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O que é realmente pecado? – Pequeno Tratado Satânico do Pecado

Leia em 3 minutos.

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Anton Lavey diz que “Satan representa todos os chamados pecados, pois eles dão gratificação física, mental e espiritual”. É importante analisar a idéia de pecado. Segundo a maioria dos dicionários, pecado vem do latim peccatum, significando a transgressão a um preceito ou dogma religioso. Misticamente, pecado tem o sentido de errar o alvo.  Que alvo é esse?

No satanismo este alvo é a realização do homem em todos os sentidos, não apenas no religioso, mas também no mundano. A chave para saber se algo é pecado ou não está na producência. Explico melhor: se algo é producente para o ser humano, por que descartá-lo? Se algo é estúpido ou contraproducente, por que não descartá-lo? Pecado, na verdade, é tudo que atenta contra a pessoa em si. Esta noção de pecado é importante, porque o que pode ser considerado pecado para mim, para o caro leitor pode não ser. A minha via é única, assim como a sua também é. Ambas não se cruzam.

Os pecados do Cristianismo, que tornam a pessoa digna do Inferno, na realidade foram criados com o único escopo de manipular, dominar e enfraquecer o ser humano, pois nem a própria Igreja Católica evitou de cometê-los nestes dois mil anos. Aliás, é impossível evitá-los, porque esta organização religiosa, falou em “pensamentos” também, ou seja, pelo simples ato de pensar você já os comete. Daí ser eternamente necessária a assistência de um padre, que vai sempre lhe indicar o caminho a seguir, sem que você possa definir a sua vida por si próprio.

Citando exemplos, a Igreja perseguiu os seus adversários durante todo este tempo (sucessão papal via assassinato do anterior, Santa Inquisição, Cruzadas, Código Canônico baseado em tortura e assassinato, a lista é longa…), cometendo coletivamente o pecado do ódio; a alta pompa da Igreja expressa o pecado do orgulho, da ostentação; o sexo praticado às escondidas em diversos conventos e confrarias expressa a luxúria; e assim por diante. Nada mais que dois pesos e duas medidas.

É de Nietzsche: “Enquanto o sacerdote, aquele negador, caluniador e envenenador profissional da vida, for aceito como uma variedade superior do homem, não poderá haver resposta à pergunta: O que é a verdade? A verdade já se encontra em sua cabeça quando o indiscutível agente da inanidade é considerado seu representante.”

Ouvi contar esta piada…

Satan andava meio cabisbaixo ultimamente. São Pedro, notando que algo estava diferente, o interpelou:

– Gostaria de saber por que você anda tão triste. O Inferno está lotado de almas, o mundo anda cheio de guerras e crimes, o que é realmente que lhe está aborrecendo?

– É que ando meio desocupado ultimamente. Agora quase não faço nada.

– Mas por quê? – perguntou o santo.

– É que os padres e pastores estão fazendo todo o meu serviço!

É o momento de questionar: Se um bandido asqueroso, com uma vida repugnante de crimes, arrepende-se no último momento, pelos padrões cristãos irá para o Paraíso. Se uma criança de nove anos comete um único pecado mortal e, em seguida, vem a falecer sem se arrepender, irá para o Inferno. Está certo este critério?

Mais uma piada…

Um sujeito extremamente avarento, que nunca fez nada por ninguém, vem a morrer e vai parar na porta de São Pedro. O santo consulta o livro da vida do sujeito e vai falar com o próprio Jesus:

– Olha, esse sujeito nunca fez nada por ninguém, mas consta aqui que há 50 anos atrás ele deu uma moeda de cinqüenta centavos para um mendigo. O que eu faço?

–  Jesus refletiu durante alguns minutos:

–   Olha, devolve a ele a droga da moeda e manda para os quintos dos infernos!

Isto se chama vingança.

Os pecados cristãos tinham o escopo de privilegiar a classe religiosa e feudal, em detrimento da população. Os sete pecados são ganância, orgulho, inveja, ódio, gula, luxúria e preguiça.

 

Pequeno Tratado Satânico do Pecado


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