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Imprimatur: N. Fra. A. · . A. · .
Uma epístol de Therion 9=2, Magus da A .·. A .·., para seu filho, sendo uma instrução num assunto de suma importância, a saber: as medidas a serem tomadas para expandir o domínio da Lei de Thelema pelo mundo.
Filho,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Primeiramente, que sua atenção seja direcionada para este planeta, o modo pelo qual o Aeon de Horus fez-se evidente pela Guerra universal. Este é o primeiro grande e direto resultado do Equinócio dos Deuses, e é a preparação dos corações dos homens para o acolhimento da Lei.
Permita-nos lembrá-lo que esta é a formula mágica de alcance cósmico, e que é transmitida detalhadamente na lenda do Velocino de Ouro.
Jasão, que nesta história representa a Besta, primeiramente equipa uma nau guiado pela Sabedoria ou Atenas, e esta é sua aspiração para o Grande Trabalho. Acompanhado por muitos heróis, ele chega ao lugar do Velocino, mas eles nada podem fazer até que Medéia, A Mulher Escarlate, coloque em suas mãos uma poção “composta de sonolência, Soporífico com papoula e heléboro branco” para o dragão. Então Jasão é capaz de subjugar os touros, sagrados para Osíris, e simbólico de seu Aeon e da Fórmula Mágica do auto sacrifício. Com estes ele lavrou os campos do mundo, e semeou nestes lugares “os temidos dentes do pesar, cabedal Cadmeo da antiga miséria de Tebas”, a qual se refere a uma certa fórmula mágica anunciada pela Besta que é familiar a ti, mas inadequada ao profano, e portanto, não estendida neste lugar indicado. Desta semente homens armados saltaram para a vida; contudo, ao invés de atacá-lo, “a loucura mútua golpeia Os guerreiros insensatos, e a ira selvagem invade seus corações de fúria, e com exércitos em combate, Eles caem uns sobre os outros silenciosamente, E assassinam e assassinam.” Agora, então o Dragão estando adormecido podemos silenciosamente passar por ele, “e fendendo os ramos daquele carvalho Mágico, Com forte golpe derrubar o Velocino de Ouro.”
Permita-nos somente lembrar para não repetir o erro de Jasão, e desafiar Ares, que é Horus, em seu ânimo de guerreiro, que o guarda, a menos que Ele também nos golpeie com loucura. Não! mas para a glória de Ra-hoor-Khuit e o estabelecimento de Seu perfeito reino que tudo seja realizado! Agora, Ó meu filho, tu sabes que é Nossa Vontade estabelecer este trabalho, realizando por completo aquilo que Nós fomos conclamados pelo Livro da Lei. “Ajuda-me, Ó Senhor guerreiro de Tebas, em minha desvelação ante as crianças dos homens!” e esta é tua vontade, manifestando como tu tinhas feito na Esfera de Malkuth, o mundo material, fazer esta mesma coisa de um modo mais imediato e prática do que naturalmente invocaria aquele cuja manifestação esteja no Céu de Júpiter. Então, deste modo, Nós agora respondemos Tua petição filial que demandas por bom conselho de Nós quanto aos meios a serem tomados para estender a Lei de Thelema por todo o mundo.
Direciona então neste momento mais de perto Tua atenção para o Livro da Lei. Nele encontramos uma regra absoluta de vida e uma instrução precisa para toda emergência que possa se apresentar. Quais são, portanto, as direções nele contidas para a frutificação Daquela Inefável Semente? Rogo-te que perceba a confiança com a qual devemos proceder. “Eles irão congregar minhas crianças em seu rebanho; Eles hão de trazer a glória das estrelas para os corações dos homens.” Eles “hão de”; não há dúvida. Portanto, não duvides, mas golpeia com toda tua força. Rogo-te que perceba esta palavra: “A lei é para todos.” Portanto, “não selecione pessoa adequada” em tua sabedoria terrena; divulgue abertamente a Lei para todos os homens. Em nossa experiência Nós descobrimos que os meios mais inusitados procuram os melhores resultados; e, na verdade, isto se aproxima da verdadeira definição de uma Fórmula Mágica: que os meios, racionalmente falando, para o fim proposto. Rogo-te que perceba que Nós estamos prontos a ensinar. “Ele deve ensinar; contudo, ele pode tornar severa as ordálias”. Isto se refere, entretanto, como fica evidente pelo contexto, à técnica da Nova Magick, “os mantras e
encantamentos, o obeah e o wanga; o trabalho da baqueta e o trabalho da espada.” Rogo-te que perceba a instrução no CCXXI: 41-44, 45, 51, 61, 63 x T o qual Nós ampliamos em Nosso trato A Lei da Liberdade, e em cartas particulares a ti e aos outros. A divulgação aberta desta Lei, e a prática destes preceitos, levantará discussão e animosidade, e, portanto, coloca-te sobre um rostro donde tu possas falar ao povo.
