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Mais uma vez nos deparamos com denúncias envolvendo padres supostamente envolvidos com pedofilia. O nome de Júlio Lancelotti pode ser encontrado dia sim outro também em jornais, revistas, internet, no rádio, na TV; ora sendo acusado ora sendo defendido.
Mais uma vez as pessoas se perguntam o por quê; homens que vivem a falar e pregar a palavra de Deus são capazes de cometer tais atrocidades ? E qual a razão da igreja católica simplesmente não puní-los; dificultar investigações e dar abrigo em Roma a cada um dos acusados ao invés de simplesmente entregá-los a polícia ?
Dentre os padres que não respeitam o celibato (entre 40% e 65%), uma ínfima parte é praticante de pedofilia no termo mais comum associado a estes casos; o que sempre mostrou que a batina jamais foi um problema pois a maioria opta pelo heterossexualismo. Opta ? Então vamos ver:
Em abril de 2002, em Ohio, Estados Unidos, um padre foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro do próprio carro. Don Rooney então com 48 anos, cometeu suicídio e deixou um bilhete que teve seu conteúdo não revelado para o público.
Meses antes de sua morte, Rooney vinha sendo investigado por acusações de supostas vítimas, entre elas, um menino de 13 anos chamado Richard Carson, coroinha na paróquia onde atendia o padre Rooney. Ninguém jamais se deu ao trabalho de perguntar a razão pela qual em um dos depoimentos, Carson teria feito menção a uma estranha prática do padre Rooney:
“Ele pedia para que eu me despisse depois de me dar vinho. Quando eu ficava zonzo ele começava a me molestar. Então trazia um cálice com mais vinho e que continha um cheiro muito forte de ervas; então ele me masturbava até que eu ejaculasse dentro daquele líquido. Uma vez ele me esbofeteou porquê eu não tinha esperma o suficiente. Quando questionado sobre o que ocorria depois, Carson diz não se lembrar de nada, exceto de que isso ocorria sempre após as missas noturnas dominicais”.
Não se sabe por qual razão, os depoimentos da mãe e do padrasto de Richard Carson não foram levados em consideração; quando Rooney recebeu uma intimação judicial para se apresentar no tribunal dia 11 de Maio de 2002. Aos próximos, Rooney parecia deprimido e apavorado, mas não em relação as acusações e suspeitas de que era alvo e sim, pela proibição do prelado regional de que nunca mais voltasse a realizar missas negras na paróquia. Esse parecia ser o conteúdo do bilhete que jamais foi revelado para o público. O caso como sempre acontece, foi tratado como lenda e que na verdade, os crimes dos padres tinham e têm a ver unicamente com o celibato.
Chegamos então, ao ponto crucial da história que parece ter sido enterrado pelo tempo e pela descrença; como pura fantasia ou mera objeção de demonólogos nos processos de perseguição ao catolicismo. Em 1580, o respeitabilíssimo Jean Bodin publica um grosso volume intitulado Demonomania dos Feiticeiros. O livro é uma magistral coletânea de material retido pela Igreja Católica durante os tribunais da Inquisição. Nele Jean Bodin, como católico, não apenas desmascara o sacerdócio; padres, bispos, madres superiores e freiras em suas mais variadas práticas de feitiçaria no interior da igreja, como também derruba a tese falsa de que Roma foi a maior inimiga da bruxaria.
Bodin nos deixa claro que a prática da Missa Negra pelo catolicismo é muito mais comum do que podemos imaginar, e que para a igreja, os abusos não existem já que não há a prática sexual em si. Os rituais são “necessários” na liturgia da igreja e por isso não há expulsão nem condenação prevista. Os padres aprendem a realizar a missa negra antes mesmo dos votos de obediência, pobreza e castidade.
É um fato real que na ampla maioria dos casos não há realmente relações sexuais na prática; mas tão somente a manipulação dos órgãos genitais: seja para a obtenção de esperma e outras secreções ou o uso do corpo da criança como altar, semelhante ao que ocorre nas Missas Negras convencionais praticadas por satanistas tradicionalistas, em que uma virgem ou um menino na puberdade é utilizado.
Em Dogma e Ritual de Alta Magia, Eliphas Lévi faz uma menção do livro em que detalha um horrendo ritual chamado Oráculo Sangrento; em que um menino é degolado sob um altar católico enquanto se preparava para a primeira comunhão; praticado por um bispo francês sob encomenda do Rei Carlos IX e Catarina de Médici. Embora naquela época o uso de secreções corporais como suor, urina, sangue e principalmente esperma e secreções vaginais já fossem de uso corrente, do século VII para cá, os rituais foram ficando cada vez menos violentos, onde a magia sexual substituiu gradativamente os sacrifícios sangrentos. Qualquer domonologista moderno sabe que atualmente, via regra litúrgica do cripto-catolicismo, a violação de um corpo puro, virgem, é tão agradável aos demônios quanto um sacrifício sangrento.
A igreja obviamente não foi a criadora dos rituais e sim os roubou de livros e grimórios confiscados durante a inquisição, principalmente dos magos de origem semita e babilônica onde rituais utilizando crianças como oráculos são encontrados aos montes, especialmente para necromancia. Para aqueles que questionam os rombos financeiros que a igreja tem de arcar por causa dos processos por pedofilia contra ela, o Arcebispo Emmanuel Milingo, exorcista e autor do best seller “Cara a Cara com o Diabo” afirma:
“A terceira dimensão do mal na Igreja é a adoração a Satanás e as Missas Negras que profanam nossa santidade. Desde que a igreja passou a flertar com a Maçonaria, parece que estamos a trilhar um caminho sem volta. Para cada dólar perdido em processos, a igreja ganha três em lucrativos acordos espirituais com grandes industriais, empresários e políticos maçons.”
Os acordos espirituais a que Milingo se refere são Missas Negras encomendadas e realizadas numa mistura com rituais tão antigos quanto secretos de lojas maçônicas tradicionais. Claramente nem todos os padres trabalham para estes meios e fins, a maioria pratica Missas Negras em proveito próprio, o elixir dos elixires sexuais como dizia o marquês de Sade; dezenas de exemplos podem ser encontrados em obras como “O Livro Negro dos Demônios”, Dicionário Diabólico” e “Demonomoania dos Feiticeiros”.
Lamentavelmente não há uma tradução decente para o português desta magnífica obra; essencial para quem quer e precisa se aprofundar nos estudos ocultos. Quanto as denúncias, a igreja mostra que não tem sido o suficientemente hábil em manter a excitação e o silêncio de seus homens. Conventos e mosteiros são antros de feitiçaria, capazes de fazer inveja aos mais sábios dos iniciados. Mas sua saúde financeira também comprova que a suposta união com a maçonaria denunciada pelo arcebispo Milingo, têm sido altamente saudável a seus cofres.
É por razões como essas e outras, que um dos comportamentos mais tolos daqueles que seguem o caminho da mão esquerda, é atacar gratuitamente o Catolicismo, como já apregoava Aleister Crowley. Podemos e devemos questioná-los, aproveitarmos seus segredos e aquilo que realmente nos diz respeito e nos interessa, e deixar que os membros das religiões ditas divinas acusem-se e matem-se uns aos outros.. Atirar para todos os lados neste caso, simplesmente seguindo o que a TV e os concorrentes de fé falam seria matar a nossa própria galinha dos ovos de ouro, ou pior ainda, é imolar o nosso cordeiro de ouro.
Paulie Hollefeld
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Uma resposta em “Aspectos Ocultos da Pedofilia no Catolicismo Romano”
Parece barra pesada esse tal Paulie Hollefeld