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Um dos mais intrigantes sítios arqueológicos, localizado em Amesbury, entre Londres e Bristol, é uma das principais atrações históricas e esotéricas da Inglaterra, pedras gigantes construídas há mais de 4 mil anos com megalitos de 5 metros de altura e 45 toneladas, colocadas em pé e dispostas na forma de um círculo perfeito numa época privada de computadores. Na Idade Média, a explicação para o Stonehenge era pura magia. O monumento era tido como uma fonte de poder mágico, utilizado pelo mago Merlin e por toda corte do Rei Arthur para concentrar energias e derrotar os vizinhos irlandeses. Séculos depois o arquiteto Inigo Jones, o primeiro representante da arquitetura renascentista inglesa, difundiu a idéia de que o sítio era um templo romano. Já no século XIX, os Druidas, os sacerdotes dos antigos Celtas, mereceram a autoria do monumento, o que explica os festejos realizados até hoje nos dias de solstício por seus herdeiros espirituais.
Hoje parece consenso, que Stonehenge seja uma obra de homens pré-históricos, que começaram a construí-lo na Era do Bronze, há 5 mil anos. Nesta época, calculam os arqueólogos, iniciou-se a construção de canais que circundam o altar de pedra. As rochas teriam sido trazidas para o local e colocadas em pé bem mais tarde, por volta do ano 2500 a.C., supõe-se que a distância percorrida pelos homens para arrastar as pedras até o local do sítio, tenha sido de 300 quilômetros. O método utilizado, ao que tudo indica, foi usar troncos de árvores como base para rolar as enormes pedras.
No dia de solstício de verão, no mês de junho, sempre promete ser quente, principalmente pela polícia. Desde 1985, quando o afluxo exagerado de bruxos e esotéricos de carteirinha deixou a polícia baratinada e a festa acabou em uma batalha campal, a visitação tornou-se restrita a uma área de 5 quilômetros ao redor do monumento durante os 4 dias de comemoração do solstício. Uma nova maneira de preservar stonehenge já que é visitado por cerca de 700 mil turistas anualmente e considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
O novo projeto de visitação, nos planos do historiador Jocelyn Stevens, é mudar o localização do centro de visitantes, aumentar o percurso a ser percorrido a pé pelos turistas e voltar a permitir o acesso (controlado e mais seguro) ao centro do altar. Outra mudança, e um dos principais problemas, é desviar a rota de tráfego pesado de veículos nas rodovias próximas ao sítio.
O sol nasce na “avenida” no dia de solstício de verão e a sombra da Pedra inclinada toca o altar central. A outra é: enquanto o sol faz sua viagem pelo céu, o sítio atua como um calendário, marcando as estações do ano a partir da posição do Sol em relação às quatro Estações de Pedra. O astrônomo Fred Hoyle especula ainda que as pedras e os buracos de Stonehenge foram colocados onde estão para marcar a posição de Sol e da Lua e prever eclipses.
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