Rogo-te que perceba este mentor: “Lembrai-vos que existência é pura alegria; que todos os pesares são apenas sobras; eles passam e se acabam; contudo, existe aquilo que permanece.” Pois esta doutrina confortará a muitos. Existe também esta palavra: “Eles hão de rejubilar-se, nossos escolhidos; quem se lamenta não é de nós. Beleza e vigor, riso franco e langor delicioso, força e fogo, são de nós.” De fato, em todas as formas tu podes expor a alegria de nossa Lei; não, pois tu hás de transbordar com aquela alegria, e não tens necessidade de palavras. Seria, além disso, impertinente e tedioso chamar de novo tua atenção para todos aquelas passagens que tu conheces tão bem. Rogo-te que perceba que sobre instrução direta já há o suficiente. Considere a passagem “Escolhei uma ilha! Fortificai-a! Fertilizai-a toda com engenharia de guerra! Eu vos darei uma máquina de guerra! Com ela vós heis de derrotar os povos; e nenhum ficará ante vós. Espreitai! Retirai-vos! Sobre eles! Esta é a Lei da Batalha de Conquista: assim será meu culto sobre a minha casa secreta.” A última frase sugere que a ilha possa ser a Grã Bretanha, com suas Minas e Tanques; e é notável que um certo irmão obrigado à A A esteja neste momento na parte mais secreta do Conselho de Guerra Inglês. Mas é possível que toda esta instrução se refira a algum tempo mais distante quando nossa Lei, administrada por algumas Ordens como a O.T.O que se interessam por assuntos temporais, seja de peso nos conselhos dos mundo, e seja desafiada pelos pagãos, e pelos seguidores dos deuses e semideuses caídos. Rogo-te que perceba o método prático de superar a oposição fornecida na CCXXIII: 23-26. Mas isto não é para o Nosso propósito imediato nesta epístola. Rogo-te que perceba a instrução nos versos 38 e 39 do Terceiro Capítulo de Livro da Lei. Deve ser citado por completa.
“De forma que tua luz esteja em mim; e tua flama rubra seja como uma espada em minha mão para impor tua ordem.” Isto é, o Deus mesmo arde na Luz da Besta, e irá ele mesmo impor a ordem, por meio do fogo (talvez significando o elemento) da Besta. “Existe uma porta secreta que eu hei de fazer para estabelecer tua rota em todos os quadrantes (estas são as adorações, como tu tinhas escrito), como é dito:
A luz é minha; seus raios consomem Me: eu fiz uma porta secreta Para a Casa de Ra e Tum De Kephra e de Ahathoor, Eu sou teu Tebano, Ó Mentu, O profeta Ankh-af-na-khonsu!
Por Bes-na-Maut no peito eu bato; Pelo sábio Ta-Nech eu teço meu feitiço. Mostra teu esplendor estelar, Ó Nuit! Oferece-me tua casa para ficar, Ó alada cobra de luz, Hadit! Mora comigo, Ra-Hoor-Khuit!”
No comentário no Equinócio l (7) esta passagem é virtualmente ignorada. É possível que “esta porta secreta” refira-se aos quatro homens e quatro mulheres mencionadas posteriormente nos “Trabalhos de Paris”, ou pode significar a criança profetizada alhures, ou alguma preparação secreta dos corações dos homens. ë difícil decidir sobre tal ponto, mas podemos ter certeza de que o Evento mostrará que o exato fraseado foi anunciado a fim de provar-nos a absoluta previsão de parte daquele Anjo Mais Sagrado que proferiu o Livro. Rogo-te que perceba mais adiante, no verso 39, como o assunto prossegue:
“Tudo isto” – i. e. O Livro da Lei. “e um livro para dizer como chegastes até aqui.” i.e. algum registro tal como aquele em “O Templo do Rei Salomão”.
