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O homem tal como ele é não é imortal. O termo “imortalidade” deve ser compreendido como um tempo de existência definido. Como exemplo, algumas células do nosso corpo físico têm apenas algumas horas de existência, outras, alguns dias. Então, para elas, as células chamadas neurônios (que tem de 70 a 100 anos de existência, de acordo com a vida de cada pessoa) são imortais. O mesmo acontece com o homem comum, que vive imaginando ser o seu corpo físico e, sem a menor lógica, acredita na imortalidade do espírito. Mas, ao mesmo tempo, tem pavor da morte, pois algo em seu interior lhe mostra que ele é apenas carne, pois nunca conseguiu ter consciência real de seu espírito, está dormindo. Para ter tal consciência ele precisa acordar antes, ter a consciência de si.
Na antiguidade, haviam Escolas para o homem alcançar aquilo que conhecemos como consciência real de seu espírito imortal ou iluminação. Para tanto, o homem tinha de abandonar a sua vida comum e entrar para algum templo ou mosteiro, que chamamos de escola. Havia 3 tipos de escolas:
1. A primeira era a do Faquir, onde o homem, através do sofrimento físico e sob a direção de um mestre, alcançava a imortalidade (iluminação) ou armazenamento de tanta energia e, de certa forma, a iluminação. O termo faquir, que usamos, é o mais conhecido, mas a escola de sofrimento do corpo existia em várias partes do mundo, não só na Índia.
2. A segunda escola é do Yogue, ou meditação. Através do abandono total, também da existência normal, a pessoa adquiria a imortalidade (iluminação).
3. A terceira escola é a do Monge, onde a pessoa, através da fé e da abstinência dos desejos em um mosteiro, também conseguia alcançar a imortalidade (iluminação). Os mais conhecidos são os da Idade Média e do Antigo Cristianismo, como também o Xintoísmo no Oriente.
Os três tipos de escolas, de uma forma ou de outra, existiam em todo o mundo e eram os caminhos de evolução do espírito humano. Há também a evolução normal dos homens comuns na Terra, que é tão lenta que não é considerada para o Trabalho de Gurdjieff, pois as Escolas eram para pessoas que queriam sair da normalidade e do sofrimento da existência comum.
Há, porém, o Quarto Caminho, onde o homem não precisa abandonar a vida para evoluir através do esforço pessoal. É o caminho onde o homem faz um pouco de cada escola dentro da sua vida normal. Um pouco de sofrimento físico (trabalho de domingueiras, mutirões, etc), um pouco de meditação (mokuso, relaxamento, etc), um pouco de fé e esperança naquilo que se está fazendo. Nesta forma de prática, ou Trabalho, é necessário um grupo que se determine a acordar, pois no Trabalho em conjunto, às vezes um dorme, outro acorda e ajuda quem dorme. Nesse tipo de Trabalho é necessário que haja confiança entre os participantes e que tudo o que aconteça em relação ao “Trabalho” aí realizado não seja comentado fora daquele âmbito. O Quarto Caminho é dividido em 4 partes principais:
1. Exercícios diários para o conhecimento de si e para saber como funciona a máquina humana. E a cada semana o grupo se reúne e cada um dá seu depoimento sobre os exercícios.
2. Reunião periódica para se fazer uma observação do grupo nos exercícios de movimento rítmico.
3. Trabalhos de grupo para se dar um esforço maior sobre si em 24 horas. (Domingueiras, mutirões, artesanato, etc)
4. Leituras e estudos sobre os trabalhos de Gurdjieff em grupos.
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