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Por Enfys Book.
Este artigo é a quinta de uma série que destaca cada esfera da Árvore da Vida. Para informações adicionais sobre a Cabala, consulte os artigos Aprendendo a Cabala Através de Uma História, Aprender a Cabala: Por Onde Começar? e a Qabala é Queer e Não é Nem Sorrateira Sobre Isso.
Tiphareth é a sexta esfera e é o ponto central de equilíbrio na Árvore da Vida. Situa-se no pilar de equilíbrio (também conhecido como pilar não-binário) no meio do caminho entre Kether e Malkuth.
Muitos cabalistas focam no “sacrifício” como o aspecto chave de Tiphareth, mas eu diria que o conceito central de Tiphareth é o de equilíbrio. Às vezes, o equilíbrio é alcançado subtraindo o que não serve, é claro. Mas, às vezes, mover ou reconfigurar algo, ou adicionar algo novo, traz equilíbrio. Não é tudo sobre sacrifício, o tempo todo.
No entanto, o equilíbrio não é um estado fixo. As circunstâncias mudam e exigem que sejamos flexíveis e nos adaptemos para permanecermos em um estado de equilíbrio. Tiphareth é, afinal, um reflexo superior de Yesod, a lua, onde aprendemos flexibilidade e fluidez.
O corpo celeste correspondente de Tiphareth é o sol. O sol traz vitalidade, integração, ilumina a verdade e facilita a cura. A cura, afinal, trata-se de restaurar o equilíbrio, seja física ou emocionalmente.
Onde Tiphareth brilha é em ajudá-lo a se tornar a melhor e mais ideal que você pode ser em seu estágio atual de vida. A vida é cheia de escolhas e, enquanto estivermos confinadas ao tempo linear e à forma corpórea, não podemos efetivamente ser e fazer todas as coisas que nós ou os outros queremos que façamos. Devemos priorizar e escolher, e a energia de Tiphareth pode nos guiar para estabelecer prioridades e fazer escolhas de uma forma que nos leve a um melhor alinhamento com nosso potencial, mantendo nossa saúde e bem-estar. Não se trata de perfeição; trata-se de equilíbrio e do que é certo para você.
O QUE TORNA TIPHARETH QUEER?
Tiphareth faz parte do que estou chamando de “triângulo de assunção” composto por Tiphareth, Geburah e Chesed. Cada uma se conecta com diferentes aspectos do processo de se assumir como queer. A parte de Tiphareth nesse quebra-cabeça é a alegria que você sente ao reconhecer sua própria verdade. Geburah e Chesed, que serão abordados em artigos futuros do site, são sobre as partes de você e da vida que mudam quando você se assume.
Antes de alguém assumir a si mesma, é comum sentir que algo não está certo, algo está fora de alinhamento: uma espécie de “coceira” ou “abrasividade” existencial. Muitas experimentam isso como disforia em torno de seu corpo, roupas ou aparência.
O outro lado dessa experiência é a euforia que acontece quando você é capaz de expressar sua verdade interior externamente, alinhando seu eu externo com a forma como você se entende interiormente, quando parece certa. Esse sentimento de perfeita harmonia é uma experiência de Tiphareth. Você está sacrificando os ideais do que você não é (Geburah) para abraçar a verdade de quem você é (Tiphareth) e as possibilidades de quem você pode se tornar (Chesed). Você está harmonizando seus eus interno e externo. Se assumir para si mesma é, fundamentalmente, uma experiência de cura. (Se assumir para os outros… pode ser mais difícil. Mais sobre isso no próximo artigo.)
PATHWORKING PARA EXPERIMENTAR TIPHARETH:
Abaixo está uma gravação (em inglês) e texto de um pathworking para ajudá-la a experimentar Tiphareth. Se você deseja se inscrever em pathworkings futuros, pode fazê-lo no Soundcloud, Google Play, TuneIn, Stitcher e Spotify.
Bem-vindo ao pathworking de Tiphareth, de Major Arqueerna. Por favor, certifique-se de estar sentada confortavelmente e não será perturbada pelos próximos quinze minutos enquanto faz este trabalho.
Feche seus olhos. Faça três respirações profundas, lentamente, inspirando e expirando. A cada expiração, libere qualquer tensão que encontrar em seu corpo.
Sem abrir os olhos, visualize a sala ao seu redor. Agora imagine-a se enchendo com uma névoa cinza, começando no chão e subindo até o teto, até que a única coisa que você pode ver é o cinza. À medida que a névoa se dissipa, você se encontra em um campo, sentada em uma pequena plataforma de madeira nas cores verde-oliva, citrino, castanho-avermelhado e preto. É meio-dia e o sol brilha forte em um céu sem nuvens. Os insetos estão zumbindo por toda parte e você sente o calor do sol em seu rosto.