“e uma reprodução desta tinta para sempre”. i.e. por algum processo mecânico, possivelmente com um exemplar de papel similar àquele utilizado. “Pois nisto está a palavra secreta e não no Inglês”. Compare CCXXIII:47.73. O segredo ainda é um segredo para Nós. “E teu comento sobre este O Livro da Lei há de ser impresso belamente em tinta vermelha e negra sobre o belo papel feito a mão” i.e. explicando o texto “para que não haja tolice” como é dito acima, CCXXI: 36.
“E a cada homem e mulher que tu encontras, seja para cear ou beber com eles, esta é a lei a dar. Então, nesta felicidade ou não; não tem importância. Faze isto rápido!” Disto fica evidente que um volume deve ser preparado como denotado – a Parte IV do Livro 4 foi intencional para realizar este propósito – e que este livro deve ser distribuído amplamente, de fato, para todos com quem venha a ter contato social. Nós não acrescentamos a este presente pregações ou coisa parecida. Eles podem tomá-lo ou deixá-lo.
Rogo-te que perceba o verso 41 deste capítulo:
“Estabelece na tua Kaaba um escritório; tudo deve ser bem feito e com jeito de negócio.”
Esta é, de fato, uma instrução muito clara. Há de ser uma organização empresarial centralizada na Kaaba – qual, Nós achamos, não significa a Boleskine, mas qualquer sede conveniente.
Rogo-te que perceba no verso 42 deste capítulo a injução: “Sucesso é tua prova: não argumente; não converta; não fales muito.” Esta não é nenhuma barreira para uma explicação da Lei. Nós podemos ajudar os homens a tirar suas próprias travas; mas aqueles que preferem a escravidão devem ser deixados a sê-los. “Os escravos servirão.” A excelência da Lei deve ser mostrada pelos resultados sobre aqueles que a aceitam. Quando os homens nos vêem como eremitas de Hadit descritos no CCXXII:24, eles concluirão por seguir nossa alegria.
Rogo-te que perceba a completa implicação do capítulo pelo qual cedo ou tarde quebramos o poder dos escravos dos deuses-escravos pela luta real. Basicamente, a liberdade deve contar com a espada. É impossivel tratar nesta epístola dos vastos problemas envolvidos nesta questão; e eles devem ser decididos de acordo com a Lei por aqueles com autoridade na Ordem, quando o tempo chegar. Tu irás notar que Nós te escrevemos mais como um membro da O.T.O. que em tua capacidade como a A A, pois a organização primeiramente mencionada é coordenada e viável, e ocupa-se com coisas materiais. Mas lembre isto claramente, que a Lei vem da A A, não da O.T.O. Esta Ordem é apenas a primeira dos grandes corpos religiosos a aceitar esta lei oficialmente, e todo o seu ritual foi revisto e reconstituído de acordo comesta decisão. Agora então, deixando O Livro da Lei, rogo-te que perceba as seguintes sugestões adicionais para estender o Domínio da Lei de Thelema pelo mundo todo.
1. Todos aqueles que aceitaram a Lei deveriam proclamar o mesmo no trato diário. “Faze o que tu queres há o ser o todo da Lei” deve ser a forma invariável de saudação. Estas palavras, especialmente, no caso de estranhos, devem ser pronunciadas em voz clara, firme e articulada, com os olhos francamente fixos no portador. Se o outro for dos nossos, deixe-o replicar “Amor é a lei , amor sob vontade” A útima sentença também deve ser usada como a saudação de despedida. Ao escrever, sempre que a saudação seja usual, deveria ser como acima: aberta “Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei” e fechada “Amor é a lei, amor sob vontade” .
2. Reuniões sociais deveriam ser ralizadas tão frequentemente quanto for conveniente, e lá a lei deverá ser lida e explicada.
3. Os tratos especiais escritos por Nós, ou autorizados por Nós, deverão ser distribuidos a todas as pessoas com quem aqueles que tem aceito a Lei possa estar em contato.
4. No decorrer do estabelecimento de outras Universidades e Escolas de Thelema, instituições e assinantes e outros deveriam ser providos em Escolas e Universidades existentes, a fim de assegurar o estudo geral de Nossos escritos, e aqueles autorizados por Nós como pertinentes ao Novo Aeon.
