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Por Michael Osiris Snuffin (2002). Tradução Icaro Aron Soares
Qualquer um que estude seriamente as obras e a magia de Aleister Crowley eventualmente chega a um ponto em que precisa separar o gênio mágico do homem frequentemente perverso. Não é segredo que o arauto e profeta do Novo Aeon também era um bastardo misógino que se voltou contra a maioria de seus amigos, se sufocou em vícios de drogas e fodeu quase tudo que se movia.
No entanto, em minhas contemplações sobre a vida de Crowley, considerei que pode ter havido um propósito maior para seu comportamento negativo. O motivo? Para garantir que ele sempre seria lembrado como um ser humano real e para garantir que ninguém confundisse a mensagem com o homem.
Para fins de comparação e contraste, vamos olhar para a vida do profeta Jesus. Agora, alguns de vocês podem se opor à própria ideia de comparar Crowley com Cristo; eu faço isso apenas porque o próprio Crowley acreditava que ele era o mais recente na linha de grandes profetas e agiu de acordo. Evidências disso podem ser encontradas em muitas de suas obras, especialmente O Coração do Mestre.
Em todo caso, o relato da vida de Cristo no Novo Testamento é uma completa lavagem cerebral, com centenas de anos de política religiosa duvidosa obliterando completamente qualquer coisa negativa que pudesse ter sido escrita sobre ele. O resultado? Jesus é uma figura mitológica e não um ser humano real. Sua mensagem foi distorcida e o profeta é adorado como um deus. O mesmo pode ser dito de muitos dos grandes profetas.
Em comparação, Crowley viveu sua vida de tal maneira que nunca haverá confusão entre a mensagem e o homem. Resta saber se a mensagem do Mestre Therion se firma e Thelema se torna a religião do Novo Aeon, mas aconteça o que acontecer nos próximos 2000 anos, podemos ter certeza de que nunca adoraremos estátuas de Aleister Crowley.
Copyright © 2010 Michael Osiris Snuffin.
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