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Fama Fraternitatis
O Fama Fraternitatis, promulgado em 1614 fala de uma fraternidade secreta fundada dois séculos antes e convidava “todos os intelectuais e governantes da Europa” a favorecer abertamente sua causa, e eventualmente candidatar-se a entrar na fraternidade na qual, no entanto, somente almas escolhidas seriam admitidas.
O “Fama” consiste de três seções. A primeira delas examina de modo crítico e, em parte, satírico as condições sociais e espirituais da época. Ele fornece numerosas sugestões para resolver todos os problemas referentes à religião, à arte e à ciência. O documento afirma que a redenção só pode ocorrer através de uma religião voltada para o coração e o ardor místico. A segunda parte dirige críticas à alquimia, atividade “ateísta e maldita” que procura transformar em ouro os metais não-preciosos. A terceira seção contém a biografia de um personagem mítico chamado Christian Rosenkreutz (que no texto é identificado como apenas C.R.).
Confessio Fraternitatis
O Confessio Fraternitatis Rosae Crucis ou “Profissão de Fé da Fraternidade da Rosa-Cruz”, escrito em Latim em 1615, é uma apelo aos sábios da Cristandade, a fim de que se dêem a conhecer, e se unam numa obra comum, para reformar a Sociedade e estabelecer a Pax Profunda, aquela dos Estados e dos corações. Nele é feita a defesa da Fraternidade contra as vozes que se levantavam da sociedade colocando em causa a autenticidade e os reais motivos da Ordem Rosacruz. O enigma da criação do mundo é discutido no Confessio. Esse manisfesto segue as mesmas linhas gerais do Fama Fraternitatis. O Confessio oferecia alguns detalhes a mais de como se tornar membro da Fraternidade Rosacruciana e condenava aqueles que não aceitavam suas verdades. Nesse documento, o Papa é chamado de serpente e Anticristo. Também aprendemos aqui que a fraternidade usa um código secreto, atribui grande importância à astrologia e rejeita a concepção ptolomaica do Universo – Para a qual a Terra é o centro do sistema solar. É a essa altura que o nome completo de C.R. é revelado.A parte mais interessante do Confessio é a seção que descreve sinais astronômicos (duas novas estrelas) que apareceram no céu no mesmo ano que a tumba de Christian Rosenkreutz foi descoberta. O autor do Confessio interpretou esses sinais como anúncios de uma nova era espiritual.
As Núpcias Alquímicas de Cristian Rosenkreutz
O terceiro documento Rosacruz de 1616 é provavelmente hoje o mais conhecido, foi publicado em Kassel e na cidade francesa de Estrasburgo, era o maior entre todos estes até aqui apresentados, tendo sido escrito em forma de um romance no estilo barroco. “As Bodas Alquímicas de Cristian Rosenkreutz” narrava, de forma alegórica (alquímica) e com múltiplos sentidos, um episódio iniciático na vida do fundador da Fraternidade. Nele, o narrador, supostamente o próprio Christian Rosenkreutz, descreve sua experiência como convidado (não como noivo, como sugere o título) no casamento de um rei e uma rainha que moravam em um castelo maravilhoso. Durante esse episódio, o eremita passou por uma experiência de iluminação mística que durou sete dias, ocorrida quando ele tinha 81 anos de idade, sendo submetido a sucessivas revelações e testes, que vieram a constituir as bases de sua experiência espiritual.
Vale lembrar que, quando do aparecimento público desses três manifestos, sua autoria não era conhecida. Apenas alguns anos depois – como veremos mais à frente – é que apareceria um suposto autor para o terceiro dos manifestos.
Excerto de a Epopéia Rosa-Cruz
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