5. Todas as crianças e jovens, embora não sejam capazes de entender os céus mais exaltados de nosso horóscopo, sempre podem ser ensinados a dirigir suas vidas de acordo com a Lei. Nenhum esforço deveria ser poupado para trazê-los para esta emancipação. A miséria causada às crianças pela ação da lei dos deuses escravos foi, podemos dizer, o primum mobile de Nossa primeira aspiração para a derrocada da Antiga lei.
6. A todo custo lutaremos constantemente para aumentar o poder e liberdade das sedes da O.T.O., pois deste modo a promulgação da Lei tornar-se-á eficiente. Instruções específicas para a extensão da O.T.O. são fornecidas em outra epístola.
A prática constante dessas recomendações desenvolverá habilidades naqueles ou naquelas que as praticarem, de modo que novas idéias e planos estarão continuamente envolvidos.
Além disso, é legítimo que qualquer um comprometa-se com um Voto Mágico com que ele possa, assim, tornar a Liberdade perfeita, mesmo por vinculação, como é devidamente escrito no Liber III. Amém.
Agora, filho, rogo-te que perceba em que casa Nós escrevemos estas palavras. Pois é uma pequena cabana vermelha e verde, cerca do lado oeste de um grande lago e está escondida no bosque. O homem, portanto, está em disputa com a Madeira e a Água; e, sendo um mago, pensa em tomar uma destas inimigas, a Madeira, a qual é ao mesmo tempo efeito e causa do excesso de água, e compeli-la a lutar por Ele contra a outra. O que Ele faz então? Porque, Ele assume o ferro de Marte, um Machado e uma Serra e uma Cunha e uma Faca e Ele divide com isto a madeira contra si, cortando-se em pedaços de modo que ele não tenha mais qualquer força contra Sua vontade. Bom; então toma Ele o Fogo de nosso Pai o Sol, e o ponha diretamente em ordem de batalha contra aquela Água junto a Seu exército de Madeira, que ele tinha conquistado e treinado, estabelecendo-o numa falange como a um Cone, que é a mais nobre de todas as figuras sólidas, sendo a Imagem do próprio Falo Sagrado, e combinado nele o Ângulo reto e o Círculo. Assim, filho, Ele procede, e o Fogo inflama a Madeira, e o calor gerado dirige a Água para muito longe. Contudo, esta Água é uma adversária sagaz, e Ele Madeira fortalecida contra o Fogo por impregná-lo com muito de sua própria substância, como fosse por espiões na cidadela de qualquer aliado que não é completamente confiável. Agora, então, portanto, o que deve o Mago fazer? Ele deve primeiro expelir completamente a Água da Madeira por uma invocação do Sol nosso Pai. Isto é, sem a inspiração do Mais Alto e Sagrado mesmo Nós não poderíamos fazer nada. Então, filho, comece o Mago a colocar seu Fogo na pequena Madeira seca, e aquilo incendeia a Madeira de tamanho médio, e quando aquela arder vividamente, ao fim, as maiores toras, apesar de serem completamente verdes, serão, não obstante, incendiadas. Agora, filho, atenda nisto Nossa censura, e preste o ouvido de teu entendimento à parábola desta Magick.
Nós temos para o completo início de Nosso trabalho, graças esteja eternamente a Seu Sagrado Nome, o Fogo de Nosso Pai o Sol. A inspiração é nossa, e nossa é a Lei de Thelema, que irá colocar a palavra em chamas. E Nós temos muitos pequenos galhos secos, que ardem e queimam rapidamente, deixando a madeira mais larga apagada. E as grandes toras, as massas de humanidade, estão sempre conosco. Mas nossa necessidade cortante é daqueles feixes médios que, por um lado são facilmente inflamados pela Madeira, e, por outro, resistem até as grandes as toras arderem.
(Vêde quão triste uma coisa é, disse o Simeo de Thoth, para alguém ser tão sagrado que não pode rachar uma árvore e cozer sua comida sem preparar sobre isto uma longa e tediosa Moralidade!)
Permita que esta epístola seja copiada e difundida dentre todos os que tenham aceito a Lei de Thelema.
Recebe agora Nossa benção paternal: que a Benção do Pai sêde sobre ti.
Amor é a lei, amor sob vontade.
THERION 9º = 2 A .·. A .·.
A. · . A. · . Publicação em Classe E.
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