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Contos do Vigário – O Guia Anti-Estelionato

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Wagner Tomás Barba, Jorge Rodrigues da Silva

Sabe aquela pessoa cheia de boa vontade para ajudar no caixa eletrônico do banco? E aquela cota já contemplada de consórcio? E aqueles sorteios e prêmios oferecidos por uma famosa loja, será que vão mesmo acontecer? Muito cuidado. Você pode estar sendo vítima de mais um conto do vigário. Existem maneira antigas e novas de se aplicar um golpe, mas todas elas têm um único objetivo: separar você do seu dinheiro. Esse é o livro mais completo sobre como esses golpes funcionam e como se blindar contra estas pessoas mal intencionadas..

Aqui você encontrará dezenas de modalidades de contos do vigário e o que fazer para se proteger contra eles. Os autores, profissionais consagrados no setor da segurança pública explicam aqui como agem os vigaristas por meio de numerosas descrições de casos comuns. O livro foi escrito com base na experiência no combate ao crime de estelionato dos dois autores, assim como pela colaboração e consulta de dezenas de outros policiais.

Às vezes os golpistas agem sozinhos, as vezes em duplas e às vezes em grupos e muitas vezes existe uma conivência, mais ou menos explícita das vítimas. A leitura desta obra será um ótimo investimento do seu tempo para proteger o seu patrimônio e até impedir que você e seus familiares e amigos sejam vítimas de amargas ( e as vezes merecidas) gozações. Ninguém gosta de ser enganado então aprenda como não ser.

O que é estelionato?

Qualquer um de nós, a qualquer instante pode ser vítima de estelionato. No aconchego do lar, no trabalho, no comércio e particularmente dentro das agências bancárias. O nome estelionato nasceu do direito romano stellionatus que vem de stellio onis, que é o nome em latim para o camaleão, o réptil que muda de cor. Da mesma forma o estelionatário conforme o instante tem de agir de forma teatral efetuando performances para conseguir que seus golpes alcancem o sucesso.

Para definirmos segundo o Código Penal Brasileiro, estelionato é crime contra o patrimônio que consiste em obter para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. A lei impõe uma descrição elástica de modo que os casos mais diferentes podem ser enquadrados nesta definição. Tornou-se sinônimo de falcatrua e fraudes diversas.

A Lei de Gerson

A lei de Gerson é aquela que diz que algumas pessoas querem levar vantagem em tudo. Muitas vezes o crime de estelionato se consuma exatamente quando a suposta vítima também é levada a acreditar que poderá usufruir de vantagens ilícitas ou imorais. Muitos golpes usam da malícia da vítima em levar vantagem ilícita. Isso faz com que,envergonhadas, poucas delas procurem a polícia. Veremos vários exemplos disso a seguir. Isso não significa entretanto que todas as vítimas de golpes são também vigaristas. Muitos outros golpes acontecem baseados simplesmente na inocência de suas vítimas.

O Conto do Prêmio

Neste tipo de conto é necessária a participação de dois estelionatários. Um deles, quase sempre uma mulher, observa dentro de uma agência bancária verificando quem efetua uma retirada grande de dinheiro. Após identificar a vítima, corre atrás dela e propositalmente deixa cair uma folha de cheque devidamente preenchida com alto valor.  Aproxima-se e pergunta se tal documento é dela. A vítima responde negativamente e então surge o comparsa dizendo ser proprietário do cheque. De tão agradecido dá uns telefonemas e diz sentir-se na obrigação  de oferecer aos outros dois um prêmio. A vítima cala-se no sentido de levar vantagem.Para retirar o prêmio cada um deve ir só em um endereço para retirar o prêmio e adverte que deverá deixar algum valor para comprovar sua honestidade. A mulher deixa a bolsa e vai retirar o prêmio retornando, por exemplo, com um belo calçado.  Agora é a vez da vítima que sabendo que ganhará o prêmio, não hesita em deixar seus pertences como  a desconhecida fez. Ao chegar na loja indicada descobre que não tem prêmio algum esperando e que ninguém conhece o homem. Ao retornar ao banco descobre que ambos os estelionatários já foram embora.

Conto do bilhete premiado

Este é um dos golpes mais antigos mas até hoje faz vítimas e também são necessários dois criminosos. Um estelionatário, geralmente vestindo roupas simples aproxima-se da vítima dizendo que veio do interior e que teria comprado um bilhete mas não sabe dizer se ganhou ou não. Quando a pessoa se dispõe a ajudá-lo surge o segundo estelionatário e entra na conversa sugerindo que todos entrem juntos na lotérica. Lá dentro ele chama a vítima de lado e diz: “Esse bilhete é premiado e vai dar uma fortuna.. Vamos conversar com o caipira e conseguir comprar dele pagando bem menos e então dividimos o prêmio, que tal?”

