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Sitra Achra

Entrando no caminho sinistro

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Embora não pareça ao fim desse texto, eu o escrevi com o intuito de mostrar a primeira realidade satânica. Escrevi pensando nos novatos e talvez até o fim  me desviei e acabei englobando todas as características de forma objetiva e direta, deixando em algumas partes, talvez uma pergunta pessoal ao leitor. Peço que leiam com calma, algumas coisas podem ser ambíguas e mal interpretadas por cada um.

(…)

O Satanismo está ganhando uma forma na sociedade atual, está mais conhecido; mas isso infelizmente não quebra nem os preconceitos, nem a sua natureza sagaz. Em pró, ganha de certa forma, a credibilidade de muitos que tentam seguir o cominho sinistro. Alguns mais jovens, alguns mais velhos; não importa. Quando estamos de frente a algo novo de nosso interesse, é natural a sede de conhecimento e oportunidades que estão por vir.

Infelizmente, há dois tipos de pessoas nesse caminho: as superficiais e as verdadeiras; qual delas ser, não cabe a você escolher (entenderá isso em breve, espero). As superficiais estão sempre na zona de conforto, basicamente não procura, acha. Enchem-se de perguntas e transbordam a impaciência de qualquer um que esteja no caminho a mais tempo. Não fazem esforço para entender. As verdadeiras são, na maioria das vezes, o contrário disso, mas nem sempre. Eu, pessoalmente, acredito que há pessoas nascidas com mais fluência natural mágicka do que outras, geralmente elas descobrem isso cedo, mesmo tendo entes queridos que seguem o  “certo”.

É natural que nascemos em famílias adeptas de outras religiões,logo, somos criados de acordo com a fé de tal, são nos impostos dogmas e crenças, regras e afins, mas mudar  -ou melhor, desabrochar- é seu dever.

Se está lendo isso é porque, no mínimo, tem algum interesse no Satanismo, seja lá qual for sua visão sobre isso agora; e se pretende seguirem frente, sugiro que antes faça algumas pesquisas básicas sobre nossa religião. Você pode começar lendo sobre as vertentes e suas origens, práticas,o que for melhor para você, não importa. A quebra dos dogmas é a segunda e mais importante parte. Podemos nos sentir receosos ao evocar algum demônio de primeira, ficar martelando que a vida toda lhe disseram coisas como “isso é errado” ou então “não se deve mexer com esse tipo de coisa” e outras coisas do gênero, mas a chave está aí: o que é o certo e o que é o errado? Não existe resposta; assim como não existe “certo” ou “errado” e sim o que nos é saudável.Pode ser muito proveitoso para seu amigo ir à igreja, mas se você não vê nenhum significado ou afeto nisso, de que adianta?

Quando o tempo passa, mais aprendemos e nosso amor pela arte aflora de uma maneira sensacional. Se aflora o amor, aflora o respeito, e nisso entra a questão do Ego Satânico. Devemos tomar conhecimento de que mesmo sendo estudados, velhos e sábios no caminho, não somos nada comparados a Eles. A força Deles é inimaginável; devemos saber tomar nosso lugar perante a isso, saber a hora de nos calar e de falar; saber que certas coisas precisam de tempo e paciência para ser concretizadas e da maneira que convier. Basicamente, vá para a batalha se estiver preparado.

Temos nossas práticas, nossos grupos, nossos colegas, mas oque mais irá importar é a sua relação com seu lado negro, a sua relação quanto ao mundo e as pessoas que lhe cercam, de qualquer maneira; aqui você terá as ferramentas, mas sabê-las usar só cabe a você.

O Ego Satânico é, acima de tudo, o reconhecimento pessoal de si. Conhecer sua personalidade, seus instintos, o que lhe instiga; enfim, são infinitas características peculiares, pois, só assim, saberá o que é verdadeiro e o que não é; e isso no momento, vai ser a sua maior preocupação.

Ingrid Camargo


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