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Os Hopi não nativos norte-americanos que habitam duas reservas no Arizona, a Reserva Hopi, no noroeste e a Reserva do Rio Colorado, no oeste daquele estado. A denominação Hopi é uma abreviação do termo composto Hopituh Shi-nu-mu, significando Povo Pacífico ou, ainda, Os Pequenos Pacíficos. A denominação se justifica: a religião dos Hopi é essencialmente pacifista e envolve o respeito por todas as coisas e seres da Natureza, de acordo com os mandamentos de Maasaw, Criador e Protetor do Mundo. Em seus ritos religiosos, os Hopi pedem benéficos para todos os povos da Terra.
Os Hopi, tal como a maioria das culturas antigas, têm uma rica tradição relacionada à criação do mundo, seus ciclos de desenvolvimento e decadência, seu fim. Essa cultura, cuja língua revela íntima relação com outros povos entre os chamados pré-colombianos, especialmente os astecas, possui uma cosmogênese/geogênese que em tudo se assemelha a concepções que parecem se repetir em todo o planeta, fato indicativo que, de alguma forma, toda a Humanidade, recebeu suas tradições de uma mesma fonte, embora as lendas e profecias tenham adquirido, ao longo do tempo, pequenas diferenças, insignificantes em relação ao todo e que são resultado de peculiaridades locais.
Para os Hopi, o grande Criador do planeta Terra é uma entidade divina que veio das estrelas, o que remete à famosa teoria de que a raça humana é o produto de uma colonização extraterrestre. Sobre o Fim do Mundo, a tradição Hopi é, à evidência, estreitamente aparentada com a Profecia Maia. Entre os Hopi, 2011 é a grande data estabelecida para os acontecimentos que precipitarão a destruição da atual Civilização. Os Sinais anunciadores do grande final previsto para 2011, já estariam ocorrendo há algum tempo e são igualmente parecidos com todos aqueles citados em outras profecias, a grande maioria decorrentes dos aspectos negativos do notável avanço tecnológico alcançado pela Civilização.
O indicativo mais importante e de conseqüências mais notáveis é o mesmo que aparece em outras previsões: o aparecimento nos céus de uma ‘estrela destruidora’ que será precedida por astros menores: no caso, uma grande estrela azul, a qual chamam Saquasohuh Kachina, que virá antes de uma maior, uma estrela roxa ou violeta, será definitiva para o extermínio da atual raça humana, da qual restarão uns poucos sobreviventes, sementes do Quinto Mundo.
Mais uma vez, as tradições se repetem: também os Hopi acreditam na emergência e extinção cíclica dos Homens, quese renovam em raças cada vez mais evoluídas rumo a uma purificação espiritual que chegará ao termo ideal na Sétima Raça ou Sétimo Mundo. A idéia nada tem de original e tem sido repetida à exaustão sendo que a Doutrina Cosmogônica e a Antropogênese teosófica apresenta uma teoria completa sobre o assunto na monumental obra de Helena Petrovna Blavatsky, A Doutrina Secreta.
O fim do mundo segundo a tradição Hopi inclui todo aquele elenco de catástrofes descritas em outras profecias, desastres naturais inevitáveis, considerando que o cruzamento entre as órbitas da Terra e de um astro de grandes proporções, seja planeta, asteróide ou cometa produzirá, evidentemente, grandes alterações no ecossistema terrestre. este fim do mundo segundo os Hopi também inclui a idéia de uma punição, de um carma negativo a ser resgatado e prevê que que a estrela azul virá coroando uma seqüência de nefastas ações perpetradas pelos homens: uma guerra que vai destruir a terra Tio Sam, com direito a bombas atômicas e poluição radioativa.
Somente os Hopi ou, os Pacíficos, serão poupados, refugiados em subterrâneos [aqui, os Hopi combinam o fim do mundo com a teoria da Terra Oca, onde habitariam povos mais evoluídos espiritualmente, por eles chamados de ‘homens-formiga’, mas Terra Oca já é outro assunto…]. A grande guerra será um confronto entre valores materiais e valores espirituais.
por Ligia Cabús
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