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Sitra Achra

Rebanho – Renascer Anticristão (3 de 10)

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A consciência de “rebanho” vista nas religiões abrãamicas,e principalmente no cristianismo,é conseqüência directa dos dois fatores abordados acima.

A consciência “pastoril” do cristianismo visa criar uma massa indivisível unida sobre uma única ideologia-religião.Contudo esta postura não respeita a perseidade de cada ser.Pois ao formar esta “massa”,estipula-se padrões comportamentais que todos devem seguir e supressão progressiva do pensamento livre.

“O Senhor é meu pastor e nada me faltará”(Trecho da Missa Católica Tradicional).Esta passagem demonstram claramente a postura de rebanho das doutrinas cristãs.Esta visa que exista um rebanho de ovelhas que seguirá um Pastor perenemente ao longo de sua existência.Por tal surge-se o seguinte inquirir :Quem é o Pastor?

Segundo a teologia cristã trata-se de Jesus Cristo.Contudo até onde se sabe Jesus Cristo não aparece descendo do argênteo céu ditando o que a Humanidade deve fazer.Assim surgiram os “vetores para palavra Divina”.Estes vetores,nada mais foram e muitíssimas vezes ainda o são,do que pessoas tentando dominar e usar pessoas como ferramentas para cumprimento de seus anseios ocultos e sujismundos.Na Idade Média tais “representantes do Senhor” foram os piores senhores feudais pois controlaram a Alma Humana e a Matéria Humana de forma crudelíssima e ditatorial.

O próprio seguir de uma pessoa que não à si próprio é uma postura acéfala e torpe.Querer ser alguém que não à si próprio é diminuir-se e afastar-se da própria divindade.Seguir os preceitos de Jesus como se este fosse o seu Pastor é justamente isto.Cada ser Humano deve ser seu único e próprio pastor.

As religiões-primitivas surgiram como formas de tentar compreender à si próprio e atingir o Eu Supremo através de arquétipos da própria alma-humana deificados.Isto é claramente vislumbrado no paganismo grego:Pã representa o sentimento de luxúria e prazer sexual humano;Ares o sentimento beligerante primal e as emoções mais bestiais;Athena a racionalidade etc.

Mas o cristianismo,e a maioria das religiões ditas osirianas,suprimiram esta visão e o cerne do sentimento de religiosidade humano para tornar as religiões uma forma de gerenciar o indivíduo e criar um rebanho que obedecesse os líderes religiosos silenciosamente.

O uso do carneiro como símbolo desta consciência é justamente o de que tu deves de estar preparado para ser imolado caso o seu Pastor queira.Isto é mais uma forma aleivosa de incutir um pensamento na mente dos fiéis.O pensamento de que a Grande Obra do Pastor é mais importante que si próprio,e se necessário tu deves ceder sua Vida.Para manter os fundamentos da Instituição Igreja muito deste pensar foi disseminado entre as populações de mais baixa renda e amplitude de pensar. Conseqüentemente muitas vidas se perderam supostamente para o “bem do Rebanho”,que nada mais foi do que o “bem do perfidioso e absolutista Clero”.

Uma passagem bíblica que ilustra limpidamente o pensar do parágrafo anterior,é a de Abraão que vai sacrificar seu próprio filho em nome de IHVH.Abraão nunca foi uma figura existente de facto,como estudos teológicos e bíblicos provaram,e sim uma alegoria para demonstrar o Povo Judeu e sua formação.Assim,a passagem apresenta a conotação de que o Povo servil a Jeová deve estar preparado para sacrificar seu rebento caso seja da Vontade de seu Deus.Sabendo-se que Javé não fala directamente com os Humanos,até onde a Ciência e uma Pessoa Racional sabe,recai sobre os líderes religiosos dizerem aqueles que devem se “sacrificar”. Mais uma vez tenta-se dar plenos poderes a um grupo de indivíduos gerenciar o Estado de Imanência e Transcendência Humano,assassínio absoluto da Liberdade.


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