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Sitra Achra

A Reforma Satânica: uma orientação política das Trevas

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O satanista será o primeiro a dizer que não se deve misturar religião com política. Mas parafraseando  Maquiavel, se ele não fizer isso, terá seu ambiente político infestado e dominado por aqueles que não são tão seculares. Ainda assim é impossível estabelecer um consenso num terreno tão pantanoso quanto a política especialmente entre os adeptos de uma religião que por definição é individualista.

As respostas sobre qual a organização social melhor expressa o caminho da mão esquerda dançam entre o federalismo clássico até o tribalismo primitivo.  É possível encontrar satanistas comunistas e capitalistas, autoritários e liberais. Lord Ahriman, por exemplo é um grande defensor da Satanarquia.

Entretanto mesmo assim acho que podemos apontar algumas pedras sólidas para traçar um caminho rumo à uma sociedade satânica. Um caminho que, mesmo que trilhado individualmente, ecoa com o riso de tentaculares exclamações de triunfo.

Uma reforma que estabeleceria de uma vez por todas uma Era Satânica em nossa sociedade passaria por cinco pontos:

 

I. Liberdade Total e Plena

O conceito de liberdade pessoal é tão importante ao Satanismo que um dificilmente poderia ser reconhecido sem o outro. Os satanistas defendem o princípio de que todos deveriam ser absolutamente livres e absolutamente responsáveis pela sua própria liberdade. Em nenhum sistema satânico, político, ético, mágico ou filosófico, existirá a pretensão de universalizar a crença. As pessoas deveriam ser livres para viver da maneira que quiserem, de falar o que acreditam que deveriam falar e de fazer o que acreditam ser o certo. Mas para isso devemos ter em mente que liberdade não é sinônimo de capitalismo selvagem. Vivemos em uma sociedade que gosta de confundir direito de gastar o próprio dinheiro com as opções de produto oferecidos com liberdade de expressão. Se uma pessoa quer dedicar sua vida a uma igreja cristã, açoitando o próprio corpo e acreditando na ressurreição da carne, que seja. Mas que também o satanista seja livre para viver da maneira que achar certo.

Consequências:

– Fim da escravidão estatal: voto obrigatório, serviço militar, juri, mesário, etc..
– Liberdade Civil
– Liberdade de Expressão
– Liberdade de Imprensa
– Liberdade de Culto

II. Meritocracia

O fim do mito da igualdade. Quase todos os sistemas políticos em voga estão baseados na crença de que todos os seres humanos são iguais e possuem igualdade de direitos. O satanista sabe o quão ingênuo isso pode ser numa perspectiva individual e o quão pernicioso isso é numa escala social. O resultado da crença da igualdade de direitos é que parasitas são exaltada às custas daqueles que realmente são criativos e produtivos e benéficos para a sociedade. As pessoas deveriam sofrer as conseqüências de sua própria mediocridade. Existe uma diferença entre todos possuírem os mesmos direitos para se desenvolver e criar leis para sustentar vampiros psíquicos. Uma sociedade baseada nos princípios do Satanismo deveria garantir que as pessoas pudessem lutar pela auto transcendência e postos mais elevados, mas igualmente deveria se certificar de que os medíocres não fossem poupados das conseqüências de sua própria mediocridade

Consequências:

– Estratificação social
– Sistema jurídico severo
– Fim das Políticas Afimativas (Quotas)
– Abolição de políticas assistencialistas
– Eugênia Estatal
– Impostos Reversos

III. Lex Talionis

A base moral do Satanismo e conseqüentemente de qualquer proposta de direito satânico está na lei de Talião.  Ou seja, uma rigorosa reciprocidade do crime e da pena. Esta retaliação, benéfica para o Satanista enquanto individuo é também um direito que a sociedade tem de se defender de elementos destrutivos. Não se trata necessariamente de permitir que as pessoas façam justiça com as próprias mãos, mas é uma maneira de fazer os criminosos sofrerem as conseqüências dos danos que causaram. Vivemos em uma sociedade onde conquistas feitas no passado se tornaram slogans de camiseta. “Direitos iguais”, “Direito de votar”, “fim da escravidão”, onde antes houve lutas hoje há o comodismo, como viver em uma sociedade onde a noção de vitória é substituída por algo mascarado como direito cívil? Hoje todo ato impensado pode ser justificado como a falta de um direito, à privação social. Besteira! Enquanto cada indivíduo não for responsável por seus atos, enquanto o sistema não os punir de acordo, cada suposta vitória do passado será capitalizada apenas como mais uma forma de conformismo de massa. Seguindo a crença satânica de “Responsabilidade aos responsáveis”, em uma sociedade satânica todos experimentariam as conseqüências de seus próprios atos – para o bem ou para o mal.

Conseqüências:

– Punições equivalente a infrações
– Sistema Carcerário Auto-Suficiente
– Pena de morte para crimes hediondos comprovados
– Punições severas para crimes contra o patrimônio público
– Abolição da Menoridade Penal
– Criação de um sistema penal auto-suficiente pelo uso de horas-trabalho dos detentos.

IV. Secularismo

Para o estabelecimento da Nova Era Satânica será necessário uma completa separação entre o sistema político e as diversas religiões e não apenas uma secularização de fachada onde acusados juram sobre a Bíblia, o juiz se senta sob um crucifixo e Deus e referências religiosas são encontradas, na legislação, na constituição e até no papel moeda.  Este é um conceito importante mas de rara aceitação entre a lideranças políticas e agentes da lei. Um sistema político satânico não deveria ter qualquer tolerância a crenças religiosas que historicamente estão incorporadas na Lei. A religião teve seu papel fundamental no passado de criar um código moral que permitisse a administração da sociedade, mas hoje a presença de Deus (seja lá qual ele for) apenas serve para que uma moral pessoal e morta interfira no interesse maior do indivíduo.

Consequências:

– Investimento massivo em educação
– Fim da influência abraâmica no Estado
– Impostos para Igrejas e templos religiosos
– Sistema Educacional Laico diferenciado do religioso. O sistema público deve ser Laico.
– Fim de proteção aos criminosos, sejam ladrões de ruas ou pessoas respeitáveis que se utilizam do sistema para receber uma punição leve e depois de um tempo de castigo voltar a exercer a função que cumpria.
– Anistia aos bodes expiatórios.

V. Incentivo Hedonista

Um sistema político satânico não faria sentido se se limita às partes falhas da vivência material. Ele deveria ser moldado de tal maneira que a construção da vida na terra da forma mais prazerosa e agradável possível seja incentivada. Todo esforço hedonista deveria ser recompensado.  Avanços tanto na medicina como na área do entretenimento deveriam receber a atenção pois a força advém da alegria e a alegria se renova com a força. Leis e incentivos fiscais deveriam ser criados de forma a estimular a criação e desenvolvimento sadio de formas de recreação. Cada cidadão deveria poder desfrutar dos prazeres mundanos da maneira que quisessem. Tudo o que for agradável à carne e à mente deveria ser amplamente aceito, ainda que individualmente algumas pessoas paguem o preço do seu próprio abuso.

Conseqüências:

– Sistema de Saúde de Qualidade
– Incentivos fiscais aos avanços hedonistas
– Legalização e criação de impostos para a produção e comercialização de narcóticos;
– Legalização e criação de impostos para jogatina;
– Legalização e criação de imposto e seguro médico amplo para a prostituição e entretenimento adulto.
– Combate a discriminação hedônica

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