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A crença predominante é que a Quimbanda, uma expressão religiosa, está envolvida pela maldade, uma percepção geralmente sustentada por pessoas cujo verdadeiro altar é construído sobre um ego vaidoso e delimitado. Frequentemente, há uma confusão entre os praticantes de Quimbanda e indivíduos considerados retrógrados. Da mesma forma, espíritos que integram as Legiões de Sua Eminência Maioral são vistos como desprezíveis e repugnantes, seres acorrentados aos desejos mundanos, aos vícios e à vingança.
Essa visão distorcida desempenhou seu papel repulsivo enquanto foi necessária; contudo, na contemporaneidade, apenas aqueles que lucram com esse estereótipo perpetuam tal visão. Resta a questão: quem lucra com uma Quimbanda enlameada? Quem se beneficia dos conceitos infundados de mal, trevas e destruição? Quem ganha com a marginalização da Quimbanda?
As respostas foram nos fornecidas através de nosso contato com o Exu do Lodo, ao qual dedicamos os últimos três dias. As palavras foram cuidadosamente escolhidas para facilitar a compreensão de todos. Saravá Exu do Lodo! Salve Vossa Sabedoria!
“Desgraça…Ô desgraça! Tanto se fala de maldade e magia negra, mas o que vocês entendem disso? O mal é tão relativo quanto o bem, não existe maldade suprema, afinal sempre alguém lucra com isso! Se lucra não é mais maldade e sim bondade! Não confundam maldade com perversão! Maldade é o ato de alcançar os desejos mesmo que esses tenham que prejudicar alguém, já a perversão é o ato de saciar-se aplicando a maldade nas pessoas!
Magia Negra é toda coisa que se faz através dos espíritos ou forças não vivas que interferem na vida de alguém. Onde se faz mais Magia Negra? Na Igreja! Quem lucra com nossas figuras? A Igreja! Quem quer essa casa (referindo-se ao Templo) sempre mal vista? A Igreja! Quem quer Exu Satanás? A Igreja! Vocês são burros? Quem lucra mais com Exu do que Padre? Ninguém…
Vai, continua alimentando os Padres…Pinta suas paredes de preto e deixa o cheiro da carniça chegar na rua para aterrorizar as pessoas!
