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A exemplo da Maçonaria, a Ordem DeMolay não é uma Religião e nem professa nenhum Credo Religioso. Irineu S. Wilges em seu Livro “Cultura Religiosa” diz ser a Maçonaria uma “Atitude Filosófica”. Talvez possamos dizer algo semelhante da Ordem DeMolay. Em seu próprio exemplo a Maçonaria Universal, ao escrever os Rituais da Ordem DeMolay em 1919, colocou, entre as tradicionais “7 Virtudes Cardeais” da Ordem, a Virtude da “Reverência pelas Coisas Sagradas”, sendo a Segunda Virtude. Aos Jovens DeMolays é ensinado o respeito a todos os Credos e objetos Sagrados de todas as Religiões, considerando que todas professam determinadas Verdades Eternas, que devem merecer nossa atenção.
Nas Cerimônias de Iniciação e outras, os Jovens DeMolays prestam o seu Juramento sobre o Livro Sagrado da Religião, onde cada um julgue existir as Verdades pregadas pelos Profetas de sua Fé. Assim, o Juramento deve ser prestado sobre o Livro Sagrado da Crença do Iniciado. No Brasil, por sermos um País Cristão de maioria Católica é utilizada a Bíblia Sagrada em todos os Capítulos, inclusive sendo proibida qualquer Reunião DeMolay que não tenha a Bíblia com as suas páginas abertas. Diz a Ordem DeMolay: “… amigo, em nosso Capítulo, não ensinamos nenhum Credo. Vossas opiniões religiosas são sagradas e a vós pertencem, porém encarecidamente, vos pedimos não esquecer a Santidade da Fé, a Beleza da Humilde confiança na Bondade de Deus. Procuremos ser Filhos fiéis do “PAI UNIVERSAL”. O Mundo respeita mais a Vontade do Jovem que tem profundas convicções religiosas, e que tem a coragem de viver de acordo com as normas de moral, baseadas na certeza de que todas as Bênçãos deste Mundo provém de Deus…”.
Não sendo a Ordem DeMolay uma Religião ou Seita Religiosa, podemos certamente dizer que ela é uma Escola Filosófica e Iniciática para os Jovens, baseadas na Moral Maçônica, em uma Doutrina de Universalidade, União e Fraternidade. Com propriedade, a Maçonaria retirou as Virtudes e preceitos das antigas Ordens de Cavalaria, transmutando-os em um Código de ensinamento para o aperfeiçoamento dos Jovens DeMolays, e engrandecimento da Humanidade. A Ordem DeMolay abomina a ateísmo, proveniente da descrença e ignorância, bem como qualquer deturpação religiosa que venha a degradar espiritualmente o Ser Humano e/ou torná-lo escravo em seu próprio Mundo, através do Fanatismo.
Um Jovem que desejar ingresso na Ordem DeMolay não poderá ser Ateu, antes de tudo deverá Crer na existência de um Ser Supremo. Comumente os Jovens DeMolays referem-se a Deus como “PAI CELESTIAL”, sendo este um costume tão antigo quanto a origem da Ordem, mantido em todos os Capítulos do Mundo, e de profundo significado Iniciático. “Lembremo-nos das deformações dos antiqüíssimos conceitos religiosos – escreve Max Muller – e nos defrontaremos com constatações surpreendentes. O Deus Supremo recebeu o mesmo nome, quer na Mitologia Indiana, quer na Helênica, Itálica, e Germânica: foi Dyaus em Sânscrito, Zeus em grego, Júpiter em Latim, Tiu (Wotan?) em germânico. Milhares de anos antes do tempo dos Vedas e de Homero, os progenitores de toda a raça Ariana adoravam um Ser Indivisível, com um mesmo nome: O da Luz e do Céu… A palavra Dyaus não indicava simplesmente o Céu personificado; nos Vedas encontramos “Dyaus Pater”, em grego “Zeus Pater”, em latim “Júpitar”(depois Júpiter) todas expressões que derivam daquele usada antes das três línguas – como anota Churchward – fossem separadas, quando estas palavras significavam “PAI CELESTIAL”, ou “PAI DO CÉU”, denominação hoje usada pela Ordem DeMolay quando se refere a Deus – O Criador e Arquiteto do Universo.
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