Convencendo a vítima o estelionatário diz ao seu comparsa disfarçado que o prêmio é muito pequeno e que deve ser retirado em Brasília. O comparsa fica feliz e diz que estava precisando do dinheiro mesmo para pagar uma dívida, dando o valor correspondente aos dois. O segundo estelionatário se afasta e diz que não tem todo aquele dinheiro, mas se a vítima puder dispor daquela quantia todos ficariam felizes, pois o caipira quitaria sua dívida e a vítima dividiria um prêmio de grande valor. Com o dinheiro o caipira agradece e vai embora muito feliz. O segundo estelionatário entrega o bilhete e diz que vai buscar o carro para irem juntos retirar o grande prêmio.

Conto do Stradivarius

Este golpe é mais raro, mas bastante curioso. Novamente dos estelionatários adquirem um violino usado por um valor irrisório. Em seguida um deles se aproxima de um bar, lanchonete ou ponto de ônibus dizendo que está doente e por isso precisa vender este violino. O comerciante como sempre ocorre nega-se a comprar. Parecendo frustrado e doente o estelionatário pede então somente o dinheiro para uma condução deixando o violino no estabelecimento como garantia de que retornará para devolver o valor da passagem. No dia seguinte o comparsa aparece  e começa a conversar fazendo com que o assunto gire em torno de música, instante em que se diz colecionador de instrumentos musicais antigos.  Quando o comerciante mostra o violino o estelionatário com ares de quem conhece o assunto e depois de minuciosa vistoria diz tratar-se de um Stradivarius de grande valor e após conversa oferece ao comerciante o valor de dez mil reais. O comerciante topa, mas o especialista diz que não gosta de coisa errada e que precisa ter certeza que o instrumento é mesmo dele. Diz que se o comerciante conseguir comprar o instrumento até a semana seguinte ele pagará o valor combinado.Quando o primeiro vigarista retorna ele diz que não deseja mais vender o violino, mas como se acha em estado de necessidade  pede pelo menos a quantia de três mil reais. Apesar do valor alto o comerciante acredita que vai ganhar muito dinheiro com a revenda. O que, é claro, jamais acontece.

Conto do Baú da Felicidade

Este golpe já fez muita vítimas no Brasil e precisa de cerca de quatro estelionatários.  Com documentos falsos eles alugam uma Kombi e decoram ela com adesivos  de forma a imitar a identidade visual do famoso carnê de premiação. Então escolhem uma área  e distribuem de casa em casa panfletos do grupo noticiando uma grande venda com prêmios diversos na data X. Quando o dia chega passam pelo local com a perua e de casa em casa oferecem o carnê com a primeira prestação quitada. Dizem que as pessoas já estariam concorrendo aos prêmios imediatamente e receberiam um desconto de 30% do total pago se comprassem com eles. Tudo é claro não passa de uma farsa, os carnês são falsos e o sorteio nunca acontece.

Conto da Bíblia

Neste golpe o criminoso primeiro pesquisa nos obituários os nomes e endereços de falecidos recentes.  Com estes dados cerca de três dias depois da morte comparece em suas casas levando uma bíblia (de cerca de 50 reais). Ao ser recebido diz que o falecido havia encomendado. Quando é informado do falecimento demonstra pesar e pergunta se a pessoa é parente e qual o nome. Fingindo consultar uma lista diz que aquela bíblia era justamente um presente para esse parente e que o produto seria pago na retirada. Alega ainda que infelizmente não poderia devolver o produto deixando a pessoa em uma situação constrangedora. As pessoas fragilizadas podem levadas por este golpe pagar cerca de quatro vezes mais pela bíblia (em torno de 200 reais). Nem todos escolhem realizar a compra, mas visitando quatro ou cinco casas por dia o estelionatário consegue uma bela quantia.

O Conto do Supermercado

Essa equipe de estelionatários prepara uma kombi adesivada como se fosse de um supermercado famoso. Passam então em bairros de classe média alta dizendo que estão fazendo uma pesquisa para ver a possibilidade de inaugurar uma nova unidade naquela região. A cada visita deixam um cupon de um sorteio promocional de inauguração, uma televisão de última geração por exemplo. Dias depois retornam a algumas residências  e informam que ela foi a felizarda ganhadora do sorteio. A felicidade é grande  e eles usam essa alegria para fazer uma falsa propaganda do  supermercado, recolhem um depoimento e batem uma foto para registrar o acontecido. Em seguida informam que como o equipamento é grande  não puderam trazer com eles e será necessário que a pessoa acerte o custo do frete de digamos 50 reais.  Geralmente a vítima paga de imediato e após visitar algumas casas a gangue recupera o dinheiro investido no golpe com grande lucro

Conto do Banco Eletrônico

Munido de cartões de crédito e débito conseguidos por meio do crime comum este estelionatário ronda filas de banco. Eventualmente alguém na sua frente demonstrará dificuldades em usar os menus do caixa automático. Nesse momento o estelionatário se oferece para ajudar com toda simpatia do mundo. Ele realiza o saque necessário e entrega o dinheiro para a pessoa junto com um cartão trocado. Possuindo o cartão da pessoa ele espera a vítima ir embora e com  a senha memorizada realiza um grande saque. A vítima raramente desconfia e só percebe que seu cartão foi trocado na próxima vez que precisar usá-lo.

