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Participantes incluem: o sacerdote, o iniciando, quaisquer assistentes que possam ser requisitados pelo sacerdote e outras testemunhas selecionadas presentes por convite do iniciando, mas cuja presença não é um pré-requisito para a realização desta cerimônia.
São usados os instrumentos padrão da ritualística satânica listados na Bíblia Satânica, mais um recipiente com terra e outro com água do mar, um braseiro, carvão e incenso. Os participantes vestem-se da maneira habitual, i.e. robes cerimoniais negros com capuzes pontudos cobrindo todo o rosto (exceto no caso do sacerdote) e amuletos com o Sigilo de Baphomet. A cerimônia começa com o iniciando descalço, com um robe branco, sem roupa de baixo. Um robe negro e um amuleto de Baphomet serão necessários para o iniciando no decorrer da cerimônia e portanto devem ser colocados à mão.
Antes de adentrar a câmara formalmente, os participantes põem as vestimentas e arranjam os artefatos convenientemente (mas sem corretismo mágico): o braseiro, a cadeira do iniciando e os recipientes contendo terra e água do mar são colocados próximos do altar. São acendidas as velas do altar e a vela que será usada pelo sacerdote durante a cerimônia (Chama Negra). O carvão também é aceso e são feitas todas as outras preparações. Música apropriada então começa.
Ao entrar na câmara o sacerdote posta-se perante o altar. O iniciando e os outros participantes permanecem lado a lado, com os assistentes do sacerdote posicionados como seus papéis exigirem. As solenidades preliminares do ritual são realizadas na ordem habitual. O iniciando é então chamado à frente e ajoelha-se diante do sacerdote, que lê em voz alta a Primeira Chave Enoquiana (da Bíblia Satânica) e prossegue dirigindo-se ao iniciando.
SACERDOTE:
Na majestosa luz da sabedoria imaculada, desperte e adentre a madeira arcádia onde toda tua falsidade restante será como casca morta, cortada de teu tronco; onde tuas fúteis hipocrisias, conscientes ou não, não mais envolverão tua mente e corpo.
Se desfaz de teu robe branco de mentiras e confronta teu Príncipe, que se revela como tu logo que nasceu, despido e desavergonhado. Tu pode respirar novamente o primeiro ar agora enquanto os ventos da noite sopram dos distantes domínios de Belial.
(O iniciando levanta-se, despe-se e senta-se na cadeira que deve ter um suporte para os pés. O celebrante[sacerdote] passa a chama da vela quatro vezes abaixo da sola dos pés do iniciando. Enquanto faz isso, ele fala:)
SACERDOTE:
Através disto, a Chama Negra de Satã, tu caminhaste no Inferno. Teus sentidos estão despertos para o prazer do renascimento. Os Portões estão largamente abertos e tua passagem é proclamada pelos uivos imortais das bestas guardiãs Dele. Sua marca cauterizante para sempre glorificará tua consciência: seu propósito ardente o fará livre.
(O sacerdote gesticula com as mãos em reconhecimento do Ar da Iluminação enquanto joga incenso no braseiro. Ele recita:)
SACERDOTE:
Nós trazemos de Teu Jardim, Óh Poderoso Lúcifer, as fragrâncias que lá abundam. Vapores que por milênios Tu compartilhou com Teus escolhidos são agora reacendidos para preencher esta câmara com Tua presença. Em Teu nome nós batemos o sino e assim invocamos as vozes que sussurram maravilhas de todas as regiões de Teu Império.
Respire de Seu hálito, Óh irmão da noite, e alimenta tua mente desperta.
Do desespero e agonia de teu caminho anterior, teu novo caminho abre-se esta noite em todo o brilho da chama de Lúcifer. Os ventos Dele agora guiam teus passos ao poder supremo que o conhecimento traz. O sangue daqueles que falham brilha eternamente nas mandíbulas da Morte, e os cães da noite perseguem suas miseráveis presas cruelmente.
Aqueles que caminham entre nós carregando engano, eles certamente perecerão em cegueira. Vira tuas costas aos baixos e despreza-os; segue a Chama Negra em direção à infindável beleza de mente e corpo.
(O sacerdote retira um pouco de terra do recipiente e, enquanto passa a terra na sola dos pés e palmas do iniciando, ele fala:)
SACERDOTE:
Agora, como antes, quando a Mãe de todos nós estofou caminhos com a pura terra pagã de eras, Ela se oferece novamente. Enquanto teu verdadeiro papel de filho da Terra surge e impregna teu ser, teus pés agora e para sempre retornam ao peito Dela. Deleite-se no trêmulo brilho da lareira de teu coração, e faça teu pacto de devoção com todos os filhos Dela cujas patas trilharam e aprenderam o caminho de Belial. Busca e sê feliz, pois o infinito só fala àqueles de auto-realização que conhecem, ouvem e seguem a Lei.
(O sacerdote esfrega a água do mar no iniciando e fala:)
SACERDOTE:
Do vazio de áridos desertos e alvos ossos tu chegaste até nós. Com sedentos e inchados lábios, com ouvidos ansiando por palavras verdadeiras, tua busca te levou às ocultas e nebulosas cavernas subterrâneas de Leviatã.
É deste mar que toda vida origina-se. Em teu interior ainda fluem salgadas águas, mantendo teu parentesco com os habitantes das profundezas, inomináveis criaturas de Dagon que, nascidas em marés eternas, te sustentarão assim como sustentaram seus irmãos que habitaram a terra em eons passados. Regozija em tua herança.
Levante-se agora, e cubra-se com o manto da escuridão, onde habitam todos os segredos.
(O iniciando levanta-se e veste o robe negro. O sacerdote coloca o amuleto no pescoço do iniciando enquanto diz:)
SACERDOTE:
Eu entrego a ti o amuleto de Baphomet, e assim selo teu eterno compromisso com Satã, escolhido Senhor de teu domínio, e tua eterna lealdade às maravilhas de Sua criação.
Levanta tua mão direita com o Sinal dos Chifres e acolhe teu juramento:
Tu, que renegou a estupidez divina, proclama a majestade de teu próprio ser entre as maravilhas do Universo. Tu rejeitou o esquecimento do eu, e aceitou o prazer e a dor da existência única. Tu retornou da morte à vida, e declarou tua aliança a Lúcifer, Senhor da Luz, que é glorificado como Satã. Tu recebeu o Sigilo de Baphomet e abraçou a chama negra da iluminação. Tu assumiu este compromisso infernal por tua própria vontade; este ato sendo feito sem coerção como teu próprio desejo de acordo com tua vontade.
(O sacerdote traça com a ponta de sua espada no ar um pentagrama invertido em volta do amuleto do iniciando. Depois disso os dois fazem o Sinal dos Chifres em direção ao altar.)
SACERDOTE:
Hail, Satan!
Iniciado:
Hail, Satan!
(O sacerdote bate o sino, apaga a chama negra e diz:)
SACERDOTE:
Está feito.
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