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Saudações e paz para nossos mais sagrados, mais iluminados, mais ilustres e mais queridos irmãos, sua excelência Sir James Thomas Windram X° grau O.T.O. nosso vice-rei na união da África do Sul e envias estas para seu prazer e instrução e para comunicação da Gnosis IX° que já :
A- Mostrou pelo poder sua aptidão para o grau ou
B- Mostrou por sua sabedoria sua adequabilidade ao Arcano.
Também para outros confiáveis irmãos do VIII°, VII° e VI° escolhidos para este momento de perigo. Pois nesta hora as nuvens se encontram novamente sobre a face do sol, nosso pai, todos aqueles que sabem podem perecer na guerra mundial, como está escrito no ritual do V°.
“É a hora quando o véu do templo foi rasgado em tiras. Quando a escuridão começou a se espalhar por sobre a terra, quando o altar foi jogado ao chão, a estrela chamada absinto caiu sobre a terra, quando a estrela resplandecente foi eclipsada, o tau sagrado foi definhado com sangue e água, desepero e tribulação visitaram-nos e o mundo estava perdido.”
Agora que as inundações ameaçam a terra, o inverno da civilização é geral, é adequado que um arco do Santuário seja construído onde o falo sagrado possa ser escondido, um campo semeado onde o gérmen da vida possa ser preservado pois embora a tradição seja destruída com a destruição dos cérebros que a contém, será possível para aqueles vindos depois de nós e que possam ser merecedores de recobrarem a palavra perdida.
I – Sobre Ararat
O segredo supremo da O.T.O. está escrito em detalhes no livro chamado Ágape e também está escrito claramente no Liber CCCXXXIII, capítulo XXXVI. Mas agora também achamos adequado adicionarmos nosso comentário a este livro Ágape que escrevemos com nossas próprias palavras para a adequada propagação deste segredo que nos foi ensinado em nossa iniciação no grau IX° O.T.O.. E este livro recebeu sua aprovação oficial em cada palavra. Mas neste comentário não propagamos o segredo em si, mas apenas nossas próprias idéias como uso correto, com outras matérias pertinentes, pensando que aquelas em cujas mãos possam chegar possam entender plenamente a importância ulterior deste segredo que tem sido o pivô do nosso trabalho por tão longo período e que possa ajudar tais pessoas a atingir a mæstria perfeita desta arte sagrada e imperial.
II – Sobre a Importância do Segredo
Este segredo é a verdadeira chave da Magick, isto é, pelo uso correto deste segredo, o homem pode impor sua vontade sobre a própria natureza, como aparecerá mais tarde neste comentário. Desta maneira, embora todo conhecimento registrado seja destruído, seria possível para um adepto do segredo restaurá-lo.
III – Sobre a Mente do Adepto
Em nossa ilha mais sagrada encontra-se um ser chamado Leprechaun. Esta criatura, uma vez vista, é fácil de pegar e uma vez pega ela leva à captura de seu grande tesouro, contanto que nunca por uma piscadela ele relaxe sua vigilância e o Leprechaun por todo tipo de truque procura distrair a atenção dele que o fez prisioneiro. Isto é um simulacro mágiko ou fábula do máximo abismo de verdade. Pois na preparação do Sacramento, e também em seu consumo, a mente do iniciado deve ser consumida absolutamente em uma chama impetuosa de vontade sobre o determinado objeto de sua operação. Pois não há ato mais fácil e natural para o homem do que sua preparação, nenhum que requeira menos auxiliário. E ainda de longe a maior parte da humanidade é ignorante e incapaz de sua performance adequada pois é dito que a perfeição nela é tanto uma ciência quanto uma arte, requerendo não menos estudo do que a mais obtusa das filosofias e não menos prática do que a mais difícil das destrezas. Mas é inteiramente vã a menos que a primeira condição seja preenchida e tão difícil é isto, não apenas pela superação do transe corporal mas por causa da natureza errante da própria mente. E portanto apenas por treino preliminar longo e duro na arte da meditação e por constante prática e experiência pode este ato tornar-se frutífero na Magick.
