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Aquele que conhece a sugestão hipnótica e que compreende a sua aplicação, aprecia muito as inúmeras oportunidades que se apresentam na prática de um dentista para aplicar nos seus doentes esta ciência, como meio de fazer desaparecer a dor durante a operação sobre um dente dolorido. Mas, em geral, os dentistas preferem servir-se daquela droga pérfida chamada “cocaína”, do que induzir a analgesia pelo processo natural que a natureza deu ao homem. O homem possui a força para reprimir a idéia, e o emprego de uma droga qualquer para tal efeito é uma infração às leis da natureza, a qual se fará sentir amargamente. Hoje não existe nenhum hábito de droga tão difícil de combater e que aumenta tão rapidamente como o hábito da cocaína; o emprego exagerado dessa substância pelo dentista e pelos médicos é uma matéria que demanda a vigilância do governo. Pouquíssimas pessoas sabem que a cocaína faz mais vitimas do que o álcool.
O objeto brilhante empregado como método. -Em todos os gabinetes dentários há discos e instrumentos de níquel ou de prata como brilhantes. Um objeto brilhante atrai mais facilmente a atenção do doente do que um objeto sombrio, e o modo de atenuar a dor de uma operação dentária e, às vezes, extingui-la completamente, cifra-se no dentista fazer ao doente sugestões verbais muito enérgicas, enquanto lhe pede que fixe os olhos sobre um objeto colocado diante dele, a uma distância de cerca de dois pés e tendo quase duas polegadas de diâmetro.
Evitai a palavra hipnotismo. -Relativamente ao que se vai seguir, é inútil, e seria mesmo um erro, que o dentista empregasse a palavra hipnotismo. Deverá somente fazer compenetrar-se o seu doente do fato de que, se quiser seguir as suas instruções, não sentirá praticamente nenhuma dor em relação à operação. Ele poderá, em seguida, tratar de induzir
o sono, empregando as mesmas fórmulas dadas nas lições precedentes e não sentirá nenhuma dificuldade em tornar profundo esse sono. Deverá, então, dirigir-se ao dormente como se dirigisse a uma pessoa inteiramente acordada e dirá: “Quando eu passar a minha mão pelo vosso rosto, abrireis a boca e ela ficará aberta até que eu vos ordene que a fecheis. Não sentireis até que eu vos ordene que a fecheis. Não sentireis nenhuma dor nem mal-estar ou nervosidade enquando eu obturar este dente; quando eu vos disser que vos levanteis e laveis a vossa boca, não acordareis. Fareis tudo quanto eu vos ordenar que façais, mas não vos despertareis. Depois da operação, não tereis nenhuma recordação do que vos sucedeu; não experimentareis nenhuma dor nem mal-estar algum”. Ainda que em geral, os médicos, na sua prática diária da sugestão hipnótica, não lhe apreciem o valor como meio de atenuar a dor, reconhece-se hoje que, nos Estados Unidos, um grande número de dentistas emprega continuamente o hipnotismo e estes poderiam referir, se o quisessem, muitas operações admiráveis que foram realizadas sem dor, por meio do hipnotismo. Porque os dentistas não aconselham francamente a hipnose. -Eles não divulgar o fato, porque a ignorância do público é tão grande que se ele ficasse sabendo que os médicos usam do hipnotismo para operar sem dor, a clientela sofreria sériamente com isso e ele correriam o risco de serem perseguidos. Talvez não venha longe o dia em que o hipnomente com isso e ele correriam o risco de serem perseguidos. Talvez não venha longe o dia em que o hipnotismo assuma de direito o lugar que lhe compete (entre aqueles que têm por missão aliviar o sofrimento alheio) como o maior dos remédios benéficos da natureza.
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