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Sacrifício
O Sacrifício é o ritual mais comum dentro do Asatru. Nos tempos antigos, se consagrava um animal aos Deuses, o sacrificavam e com sua carne fazia-se um banquete. Como hoje não somos mais camponeses, a oferenda é feita com frutas, bolos, cervejas e vinhos.
Muita gente fica com um “pé atrás” quando se fala de um ritual desse tipo. Rituais que são denominados “sacrificios“, tem uma certa conotação violenta e sensasionalista, porque tem sido interpretado de forma errônea. Quando se fala em sacrifício vem em mente “comprar” certa entidade para que ela realize sua vontade, tipo jogar um virgem dentro do vulcão para que o mesmo não entre em erupção. Outro conceito errôneo de sacrifício é achar que se ganha algum tipo de energia com o ato de causar o sofrimento do animal. Todos essas conceitos são errôneos, se você pratica algum ritual desse tipo, você está precisando de um psiquiatra. Nossos ancestrais matavam os animais por serem camponeses, e isso era comum na época, porque sua carne era um ótimo sustento e seu couro dava ótima proteção contra o frio. Fazer isso hoje não tem sentido, pois o mundo é outro e o ser humano evoluiu.
A concepção de relacionamento com os Deuses é de extrema importância para que se compreenda a natureza do sacrifício. Nós não somos inferiores aos Deuses, e não devemos adorá-los nesse sentido. Nós somos espiritualmente ligados com eles, porque eles são facetas de nós mesmos e das forças naturais da Terra. Eles são o equilíbrio, o ciclo, a vida, a morte, eles são tudo, e nós fazemos parte desse tudo. Por isso o sacrifício não é apenas uma oferenda para conseguir um objetivo e sim uma comunhão com os Deuses. Oferecer um presente é um ótimo símbolo de amizade e comunhão. Entre as runas, Gebo é a que guarda os mistérios do sacrifício.
O sacrifício consiste em duas partes, a consagração e a oferenda. O sacerdote ou a sacerdotisa invoca oralmente os Deuses a serem honrados, depois é traçado no ar as runas dos Deuses invocados com a varinha ou o cajado. Depois disso a oferenda é colocada no altar, então é traçado o símbolo do martelo (um T invertido). Com a consagração completada, então é feita a oferenda oralmente aos Deuses. Depois de simbolicamente a divindade ter bebido e comido a oferenda, o sacerdote faz o mesmo e depois também todos os participantes do ritual. Antes de comer e beber da oferenda, saúda-se os Deuses honrados com um Hail, exemplo: “Hail Odin!”
A oferenda não é só abençoada pela força dos Deuses, mas também “passou bela lingua” das divindades. Esse tipo de ritual pode até parecer simples, mas é uma poderosa experiência.
Libação
Uma das celebrações mais comuns dentro do Asatru e também dentro das outras religiões pagãs. A libação é mais simples e social do que o sacrifício, mas a sua importância não é menor.
A libação é muito simples. Os convidados ficam sentados, pegam a bebida alcóolica (Vinho ou cerveja é mais recomendado), enchem seus copos, saúdam-se uns aos outros, saúdam os Deuses, oferecem o primeiro gole aos Deuses deixando cair um pouco da bebida no chão e começam a beber. O libação é um ritual onde se deve ficar bêbado em honra aos Deuses, assim como nossos ancestrais e os heróis ficavam. É a celebração da alegria e da confraternização, conta-se estórias, piadas, fala-se besteira, nada disso é proibido, pelo contrário os Deuses adoram isso.
Cada rodada pode ser dedicada a alguma coisa, normalmente a libação Asatru tradicional tem três rodadas, a primeira para os Deuses, a segunda para os heróis quem estão em Valhalla e a terceira para os nossos Ancestrais que já não estão mais entre nós.
Juramento
É uma das mais importantes cerimonias no Asatru. É o ritual onde se confirma a lealdade aos Deuses, contudo não é nenhuma cerimonia oculta ou iniciatória. É nada mais, nada menos que declarar e afirmar sua lealdade aos Deuses nórdicos. É mais ou menos como o exemplo abaixo:
Segure um objeto (pode ser qualquer coisa uma pedra, um pingente, mas o mais recomendado é um anel) e parado na frente do Altar, diga: “Eu [nome], juro pelo símbolo do martelo sempre honrar a bandeira de Asgard e seguir o caminho do norte, agindo sempre com honra, coragem e responsabilidade, fiel aos Aesir e Vanir! Que esse anel (ou outro objeto) seja o símbolo da minha aliança com os Deuses!”
Depois do ritual pode ser feita uma libação com nove rodadas dedicadas aos nove valores do Asatru.
Esse ritual não deve ser realizado sem antes ter absoluta certeza do que você está fazendo. Quando alguém faz um juramento, deve segui-lo por toda a eternidade. Quem não cumpre seus juramentos, seja em qualquer aspecto da vida, no trabalho, na família, nas amizades, não merece respeito, pois não passa de um covarde.
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