IV – Sobre Momentos e Estações
Embora nenhuma instrução tenha sido dada sobre esta matéria, ainda é evidente, não apenas pelas considerações da natureza das coisas, mas de nossas próprias experiências destes dois anos, que a produtividade de seu sacramento varia constantemente, como parece sem causa racional, nem nós entendemos plenamente as melhores condições. Mas é nossa opinião que o adepto deva sofrer premonição interna de quando a hora seja propícia ou não. Ainda foi observado frequentemente que através de violência extrema para com a natureza resultados são obtidos iguais àqueles acumulados quando a natureza urge veementemente o ato por entusiasmo. Mas estados medíocres de corpo e mente devem ser evitados. Como está escrito “Se tu estivesses frio ou quente eu manteria, mas porque tu estás tépido, vomitá-lo-ei de minha boca.”
Nem é necessário ser menosprezado como superstição para determinar que certas horas do dia e certos aspectos das estrelas são mais favoráveis do que outros, ao invés, devem ser criticados e investigados de acordo com os métodos da ciência verdadeira.
V – Sobre Estados Corporais
Aqui há uma certa dificuldade no fato de que o corpo estando cheio de carne e vinho está mais apto para a preparação, como se diz “Sine cereri et Baccho, Venus friget.” (Sem comida e sem Baco, Venus esfria-se), enquanto que para a consumação o corpo deve estar esvaziado de todo nutriente grosso, assim o elixir pode ser sugado avidamente e correr nobremente para toda parte, revificando a unidade. Será melhor, em nossa opinião, se uma refeição completa seja feita não menos do que três horas antes do início da cerimônia após a qual nenhuma comida, embora estimulantes da mente ou de agentes mais sutis pode ser continuado pois assim o corpo vai de excitação em excitação e então está apto para a exaltação adequada encaixável no trabalho. Mas em tudo isto os homens podem diferir e não há regra a não ser entalhar sobre sua mesa através da chama da experiência.
VI – Sobre Operações desta Arte, sejam elas individuais ou múltiplas
Temos dúvida também nesta matéria caso uma operação falhe, se é sábio reiterar. Um único ato implica perfeição e fé total no adepto, se ele a repetir, isso é medo e argüe imperfeição na primeira tentativa, ainda possivelmente em grandes operações cósmicas será melhor realizar uma série de sacramentos, mas neste caso a série deve ser arranjada de antemão e realizada regularmente. Por exemplo, as dezesseis operações de Júpiter feitas na cidade de Paris durante a passagem do Sol de 10° de Capricórnio para 22° de Aquário.
Em nossa experiência, repetições tomadas por causa de aparente falha algumas vezes pareceram fatais, na verdade. Parando o que pode razoavelmente ter ocorrido, e que algumas vezes ocorreu após cessarmos com tais tentativas.
Mas também notamos que em tais casos o resultado foi grande e favorável como se as operações repetidas tivessem construído uma barragem restringindo a corrente natural das forças favoráveis. Então mantendo-as retraídas para torná-las mais eficazes no final. Mas isto pode ser uma falsa interpretação dos fenômenos observados. E, novamente, uma série de tais sacramentos foi fútil até que um último trabalho atingiu sucesso. Ainda, novamente, isto pode ter sido coincidência, resultado do primeiro trabalho mas atrasado.
O adepto desenvolverá a intuição em todas estas questões, sendo provável que a avaliação pessoal é importantíssima e que nenhuma regra universal absoluta, sempre em todo lugar, e por todos os homens a serem observados, existe.
VII – Sobre Certas Inibições Desconhecidas e Seu Efeito
Temos marcado sutil e regularmente as condições e resultados de diversos trabalhos desta Arte, e esta é a maravilha, agora os resultados seguem suaves e perfeitos, novamente um grupo de resultados menores relacionados ao resultado desejado, agora apenas movimentos leves sugestivos do resultado, e não apenas falha perfeita, mas a repentina reviravolta de todas as esperanças, desespero e ruína.
Mais claramente, se X é o objeto do trabalho, o resultado às vezes é X mas outras é XXXX, algumas vezes é A(X), outras é -(X) ou -XXXX ou -X.
