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É interessante notar como o conformismo e pacifismo estagnativo permeia todo o lámen cristão e os fundamentos de tal doutrina sem que a Massa-Crente aperceba-se de tal e o quão prejudicial isto pode ser em suas existências.
Isto é facilmente comprovável quando analisamos o ícone de tal religião e base de 80% da teurgia e bases dos cristianismo:Jesus Cristo.
É importante notificar que o Jesus referido trata-se do Jesus de Nazaré dos protestantes e católicos,por isto toda e qualquer sombra do Cristo dos gnósticos e outras correntes ideológico-religiosas deve ser eliminada para o entendimento adequado do que se desenvolverá nas linhas a seguir.Mais sobre as inúmeras encarnações deste “messias” e sobre o disparate que este é,será discutido em um capítulo posterior.
Um fator que demonstra claramente a indubitável característica resignativa dos cristãos é o facto de seu ícone ter sido um resignado e elemento passivo em grande parte de sua existência.Segundo consta na Bíblia,este recebeu a mensagem do Pai(Jeová)que este viria e já teria sua Morte tracejada e,mesmo este sabendo de tal,não poderia lutar contra ela.Pois bem,um ser que aceita algo como um Destino sólido e inviolável é um fraco e que teme mutar este Destino em algo mais aprazível e favorável à si através da atividade e da peleja.
Este exemplo de fraqueza jamais deveria ser exaltado como o é feito dentro da ideologia cristã.Afinal,qual pessoa em sã consciência receberia um notificação de que morrerá supliciado e hediondamente de forma passiva e alegre,simplesmente pois seu Destino está escrito e outra pessoa o tracejou por ti?O cristianismo pretende formar uma corja de Fracos e por tal deifica esta atitude de Jesus Cristo.Por fim surge-se o questionamento:Donde surgiu este conceito de que a aceitação passiva deveria ser exaltada e que esta atitude de Cristo é louvável?
Quando o Império Romano decidiu tornar o cristianismo sua religião “oficial” e devidamente “legalizada”,o primitivo culto à Cristo e seus ensinamentos foram devidamente Estatizados e moldados da forma mais adequada à Elite reinante.Esta foi uma das contribuições que o paganismo romano deu ao cristianismo,a forma de encarar a religião segundo a antiga ótica de interligação com o Estado.
O Paganismo Romano acreditava na total interdigitação ente o político,religioso e o econômico.Vide o facto de grande parte dos antigos rituais aos Deuses Romanos serem feitos no Forvm,os Imperadores serem tidos como semi-deuses,os sacerdotes e pessoas ligadas ao religioso terem regalias e influência nos assuntos de Estado etc.Por tal,não poderia ser diferente com o Cristianismo que estava a ser adotado.
Para uma elite reinante era importante estabelecer uma religião onde o Povo agisse passivamente perante a ela e no qual esta servisse de ferramenta de lobotomia em massa na gênese de uma legião de resignados e fracos aceitadores de seu “Destino”.É interessante notar que quem transmitia os “desígnios de Deus” para o Povo eram justamente os chefes religiosos(muitos ligados a elite e ao antigo corpo pagão-religioso agora convertido).
Para completar a pantomima muito foi mudado no antigo cristianismo primitivo.
Primeiro,a criação do altar cristão,que nada mais era do que uma réplica das mesas retangulares onde a nobilidade assinava contratos e tratados estatais no Forvm Romano.Assim criava-se um vetor do pensamento de que agora a religião seria institucionalizada e que somente os antigos “letrados patrícios”,que seriam os novos chefes religiosos, presidiriam os contratos feitos entre o Povo e Deus.
No antigo cristianismo primitivo,quando um grupo se reunia para o culto,o sacerdote era sorteado ou seguia-se um padrão de rotatividade escalar pré-definido nas primeiras reuniões do grupo.Isto foi sumariamente substituído por um sistema hierárquico e ordenático como visto no Exército e na Sociedade Hierárquica Romana.Criou-se o cargo de Papa,Cardeal,Arcebispo etc.E,obviamente estes cargos foram ocupados por membros da Elite Dominante como já dito acima.
O novo corpo mantenedor da “fé cristã”,decidiu afirmar que só Deus sabe o Destino do Homem e que os desígnios de Deus são inquestionáveis,misteriosos e devem ser aceitos de corpo-mente-alma.Sendo que os retransmissores da mensagem divina seriam os membros do Clero,que é o único corpo mortal apto a transmitir os desígnios de Deus e quiçá compreendê-lo melhor,desta forma o Povo deveria ser eternamente como Água,passivo e contrito no seu “Destino” que curiosamente condizia com o que o Estado queria.Para dar alicerces sólidos e cimentar de vez o poder da Elite e a fraqueza contemplativa popular,a atitude de Cristo de aceitação de seu Destino Inviolável foi devidamente popularizada e exaltada pelo “novo cristianismo”.
Deu-se criação,a um local físico pré-estabelecido para o culto(antes este era empreendido na casa dos fiéis):A construção igreja.Isto servia para evitar a dispersão dos fiéis e assim a gerência dos mesmos tornava-se muito mais fácil pois criava-se uma ótica de mensagem unifocal e ponto de convergência obrigatório a todos que seguissem tal religião.
Assim,surgiu o conformismo cristão e a maior mantenedora da Religião Cristã:a Igreja.
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