Golpe do Fiscal

Bem vestido e munido de documentos falsos e um crachá esse estelionatário percorre a cidade fingindo ser um fiscal da prefeitura. Esse golpe é aplicado geralmente aos sábados quando não há fiscais de verdade circulando. Ao chegar em um estabelecimento ele procura o proprietário e pede uma série de documentos. Aparenta fazer uma vistoria e ao encontrar um erro informa que o dono será notificado de que o estabelecimento terá que ser interditado por quinze dias ou mais até que os encargos e multas sejam devidamente pagos na prefeitura. Nosso falso fiscal fica incitando o proprietário até que esse comece a procurar alternativas menos honestas de se livrar do problema. O estelionatário pode mostrar uma falsa relutância mas acaba saindo de lá com o bolso cheio.

Conto do concurso

Estes estelionatários ficam atentos as listas gerais de resultados de concursos públicos e em seguida vão atrás dos concursados. Após um pouco de conversa insuspeita levam o assunto para o concurso e então dizem ter um amigo que teria um esquema para colocar pessoas dentro. Um conhecido dentro do governo com poder o bastante para definir o resultado do concurso. Ele deixa o contato, que é de outro estelionatário. Muitas pessoas têm caráter e não aceitam tal tipo de coisa. Infelizmente muitos não agem assim e acabam procurando a pessoa para seu próprio prejuízo. Essas pessoas são levadas a acreditar que conseguirão uma boa colocação, mas que deverão pagar uma certa quantia ao farsante. Para ganhar confiança são levados a acreditar que podem pagar metade agora e metade quando estiverem empregados.

Um golpe semelhante é o golpe da aposentadoria, no qual uma pessoa é levada a acreditar que se pagar uma certa quantia não precisará mais trabalhar e passará a receber uma aposentadoria não merecida do INSS.

Conto da Pirâmide

Apesar de muito conhecido esse golpe continua a fazer vítimas todos os anos. Quem inicia o golpe é quem ganha a maior bolada. Geralmente junta alguns amigos ( que também ganharão alguma coisa), combinam um regulamento e montam uma organização. O criador, sem gastar nada faz com que dois conhecidos entreguem a ele um quantia de digamos 10 reais. Estes dois amigos estão no segundo bloco da pirâmide e cada um deles fará mais dois amigos entregarem a ele 10 reais cada. Ou seja, cada um deles gastou 10 reais e ganhou 20. Cada novo integrante da pirâmide deve procurar mais dois conhecidos para continuar o esquema. Tudo parece perfeito, mas o problema é que as pirâmides são insustentáveis e acabam de desestruturando e os blocos se perdem deixando em sua base muitas pessoas no prejuízo. Existem várias modalidades deste golpe, que apesar de disfarçado com outros nomes são a mesma coisa.

O Golpe do Baú

Este é um golpe muito antigo. Apesar de demorado de ser executado pode ser muito lucrativo para o vigarista. O golpista tem que ter uma beleza física acima da média, saber se produzir e frequentar festas da alta roda da sociedade. Ali procura se aproximar de pretendentes solteiros, separados ou viúvos. Geralmente procura idosos para tentar jogar seu charme e assim conquistar seu coração sofrido. Após a conquista busca conseguir o noivado o mais rápido possível. Depois do noivado vem o casamento com Comunhão Universal de Bens. A chantagem emocional é usada para driblar a desconfiança. Por fim, após alguns meses vem a separação e o golpista leva um lucro enorme para casa.

Conto da Rifa Premiada

Inicialmente o vigarista ganha a amizade de algum comerciante. Após conquistar sua confiança o criminoso diz que vende rifas e propõe que o comerciante as revenda, sendo que como pagamento ganhará a mesma mercadoria que o ganhador da rifa. Periodicamente o vigarista passa pelo estabelecimento com o pretexto de perguntar como está a venda da rifa e pegar sua porção do dinheiro. Isso se repete até que perceba que já lhe foi entregue uma boa quantia do dinheiro e então não mais retorna. Como o comerciante não sabe que se trata de um golpe continua a venda das rifas, sendo que no final ele mesmo abre a rifa a fim de ver quem ganhou, chegando a entrar em contato com vencedor. O prêmio nunca será dado e a vítima ficará com um grande problema nas mãos.