Concretamente, suponha que alguém trabalhe esta Arte para obter grande fortuna. Então a fortuna chegará de uma vez, ou dentro de oito horas após ou ocorrerá um evento envolvendo o ganho daquela soma. Em outro momento meramente ocorrerão um grupo de circunstâncias favoráveis, em outro momento um quantia menor chegará mas também estas poderão ser revertidas. Na pior hipótese ocorre a perda da soma proposta ou a ocorrência de um evento que poderá envolver a perda ou pelo menos desapontar alguma expectativa razoável daquele ganho.
Se o caso é de emprego do sacramento para o elixir da vida, seu mau uso pode causar envelhecimento prematuro, doenças, ou até mesmo a morte, como é dito, mas nós não concordamos que estes resultados possam se seguir a uma falha em qualquer outra operação. Achamos que a retribuição é para ser o reflexo mau e invertido da recompensa e em seu plano. Adeptos mostrarão então prudência através da experiência com operações menores, onde a falha não implica em desastre irreparável até que eles tenham o conhecimento e experiência que lhes dará uma confiança razoável.
VIII – Sobre a Teoria desta Mágica Arte
A teoria desta arte parece envolver certas hipóteses cósmicas para as quais talvez não sejam impossíveis dar provas pelo menos por tentativas, mas que não são ainda provadas.
A idéia de Prana de alguma forma mais mística do que aquela que a identifica com as idéias dos médicos é talvez inerente.
Na mera consumação do sacramento para saúde e vitalidade não há violação da razão, mas no máximo um exagero de antecipação, pois o assunto do sacramento é indubitavelmente microcósmico, mas uma extensão deste sacramento para sua validade na Mágicka é um hiato comparável àquele que existe na teoria da astrologia, mesmo garantindo que um ângulo de 120° subentende que o olho do observador na terra entre Sol e Saturno (exempli gratia) é acompanhado de certas previsões, isto pode ser casual ou não.
Contudo, neste assunto não temos dúvida da eficiência do processo e são entretanto válidos os jogos com hipóteses, investigando como a probabilidade pode determinar o modo de agir. Então podemos assumir como Æthyr ou Akasha, insuflado ou retraído por um prana específico. E todas as retrações em seu Akasha sendo um tipo finalmente, embora intermediariamente diverso, pode ser tão fácil interromper o curso da terra como destruir um verme. Pois o trabalho tem lugar num mundo de causas fluidas e não sólidas, em Yetzirah (ou mesmo Briah) ao invés de Assiah.
Será impossível ou dificílimo mover a infantaria de uma asa da linha engajada para a outra, mas nos quartéis dos auxiliares é indiferente para aquele corpo, estando na base, ser empurrado para qualquer um deles. Não se pode facilmente oxidar o ouro precipitado do Cloreto, mas tendo o cloreto, é fácil preparar o óxido ao invés do metal.
E em todos assuntos a razão deve ser a guia e a experiência o professor, assim o adepto não procura realizar coisas impossíveis na natureza, e então blasfema o sacramento e o traz a contento.
Ainda deve ser dito, para o iniciado consumado e sublime pode parecer que sobre ele foi escrito “com Deus todas as coisas são possíveis”. Contudo, o próprio Deus não interfere arbitrariamente com o curso da natureza, mas trabalha dentro de suas leia.
Que o adepto não aja de outra maneira.
IX – Sobre o Curso da Lua e sua Influência
Diz-se que a segunda parte é inútil, até mesmo perigosa, quando a influência da lua mostra-se (ainda assim o movimento da terra implicando grande causas em Briah e Yetzirah deve ser difícil de se checar, a menos que por forças Briáticas de muita intensidade) mas no segundo dia e após talvez não no último dia, o sacramento seja mais eficaz do que em outros momentos, como figurado por nossos antepassados, os Alquimistas, em sua preferência pela tintura vermelha ao invés da branca.
Isso também acreditamos, embora queiramos deixar claro que não é provado.
X – Sobre a Segunda Parte desta Arte, Quer a Iniciação Seja Desejável ou Não
Se o outro parceiro do sacramento seja também do nono grau e iniciado no Santuário da Gnosis, parece-nos urgente que o objeto de ambos seja um só, que também o interesse geral e natureza deles seja uma só, vem a divisão, o inimigo da vontade e falha total segue-se. E, o ser todo considerado cuidadosamente, opinamos que é melhor e mais fácil que o outro parceiro deva ser ignorante do sagrado caráter do ofício.
