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O estudo de catalepsia – Curso de Hipnose

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Há um estado de hipnotismo conhecido sob o nome de catalepsia; os profissionais fazem grande caso dele em cena, mas aconselho-vos muito que o ponhais de lado. Os que têm assistido a sessões hipnóticas puderam ver um homem ou uma mulher de aparência mesquinha, suspensa entre duas mesas ou cadeiras, suportar o peso de várias centenas de livros, sendo os pés e a cabeça os únicos pontos de apoio de todo o corpo. É um estado de rigidez muscular e certos pacientes manifestam, na prática deste gênero, um grau de força extraordinária.

Como se provoca. -Provoca-se a catalepsia pela forma seguinte: Suponhamos que tomamos aquele rapaz que fizestes dormir e em quem induzistes as ilusões dos sentidos dadas em pormenores numa das precedentes lições e que lhe digais, fazendo passes ao comprido do seu corpo, da cabeça até aos pés: “Ficareis completamente rígido; já não sois um rapaz, sois uma barra de ferro e é impossível que vos dobreis. Em qualquer lugar ou posição que eu vos ponha, tereis a rigidez de um cadáver”. Imaginemos que tomais, em seguida, aquele rapaz no momento em que ele cai rígido nos vossos braços e que o suspendeis entre duas cadeiras; fazendo-lhe repousar a cabeça sobre uma e os pés sobre a outra, tereis um estado real de catalepsia do palco. Achareis que o seu pulso é rápido, mas é probabilíssimo que não notareis vestígio algum do esforço que ele suportou. As vossas sugestões deverão ser as seguintes: -“Não fazeis esforço algum, podeis suportar qualquer peso que eu colocar sobre vós”. O eleito produzido nos espectadores é, às vezes, surpreendente. Uma vez acordado ele tentará, provavelmente, a mesma proeza e ficará surpreendido de ver quanta dificuldade ele encontra em sustentar-se a si mesmo.

O perigo dessa condição. -Mas, ainda que este fenômeno de catalepsia seja uma excelente prova do corpo quando é chamado a agir conforme a sugestão, ele apresenta, por si mesmo, perigo e até o presente não conheço nenhum operador e nenhum método de instrução do hipnotismo que lhe tenham demonstrado os riscos. O hábito da tensão excessiva dos músculos, colocados numa rigidez continua durante o sono, está sujeito, como qualquer outro hábito, a se implantar na pessoa que executa esses esforços e um novo e infeliz exemplo da velha história de Jekyll e de Hyde poderia, então, produzir-se; dai vem todo o perigo. A memória daquele livro notável descansa no fato de, contra a vontade do herói, que é o Dr. Jekyll, o seu eu inferior se lhe apegar e querer afirmar a sua individualidade.

O estado torna-se involuntário. -O perigo da prática contínua da catalepsia é que, durante

o sono natural, é muito provável que o paciente sonhe que está em cena, onde alguém lhe induziu a catalepsia e, então, passe desse sono para uma condição de rigidez muscular que poderia durar diversas horas e ser impossível acordá-lo. Tal esforço muscular é fisicamente péssimo e acaba por debilitá-lo. Uma das melhores catalépticas de profissão, que não teve competidor no teatro americano, acha-se atualmente internada em um hospício de alienados do Leste. Este resultado foi devido ao fato dela cair involuntariamente neste estado, agravado pela força do mal sofrido pelo seu sistema nervoso, em conseqüência dos exercícios anteriores. Algumas das pequenas experiências de catalepsia não podem fazer mal a ninguém, mas tudo quanto se aproxima da brutalidade repugnará certamente ao operador e poderá ter, talvez, sérias conseqüências. gumas das pequenas experiências de catalepsia não podem fazer mal a ninguém, mas tudo quanto se aproxima da brutalidade repugnará certamente ao operador e poderá ter, talvez, sérias conseqüências.


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