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No sistema Septenario, o Abismo fica entre as esferas do Sol e Marte – ele é a região onde o ‘acausal’ e o ‘causal’ se encontram. O sistema Septenario – as sete esferas e os caminhos ligando elas – é considerado como um mapa de nossa própria consciência. Nossa consciência, por sua natureza, é causal e acausal – isto é, racional e ‘irracional’, onde esse ‘irracional’ inclui o inconsciente. Em um sentido, o causal é linear, progressivo, evolucionário, e o acausal é unificado, ‘wholistico’. Ao acausal pertence ‘magicka’ – e o ‘Oculto’ em geral; ao causal ciência e lógica. O Abismo pode ser visto essencialmente além dos opostos de causal e acausal – a unidade além de ambos. Para fazer parte de nosso assado, presente, futuro – e os demônios/deuses dentro de nós e exterior a nós. Ele é o lugar onde nossa auto-imagem – criada por nossas experiências de vida – é quebrada, e onde nós descobrimos como nós, e todos os outros, se enquadramos no esquema do cosmos. O Abismo, destruindo nossa imagem de nós mesmos, nos destrói – ou leva-nos além de nosso self, para o real inicio de sabedoria.
O Ritual de Grau (o qual produz, em termos magickos, o Mestre do Templo/Senhora da Terra) é simples em forma, mas difícil de praticar. Como todos os Rituais de Grau, ele demanda auto-honestidade. O ritual pode ser tentado por aqueles que sucessivamente completaram o ritual de Adepto Interno e sentem-se prontos para o próximo estagio.
Nesse aspecto, o ritual envolve o candidato caminhando (sem ajuda de outros ou qualquer forma de transporte) – e carregando tudo que é necessário em termos de comida, água, e abrigo – uma distancia de 128 km (homens) ou 90 km (mulheres). O candidato – que deve também carregar um tetraedro de cristal de não que 7.6 cm de altura – durante essa caminhada deve parar por somente uma hora somente uma vez, isto é, durante a noite. O ritual é iniciado ao nascer do sol do primeiro dia e alcança seu clímax no pôr-do-sol do dia seguinte. A caminhada deve ser empreendida tão distante quanto possível de habitação humana, e o candidato deve completar a distancia especificada antes do pôr-do-sol do segundo dia.
No fim da caminhada, o candidato deve – sem comer ou descansar – se banhar em um rio/cachoeira/lago (a caminhada sendo planejada para acabar perto de um desses). Uma posição confortável é então assumida, o tetraedro de cristal segurado nas palmas das mãos, e o candidato visualizando uma escuridão dentro do cristal que se espalha pelo exterior para cercar ele/ela. Essa visualização é acompanhada pelo lento, repetitivo canto da palavra ‘Caos’. Após muitos minutos de esforço, a visualização é terminada, e a mente permitida sentir e tocar o que puder. Nenhuma tentativa deve ser feita para controlar ou direcionar as imagens/sensações/sentimentos que podem ocorrer. Eles devem ser observados, com separação emocional.
O candidato saberá quando o ritual está completo, e deve tão logo quanto possível escrever uma narração dele. É importante que o banho comece tão logo quando a distancia alvo é alcançada – e a visualização deve ser iniciada após o banho. Se essas condições não são observadas – ou se alguma assistência é dada durante a caminhada – então o ritual é em vão.
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