É suficiente se o assistente seja formado pela natureza unicamente para a tarefa física, robusto e vigoroso, ávido, sensual, quente e saudável, os nervos e o sangue estando tensos, rápida e facilmente inflamados e não extinguível.
XI – Sobre Certos Ritos Análogos Àqueles do Nono Grau
É dito por certos iniciados que para se obter dons espirituais e ajudar a natureza o sacramento deve ser, como era, uma núpcia do povo da terra, mas que a Magick é do veneno e que por uma certa perversão do ofício, podem ser criados elementais adequados para realizar a vontade do Mago.
Aqui neste ponto há uma dificuldade, sendo que neste caso, o assunto do sacramento não pode existir, pois não há águia branca para gerar glúten.
Como seja, afirmamos que neste rito há grande eficácia, pode ser que por certas operações seja igual ou superior àquele explicado para os iniciados do IX°.
Mas afirmamos que neste caso o Sacerdote precisa ser um iniciado, pois é sua vontade que determina o caráter Mágicko de seu leão.
E portanto se ele não tiver nenhum propósito a não ser o da Deusa Adonai, ele não poderá ascender Ágape ao seu senhor Thelema, nem irá a intenção da Sacerdotisa, embora um alto iniciado, repor o poder essencial do Sacerdote sobre o qual ele é apenas um veículo e guardião.
Por esta razão, o nono grau não é tão fácil de tornar-se efetivo por mulheres iniciadas.
Seja qual for o resultado do desenvolvimento paralelo àquele indicado entre as nobres e castas damas da Ordem, no presente é impossível declarar uso, mas antes parece que embora o leão e a águia sejam a melhor combinação, o Leão é mais provável de estar apto a dispensar a assistência da águia, do que a águia substituir a ausência do leão. Pois o glúten é um menstruo ou solvente e nada contém em si mesmo. A tradição também de certas iniciações menores confirma isto.
Ainda que considerações de divindade e filosofia até mesmo da física assegurem que nosso modo destaca-se de outros mesmo como a primavera destaca-se do calor. A Água não queima a pele mesmo, e o óleo de VITROL apenas vagarosamente, mas adicione uma gota de água à gota de óleo e instantaneamente advêm o calor e uma dor intensa e aguda. Isto é apenas uma analogia, ainda que justa e agradável ao filósofo.
XII – Sobre a Escolha de Um Assistente
A respeito da escolha de alguém para servir o sacramento, o homem é tão confuso mentalmente, e tão facilmente iludido neste assunto, que parece-nos razoável permitir os caprichos do momento se expandirem. Pois este assim chamado capricho é na verdade talvez a voz do subconsciente, que a escolha deliberada do próprio falo sagrado.
“O falo é a base fisiológica da Alma Superior.”
Por esta razão estes muitos homens desencaminham-se, perdem a castidade e arruínam-se.
Mas deixe a Vontade consciente ser inteiramente devota à Grande Obra então o subconsciente escolherá inevitavelmente o veículo apontado do trabalho.
Além do mais, isto deve ser observado na escolha, que a segunda parte deve consentir entusiasticamente a cooperar fisicamente com o Sacerdote, para que o leão dissolva-se perfeitamente numa porção de Glúten. E sendo este preparo feito de verdade e impecavelmente é conhecido pela aparência da Matéria do sacramento, e também por seu gosto. Pois não está escrito inutilmente no Livro dos Juízes.
“O que é mais doce do que mel e mais forte do que um leão.”
E que este segredo é aqui manifesto pelo Espírito Santo é claro pelo esquartejador de Sansão :
“Se vós não tiveréis arado com minha bezerra, ainda não encontrastes minha charada.”
XIII – Sobre Certas Teorias Judaicas
Entre os judeus estão certos iniciados instruídos na sua Qabalah, que mantém, como entendemos, a visão de que no Zraa ou o próprio sêmen jaz uma força criativa inerente que não pode ser impedida. Então eles dizem que antes de que Eva fosse feita, os sonhos de Adão produziram Lilith, um demônio, e deste intercurso com ela espalharam-se raças de demônios.