Conforme você olha ao redor do campo, de repente ele fica envolto em sombras. É um eclipse. A plataforma abaixo de você começa a subir no ar, em direção ao sol oculto pela lua. Você corre para cima, sentindo a plataforma firmemente abaixo de você, sabendo que não corre o risco de cair. Você vê um anel escuro no céu acima de você e passa por ele, e a lua parece pular muito mais perto de sua visão depois que você o faz. Você se aproxima cada vez mais da lua e, de repente, parece que está passando por ela, e o sol agora está ofuscantemente brilhante em seu rosto, ficando cada vez mais quente à medida que você se aproxima dele.
Uma névoa dourada a envolve e você se encontra dentro de um salão hexagonal dourado. As janelas são definidas com prismas de cristal, lançando arco-íris no chão e nas paredes conforme a luz flui através delas. As paredes parecem ser de ouro martelado, o piso composto de ladrilhos hexagonais dourados. Você pode ouvir a melodia assombrosa de um coro harmonizando uma bela canção em um idioma que não lhe é familiar. Você sente o cheiro de incenso flutuando no ar. Há sofás confortáveis cobertos com cobertores e travesseiros de arco-íris ao redor de uma fogueira no centro do salão e mesas cheias de comida nas bordas da sala.
Este é um lugar de paz e harmonia. Você sente como se semanas de estresse simplesmente tivessem desaparecido de você, e você é capaz de simplesmente SER. Você está consciente de sua respiração e de seus batimentos cardíacos.
“Olá”, diz uma voz perto de você, e você se vira para ver uma pessoa com uma luz dourada brilhante ao seu redor. Ela está vestindo um manto dourado sobre uma simples túnica branca. Ela convida você a sentar em um dos sofás com ela, e você aceita. Copos de água fria são colocados diante de você para beber.
Sua anfitriã pede que você reserve um momento para realmente sentir a energia do espaço. Você respira fundo e ouve a música do coral em perfeita harmonia, sente o cheiro do incenso e sente no rosto um calor suave da luz que entra pelas janelas. Você percebe que se sente profundamente em paz e muito presente no momento. Tudo parece certo e equilibrado. Você sorri.
Sua anfitriã acena com a cabeça. “Essa sensação de paz e equilíbrio não se limita a este lugar”, ela diz. “Ela vive dentro de você. Existem muitas maneiras de acessá-la quando você precisa – por meio da respiração, da meditação, do foco. Diga-me, como você traz pequenos momentos de paz para o seu dia-a-dia?” ela pergunta. Responda-lhe.
(pausa)
Sua anfitriã acena com a cabeça. “Você já pensou qual é a sua Grande Obra, seu propósito maior neste plano?” ela pergunta. Responda-lhe.
(pausa)
Sua anfitriã continua. “Fica mais fácil acessar esses sentimentos de paz e equilíbrio quando você está se inclinando para o seu propósito, quando está fazendo sua Grande Obra, quando está vivendo sua verdade. Quero que pense nessas coisas nos próximos dias”, ela diz.
Sua anfitriã então faz um gesto no ar e, em sua mão, aparece uma moeda dourada brilhante. Ela o entrega a você, e ela parece fria e pesada em suas mãos. A moeda é primorosamente projetada com uma imagem em cada lado que reflete sua Grande Obra. O que você vê?
(pausa)
Sua anfitriã diz que a moeda é sua para guardar e considerar. Você agradece a ela e ela a leva para o fundo da sala, onde você vê uma alcova contendo a plataforma em que você entrou. Conforme você pisa na plataforma, a suave luz dourada que envolve sua anfitriã parece se expandir para preencher a sala e cercá-la enquanto você está na plataforma. Você está mais uma vez ciente da profunda paz e equilíbrio deste lugar. Você fecha os olhos para absorvê-la e, ao abri-los, não vê mais o salão, mas é cercada por uma névoa dourada, que se dissipa até que você veja as estrelas e a lua à sua frente, crescendo cada vez mais até que parece que você passou por ela, e então você vê a Terra novamente, ao longe. Você passa pelo anel escuro no céu mais uma vez, e a Terra fica muito maior, e logo você está descendo de volta ao campo onde começou. Você sai da plataforma e, ao fazê-lo, o eclipse termina e o campo é banhado pela luz do sol mais uma vez.
Eventualmente, o ar ao seu redor começa a se encher de uma névoa cinza perolada, até que você não consiga mais ver o campo. Quando a névoa se dissipa, você se encontra sentada confortavelmente mais uma vez. Respire fundo, mexa os dedos das mãos e dos pés e, quando estiver pronta, abra os olhos.
Obrigado por ouvir este pathworking de Major Arqueerna. Se você gostou, reserve um momento para se inscrever e compartilhar com uma pessoa amigo. Mais conteúdo (em inglês) pode ser encontrado em majorarqueerna.com.
Fonte: https://majorarqueerna.com/tiphareth-im-coming-out/
Texto enviado por Ícaro Aron Soares.
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