Uma variação desse golpe é quando um vigarista cria uma rifa um determinado prêmio, como um carro ou uma moto. Tudo parece ir bem e a premiação realmente ocorre. O problema é que após receber o prêmio o  ganhador do mesmo, ao fazer o levantamento dos documentos para fins de transferência descobre que o veículo está bloqueado por uma financeira ou repleto de multas. O ganhador fica assim com uma terrível dor de cabeça em suas mãos.  Quando vai reclamar o ganhador não chega até o estelionatário mas sim com a entidade que bloqueou o veículo. Diante disso o vigarista sai ileso.

Conto da venda e troca da joia

Neste golpe o estelionatário  sai a procura de uma vítima que geralmente são encontradas em estabelecimentos bancários retirando uma boa quantia em dinheiro. O vigarista ultrapassa essa pessoa e deixa cair em sua frente um relógio ou pulseira de ouro. Ao ser avisado do falso acidente o criminoso se mostra muito agradecido e inicia uma conversa. Após curto tempo diz que estava indo vender a jóia que havia deixado cair por um preço muito atrativo. Trata-se de uma jóia real, que pode ser avaliada, mas valendo de habilidades manuais o estelionatário em dado momento troca por uma joia falsa. Muitas vítimas ao se descobrirem enganadas  não prestam queixas por vergonha ou pelo fato de terem comprado de forma clandestina.

Conto da Agiotagem

Devido a situação econômica desfavorecida, muitas pessoas tornam-se vítimas deste golpe. O estelionatário se aproveitando das necessidades financeiras de alguém empresta uma quantia em dinheiro, cobrando juros tão altos que não poderão ser pagos. Essas vítimas são levadas a se manterem eternamente em dívida ou como alternativa tomando seus bens e imóveis. Há um fator de perigo a mais nesse conto pois durante as cobranças são  comuns ameaças e extorsões chegando muitas vezes a agressão física das vítimas.

Conto da Entrevista

Inicialmente o vigarista escolhe um bairro e visita casas de famílias com o pretexto de entrevistar a dona de casa, fazendo-a preencher um formulário. Neste formulário a dona de casa responde várias perguntas. Ao final da entrevista o estelionatário, que como sabemos é um mestre em convencer as pessoas, convence a dona de casa a assinar o questionário. Ela não sabe, mas acabou de assinar um contrato afirmando que comprou e recebeu do vigarista uma determinada mercadoria que nunca chegará em suas mãos. O estelionatário vai embora e procura um advogado que fará a cobrança das promissórias. Muitas vítimas intimidadas pelo advogado acabam pagando a conta com medo de terem seus nomes protestados junto aos cartórios.

Conto do Boi Gordo

Os estelionatários montam uma empresa cuja atividade será a criação de bois e vacas. Montada a empresa iniciam uma campanha promocional nos meios de comunicação, jornais, rádio e televisão divulgando o funcionamento e as atividades da empresa. Em seguida, iniciam a venda de ações da empresa para as vítimas.  A alta procura gerada pela campanha faz as ações apresentarem um grande rendimento para os acionistas que raramente se preocupam em conhecer a empresa de perto. O golpe pode se prolongar por  meses ou mesmo anos e os vigaristas apresentam a seus acionistas o balanço anual de como suas ações se valorizaram devido ao grande montante de bois e propriedades que a empresa adquire. O objetivo é fazer os investidores confiantes e animados convencerem seus amigos e parentes a também fazer parte do negócio. O golpe só chega ao fim quando alguém investiga a empresa a fundo e descobre que não existe propriedade alguma, nenhuma cabeça de gado sequer. Quando isso acontece os estelionatários desaparecem com o dinheiro antes das ações caírem.

Conclusão

  • Muitos golpes ocorrem fazendo a vítima pensar que conseguirá alguma vantagem ilícita para si mesma, fazendo com que se sinta envergonhada de procurar a polícia ao se ver enganada.
  • Dobre a atenção contra qualquer ajuda não solicitada ao lidar com seu dinheiro e patrimônio.
  • Cuidado redobrado em agências bancárias e locais de comércio.
  • Se for convidado a participar de esquemas de pirâmide ou outras formas de enriquecimento ilícito, caia fora. Apenas o trabalho dignifica o homem e traz as riquezas que perduram durante a vida.
  • Não deixe a vergonha de ter sido enganado te impedir de recorrer às autoridades se for vítima de um golpe. Procure sempre um Delegacia de Polícia e faça um Boletim de Ocorrência para que seja instaurado um inquérito policial.
  • Se for necessário procure também ajuda no Procon e na Promotoria Pública.

 

 

 

 

 


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