Agora, para explorar as estradas da enseada do amor conjugal com muitas restrições como estas:
1. Deve ser um ato sagrado, precedido de abluções e orações.
2. Todos pensamentos luxuriosos devem ser rigidamente excluídos.
3. O propósito deve ser somente o de procriação.
4. A benção de Deus deve ser sinceramente invocada, para que a criança esteja sob sua proteção especial.
Em outra linguagem, esta é sua teoria, o ato de amor causa uma perturbação Mágicka no Éter ou Akasha de tal natureza a atrair ou criar um espírito humano desencarnado. Todos os outros atos sexuais envolvendo emissão de sêmen portanto atræm ou excitam outros espíritos, incompletos e portanto, maus. Logo, a polução noturna traz Súcubos, que são capazes de existência separada e de vampirizar o seu criador.
Mas atos voluntários e estéreis criam demônios e (se feito com concentração e intenção Mágicka) tais demônios podem subordinar-se à intenção. Logo, como Levi testifica, para enxertar uma árvore com sucesso a graduação é fixada por uma mulher enquanto que o homem copula com ela per ver nefandum.
Também narramos pela graça da completude seu método – de atingir o êxtase espiritual por meios sexuais e este método chamamos de “lucidez na eroto-comatose.”
XIV – Sobre a Consumação do Elemento Divino. Seja a Quantidade tão Importante quanto a Qualidade e Seja seu Desperdício um Sacrilégio
É dito pela OHO que deste remédio perfeito apenas uma gota de orvalho é suficiente, e isto pode ser verdade. Ainda que humildemente toda nossa deferência e adoração na nossa opinião é de que cada gota gerada (tanto quanto possível) deve ser consumida.
Primeiramente, que este presente da natureza mais precioso que todos não se perca ou seja profanado – de fato os Romanos tenham apontado instruções excelentíssimas para o tratamento em todos aspectos da Hóstia consagrada. Que os adeptos deste grau estudem ‘Missale Romanum-Ritus Servandus In Celebrationa Missæ’ e ‘De Defectibus In Celebrationa Missirum Ocurrentibus’. E encontrem a partir daí os adjuntos cerimoniais, a atitude mental e por aí vai, como guia para seu próprio trabalho neste alto sacramento.
E também achamos que a consumação deva ser completa nesta consideração, se de fato seja o Prana contido que opera o milagre, então a quantidade é tão importante quanto a qualidade, como se trabalhando com eletricidade a amperagem é tão importante quanto a voltagem.
E isto acreditamos especificamente ser verdade no caso de milagres reais, ou a tocaia do espírito de David contra o Golias da matéria. E embora esta proporção seja pequena, não é indefinidamente pequena.
Mas pode ser que a ação desta substância divina seja catalítica e capaz de transmutar uma quantidade ilimitada de matéria base sem forma na imagem plástica e dócil da vontade. E esta teoria está mais de acordo com a tradição da Pedra e do Remédio.
XV – Sobre a Lucidez Erótico-Comatosa
O candidato apronta-se para o ordálio através de treino atlético geral e banquetes. No dia designado ele é atendido por um ou mais assistentes escolhidos e experientes cujo dever é :
A- Levá-lo à exaustão sexual por todos os meios conhecidos.
B- Elevá-lo sexualmente por todos os meios conhecidos, todo artifício e aparelho do cortesão é para ser empregado e todo estimulante conhecido do médico. Nem os assistentes devem medir o perigo, mas caçar impiedosamente sua presa determinada.
Finalmente, o candidato irá mergulhar num sono de exaustão ulterior, parecendo o coma, e é agora que a delicadeza e a perícia devem ser primorosas. Que ele seja despertado deste sono pelo estímulo definitivo e exclusivo de um tipo sexual. Ainda, se conveniente, música sabiamente regulada ajudará.
Os assistentes olharão com assiduidade por sinais de despertar e no momento que esses ocorrerem, todo estímulo deve cessar instantaneamente e que o candidato caia novamente no sono.Mas não tão cedo isto tenha ocorrido que a primeira prática é retomada. Esta alternativa é para continuar indefinidamente até que o candidato esteja num estado que não seja nem sono nem vigília e no qual seu espírito, libertado por perfeita exaustão do corpo, e prevenido de adentrar na cidade do sono, comunga com o Altíssimo e Mais Sagrado Senhor Deus de seus seres, feitor do céu e da terra.
