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Ragnarok, palavra que significa Destino Final dos Deuses, é uma lenda da mitologia nórdica. Para a maioria dos estudiosos, especialmente no Ocidente, é um mito que se refere ao Fim do Mundo e a maioria relaciona Ragnarok ao fim deste mundo, desta Humanidade atual, como se fosse uma profecia, revelação de algo que está pr vir. Entretanto, o estudo aprofundado do tema à luz da Antropogênese teosófica indica que este fim de mundo, o Ragnarok, não se refere ao futuro; antes, é o relato de um passado remotíssimo e não por acaso o mito faz referência a Deuses.
Para os teósofos, o fim de mundo do Ragnarok é um daqueles que já ocorreu exterminando a chamada Segunda Raça Humana. Sobre Odin ou Woden, o deus supremo do panteão nórdico, escreve H.P. Blavatsky: ‘…o continente a que ele e sua Raça pertenciam é também um dos primeiros; tão antigo que… que naqueles tempos [que remontam mais de 200 milhões! isso mesmo, milhões de anos] a natureza tropical se encontrava onde hoje estão os gelos eternos… [BLAVATSKY, 2001 – P 441].
A Batalha final dos deuses descrita no Ragnarok, portanto, já aconteceu e teve como palco um continente arcaico, mais antigo que Lemúria e Atlântida: o continente Hiperbóreo. Os Ases ou Asires escandinavos, por sua constituição física e faculdades metafísicas, como clarividência, telepatia, corpos etéreos, tinham, de fato, um status ontológico [de ser] digno de verdadeiros deuses. Na Antropogênese teosófica, outro mito, o da queda dos Anjos, significa, justamente, a transformação do homem, corpo e espírito, de um estado mais etéreo e superior para um estado de matéria densa [o corpo físico] e inferior [espiritualmente].
O fim do mundo dos deuses escandinavos, corresponde, assim, à destruição da segunda raça Humana e do continente Hiperbóreo: ‘A Segunda Humanidade, composta de monstros semi-humanos e gigantescos… [que habitaram] as sempre floridas terras [entre outras a Groenlândia] do Segundo Continente, que gozavam da eterna primavera… [Estas terras foram transformadas] de Éden que eram em Hades hiperbóreos. Tal transformação foi provocada pelo deslocamento das grandes massas de água do Globo, ao mudarem o leito dos oceanos’ [idem, p 154]. Esta versão do Ragnarok reforça a idéia de que fins do mundo periódicos, provocados por causas cósmico-geológicas são o destino inevitável de todas as Humanidades que floresceram, da Humanidade atual e das que ainda estão por vir no futuro do planeta.
por Ligia Cabús
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