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Pergunta. -Qual é a porcentagem das pessoas que podem ser hipnotizadas?
Resposta. -Todo e qualquer ser humano, são de espírito, pode ser hipnotizado, assim como uma grande parte dos que não se acham sãos de espírito, como os alienados. Al-guns rapidamente, outros após experiências repetidas.
Pergunta. -O hipnotismo predispõe para o enfraquecimento da vontade?
Resposta. -Não, a menos que as experiências não sejam feitas para esse fim e reiteradas durante a hipnose. Dever-se-iam sempre fazer contra-sugestões a fim de que o paciente possa ter confiança no aumento da determinação do interesse, de uma concentração melhor, de uma individualidade mais poderosa, de uma confiança maior em si mesmo; desta maneira e pela força da sugestão, o hipnotismo fortifica a vontade em vez de enfraquecela.
Pergunta. -Quanto tempo a influência pode durar desde que o paciente está acordado?
Resposta. -Se tem sido hipnotizado contra a sua vontade por um operador sem escrúpulos, é que pode também ser hipnotizado por alguém que entenda do negócio e a influência do mal ficará para sempre removida. Somente pessoas de uma sensibilidade extrema é que podem deixar-se magnetizar sempre, contra a sua vontade. Este caso não se apresenta muitas vezes e, por conseqüência, é extraordinário.
Pergunta. -Que proteção pode ter uma senhora hipnotizada contra um operador privado de escrúpulos?
Resposta. -A proteção que o seu regresso instantâneo à consciência lhe poder dar. O operador não pode vedar que a paciente acorde. Seja qual for a forma imperativa que ele dê aos seus mandamentos, ela pode despertar-se a despeito das suas objeções e agirá sempre assim, se, um perigo real a ameaça.
Pergunta. -Suponha que um paciente seja hipnotizado e que se lhe dê como sugestão o não poder ele lembrar-se do seu nome, ao acordar! Figuremos, agora, que o operador desapareça de propósito; quanto tempo a memória permanecerá afetada ?
Resposta. -Isso depende dos indivíduos. A memória permanece, algumas vezes afetada durante dia e meio; porém, as mais das vezes não se mantém senão até o momento em que alguém agite essa memória adormecida.
Conclusão.
Não se pode avaliar em toda a justeza a importância do hipnotismo. Ele pode curar moléstias nervosas, dores e perturbações intelectuais. Pode dissipar a melancolia negra implantada no espírito. Por sua ação, as memórias empobrecidas para sempre podem tomar-se brilhantes como se tivessem sempre gozado dessa faculdade. Pode, como analgésico, substituir a morfina, se cai nas mãos de um operador competente. Pode reduzir e até prevenir as dores da parturição, tão bem que as conseqüências da maternidacomo analgésico, substituir a morfina, se cai nas mãos de um operador competente. Pode reduzir e até prevenir as dores da parturição, tão bem que as conseqüências da maternidade não podem, por mais tempo, ocasionar receios.
Ele pode precipitar a ação do espírito e desenvolver qualidades que tem sempre permanecido no estado latente. Pode converter a preguiça em amor ao trabalho, a desobediência em obediência, a ingratidão e desonestidade em deferência para com os outros. Pode curar costumes tais como o hábito da morfina, da cocaína e dos licores fortes. E agora e para sempre o próprio remédio para modifícar e corrigir os seus defeitos. Enfim, ele é assaz suficiente para revelar ao homem os mistérios do espírito e lhe dar o conhecimento positivo da vida de além-túmulo.
O hipnotismo nos fornece todas essas vantagens, por isso, quando em presença dessas maravilhas, nos aparece menor o perigo possível da sua aplicação errônea por parte daqueles que são incapazes de adquirir o conhecimento do seu poder! O plano mais sábio é o derramar luz sobre todos os fatos. Quando uma pessoa souber porque e como o hipnotismo pode ser perigoso, a metade de seus perigos será abolida. Na prática do hipnotismo, não é difícil achar homens, cujos móveis são puros e cujo fim é somente nobre e em vista do bem. O hipnotismo empregado por um pai sobre seu filho, por um marido em sua mulher, dá invariavelmente resultados benéficos. O hipnotismo por si mesmo não é mau. O mal, se existe, reside no coração dos homens.
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