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Satanistas realizam sacrifícios? – O Breve Colóquio Satânico

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O Brasil possui uma lei bastante tolerante para com o assassinato. Entretando, mesmo que a soma de crimes cometidos acumule duzentos anos na prisão, a lei estabelece como pena máxima apenas três décadas de cárcere, das quais a maioria dos condenados cumpre em média somente seis anos graças aos diversos benefícios concedidos. Isso sem contar a impunidade nos altos escalões e o perdão judicial para quando segundo o Código Penal Art. 121 § 5o ” as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.” Certamente a própria justiça é leve em casos de sacrifícios, sejam eles rituais ou não.

Contrastando com esta realidade lamentável, os Satanistas consideram a vida na Terra como uma das coisas mais sagradas e assim advogamos o retorno da Lei de Talião, que consiste na justa reciprocidade do crime e da pena: olho por olho, dente por dente.

O Satanismo é a religião da vitalidade e assim como gostaria que o Estado aplicasse os princípios básicos de justiça, também ele como indivíduo jamais atentará contra a vida dos outros. Em hipótese nenhuma um verdadeiro Satanista matará qualquer outro ser vivo ao menos que isso ocorra em legítima defesa ou para saciar a fome. A morte só é vista como lícita quando serve ao propósito maior de defender a vida.

Isso se torna ainda mais certo em relação aos bebês. Ao contrário do que reza a lenda não jorramos o sangue de recém nascidos nos nossos altares, pois como LaVey muito bem colocou em sua Bíblia Satânica “A forma mais pura da existência carnal repousa nos corpos de animais e crianças que não cresceram o suficiente para condenar seus desejos naturais. Eles podem perceber coisas que o homem de idade adulta nunca poderá perceber. Por essa razão, o Satanista mantém esses seres em consideração sagrada, sabendo que ele pode aprender muito através desses magos naturais do mundo.”

Não temos duvidas de que um bebê está mais seguro nos braços de um Satanista do que no colo de um padre. Diferentemente, portanto de antigas culturas que sacrificavam animais e outros seres humanos para aplacar a fúria dos deuses, há dentro da filosofia satânica o conceito de que não há deus nenhum que mereça uma gota sequer de sangue terreno. Não há deuses a serem acalmados a não ser o nosso próprio Ego, por isso todos os dias realizamos pequenos sacrifícios de diversos tipos a fim de atingirmos fins mais elevados de indulgência.

Mesmo quando usamos um ritual satânico de destruição em nossa defesa contra alguém que tenha injustamente nos causado problemas e sofrimentos não temos nenhuma necessidade de se sacrificar diretamente o alvo de nosso ódio. Simbolicamente a vitima e destruída dentro de um contexto ritual e este feitiço ou praga, em retorno, leva a destruição física, mental ou emocional do sacrificado, que na atual sociedade não pode ser legalmente atribuída ao Satanista.

É claro que paralelamente existem pessoas que usam o Satanismo como escape para seus crimes. Pessoas como estas acreditam que portar um pentagrama e se vestir de preto é mais importantes do que aprender a pensar por si próprio e encarar os problemas da vida. Para estes seres sub-humanos existem aqueles seis anos de prisão.

A lei é fraca, mas é a lei.

Morbitvs Vividvs


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