente à estabilidade de um aspecto das “proximidades espaciais” do planeta , a introduzir na equação . Se designarmos por Yi o fator corretivo i ,e se forem n as correções a efeturar , tem-se
N = R f Y1 Y2… Yi… Yn
( geralmente desconhece-se n mas pode-se estimar , por outros processos , o valor do produto)
Se desejarmos encontrar o “homem” tecnicamente mais evoluido , introduziremos uma função L, decrescente com a progressiva evolução da vida inteligente. Por fim chamaremos c ao resultado das correções decorrentes das taxas de criação anual dos planetas e das estrelas.
A equação final que se obtém é :
N = R c f Y1 Y2… Yi… Yn
Esta é a Equação de Green Banks a partir da qual onze cientistas de reputação internacional ( entre eles Carl Sagan ), reunidos em 1961 , estudaram “o numero provável de civilizações tecnicamente avançadas e possuindo ao mesmo tempo o desejo e os meios materiais necessários para estabelecerem comunicações interestelares”.
O resultado deste estudo é o seguinte : cerca de 6% de todas as estrelas possuem planetas com condições que favorecem o desenvolvimento de uma vida superior. Com este resultado obtemos uma distancia média de 18 anos-luz para os dez planetas mais próximos onde possa existir uma vida superior . Quer dizer que terá de ser de 18 anos-luz a distancia que teremos de percorrer para encontrar uma vida superior, seja de que espécie for.
É evidente que os viajantes de um “disco voador” serão originários de uma civilização técnica que haja resolvido alguns problemas técnicos-científicos . Também é igualmente evidente que só com uma civilização técnica poderiamos contatar através do rádio.
Assim poderíamos desejar saber a distancia que nos separa das civilizações técnicas mais próximas de nós . Von Horner diz: “Seria um delirio de grandeza supor que o atual momento da ciencia e da técnica terrestre – a nossa atitude espiritual , a respeito desses campos – é a ultima meta de toda inteligência do Universo . Deveríamos antes admitir que a ciencia e a técnica são apenas um elo de uma longa cadeia , e que talvez um dia este elo seja substituído por interesses e aspirações completamente diferentes , embora não tenhamos ainda qualquer possibilidade de descobrir quais são”.
Acontece que existe uma relação entre a distancia que procuramos e a duração da vida no estado técnico ( a distancia depende da raiz cúbica da duração da vida no estado técnico) . Von Horner admite um valor ( segundo ele excessivo ) de 100.000 anos para a duração da vida no estado técnico. Resulta que a distancia procurada é de 800 anos-luz.
Extraido da revista OVNI – Lisboa – Portugal – 1979
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