O ordálio termina através de falha – a ocorrência do sono invencível – ou de sucesso, no qual a vigília é seguida por uma performance final de ato sexual. O iniciado pode então dormir ou a prática pode ser renovada e persistida até que a morte termine tudo. A morte mais favorável é a que ocorre durante o orgasmo, chamada de Mors Justi.
Como está escrito “Deixe-me morrer a morte dos justos, e que meu final seja como esse !”
XVI – Sobre Certas Teorias Hindus
Como os judeus, os sábios da Índia têm uma crença que um certo Prana (ou força) específico, reside no Bindu ou sêmen. Mas toda sua teoria de Magick e meditação reverbatória, portanto sua ‘comunhão com Deus’ é apenas uma ‘comunhão com o Eu’ e todos seus artifícios para o desenvolvimento de poderes nos seus próprios corpos e mentes, oposto à idéia ocidental de estender estes poderes para influenciar os outros; achamos natural que assim como eles procuram restringir a respiração, ou evitar sua violenta expulsão pelas narinas, perdendo o Prana, e como eles praticam a sucção de água no retorno, para que na defecação eles estejam aptos a reter o Apana, ou virtude específica, e recolocá-la no Svadisthana Chakra, assim eles também realizam seu labor extravagante para reter o Prana primal da vida, ou Bindu.
Logo, eles estimulam ao máximo sua produção fazendo uma prostituta consagrada excitar seus órgãos e ao mesmo tempo vigorosamente segurá-lo pela vontade. Após um pouco de exercício eles clamam poder deflorar até oito virgens numa noite sem perder uma única gota de Bindu.
Este nunca deve ser perdido, mas absorvido através dos tecidos do corpo. os órgãos então agem com um sifão para drenar constantemente suprimentos frescos de vida do reservatório cósmico, e inundar o corpo com sua virtude frutificante.
O iniciado é convidado a comparar e contrastar este capítulo com o capítulo XIV, observando em particular, sublinhando ambos sistemas, esse é um postulado. No próprio sêmen existe uma força física que pode ser dirigida para as finalidades Mágickas e místicas do adepto.
Iniciados notarão também que os filósofos pagãos deram um passo adiante em direção à verdade quando eles dizem que o Sol e a Lua devem ser unidos antes da reabsorção (veja também qualquer Tantra, em particular, Shiva Sanhita). Mas a glória plena do Sol, o simples e mais eficaz e mais sagrado sacramento, é reservado para os eleitos, os iluminados, os iniciados do Santuário da Gnosis.
XVII – Sobre um Curso de Experimento Sugerido
Aqui está uma série de operações desta Mágicka Arte do IX° sugerida para o uso de um iniciado conforme ele começa seu trabalho.
1. Força sexual e atração sexual (para assegurar o curso regular destas operações).
2. Compreensão dos Mistérios do IX° e sabedoria no seu uso (para assegurar a performance correta destas operações).
3. Aumento da O.T.O. (Como um dever e para assegurar herdeiros adequados para o segredo. Isto é especialmente importante se o iniciado é X°).
4. [Se necessário] Facilitação das circunstâncias. (Para assegurar lazer para estas operações e aumentar o campo de escolha de um segundo parceiro.)
5. Estabelecimento de um corpo de guarda-costas formado de guerreiros invisíveis (Para assegurar a liberdade de não ser interrompido no curso destas operações. Isto pode incluir a preservação da saúde.)
6. Conhecimento e Conversação do Santo Anjo Guardião.
7. Desenvolvimento espiritual, isto é, devoção a Nuit-Babalon-Baphomet.
8. Introspecção avançada sobre a Natureza e suas leis.
9. A fundação de uma abadia da O.T.O..
10. O estabelecimento do reino de Ra-Hoor-Khuit sobre a terra.
Também diversos assuntos como o rejuvenescimento do corpo de alguém, se desejado, o poder de cura e tal.
Parecerá que estas poucas operações preenchem cada lótus do universo com seus Buddhas. Mas pode ser que cada operação deva ser trabalhada em detalhe com provas digitais ao invés de compreendidas num toque, para que cada ato prático do iniciado possa precisar de uma consagração em separado.
Ou para que grandes operações, como a X na lista acima, possam ser arranjadas para fazer sacramento especialmente elaborado cada Domingo (por exemplo) no ano, os dias de interregno sendo devotados a detalhes da construção.
Mas o iniciado logo irá desenvolver um método próprio para extrair o mais eficiente mel de seu favo.
XVIII – Sobre um Certo Outro Método de Magick, Não Incluído na Instrução da O.T.O.
Pode não ser de todo inapropriado aludir a um método de vampirismo, normalmente praticado.
O vampiro seleciona a vítima, robusta e vigorosa, como deve ser e com a intenção Mágicka de transferir toda aquela força para si, exaure a caça através de uso apropriado do corpo, mais comumente a boca, sem que ele próprio entre de qualquer outro modo no assunto. Alguns pensam que isto é de natureza de Magick negra.
A exaustão deve ser completa, se o trabalho for executado com perícia, uns poucos minutos serão suficientes para produzir um estado que lembra, e que não está longe de ser, coma.
Os experientes podem levar esta prática até o ponto da morte da vítima logo não meramente obtendo a força física mas aprisionando e escravizando a alma. A alma então serve como um espírito familiar.
Esta prática é tida como perigosa, e era usada por Oscar Wilde em seus anos finais, pelo Sr. e Sra. Horos, também de uma forma modificada por S.L. Mathers e sua esposa e por E.W. Berridge. A inaptidão dos últimos três salvou-os do destino dos três primeiros.
XIX – Sobre o Adepto desta Arte
Em armadura de chamas fulgurosas que o adepto vocifere pelo universo, majestoso e irresistível como o Sol.
Que nenhum olho o contemple sem exaltação, que ele golpeie os pescoços dos profanos.
Que ele seja uma poderosa luz de conforto e o pai de toda a fertilidade.
Que ele envie chuva na devida estação, e a terra cresça verde em sua chegada.
Que seus planetas girem sobre sua roda, que ele envie seus cometas como anjos a sua raça, e que ele dê luz a todo seu reino.
Que nenhum olho o contemple sem exaltação, que ele golpeie os pescoços dos profanos.
XX – Sobre o Léxico da O.T.O.
Lembre-se destes tesouros a serem preservados :
1. O Segredo do IX°.
2. O Segredo do VIII°.
A respeito da irmandade universal, no macrocosmo, o Sol senhor de toda vida, no microcosmo, o Falo senhor de toda vida, indubitável, inegável, uma base para a fé de todos homens.
3. O Segredo do VII°.
Nosso método particular de instrução, seleção, governo e iniciação.
4. O Segredo do VI°.
A história do templo, o mistério de Baphomet, nossa guerra contra aqueles nunca completamente subjugados inimigos da humanidade, a tirania e a superstição.
5. O Segredo do V°.
O Mistério da Rosa e da Cruz e da Lei Única, “Faze o que tu queres”.
6. Os Segredos dos Graus Menores.
O ciclo da existência – ex Nihil, Nihil Fiat.
7. O Segredo destas coisas reverenciadas, o Sol, a Lua, o Falo, a Árvore, o Ancestral, o Fogo, o Leão, a Cobra e a Montanha – para isso leia nossos discursos anteriores em De Natura deorum.
XXI – Despedida
Agora que tudo está dito, mais
Sagrado, mais iluminado, mais ilustre
E mais querido irmão. Pelo nome
Do Mestre Secreto, Salve e Adeus.
Dado pelo trono da Irlanda,
Iona e toda Bretanha. Neste Dia de
Júpiter. Anno X, ¤ in 0º d 35’ 21”
Lua em Sagitário 28’ 6”
Vale de Londres
Secundum Ritum Gradus Nonæ O.T.O. Baphometi Epistola anno belli universalis ob periculum arcani perendi scripta O.T.O.
Baphomet X° Rex Summus Sanctissimus O.T.O. Grão Mestre Nacional e vitalício da Irlanda, Iona e toda a Bretanha, pelo nome do mestre secreto AUMGN.
Alimente sua alma com mais:
Conheça as vantagens de se juntar à Morte Súbita inc.