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Aradia: O Evangelho das Bruxas, Capítulo IV.
Por Charles G. Leland.
Encontrar uma pedra com um buraco é um sinal especial do favor de Diana. Aquele que o fizer deve tomá-lo em suas mãos e repetir o seguinte, tendo observado a cerimônia conforme ordenado:–
SCONGIURAZIONE DELLA PIETRA BUCATA:
“Una pietra bucata
L’ho trovato;
Ne ringrazio il destin,
E lo spirito che su questa via
Mi ha portata,
Che passa essere il mio bene,
E la mia buona fortuna!
Mi alzo la mattina al alba,
E a passegio me ne vo
Nelle valli, monti e campi,
La fortuna cercarvo
Della ruta e la verbena,
Quello so porta fortuna
Me lo tengo in senno chiuso
E saperlo nessuno no le deve,
E cosi cio che commendo,
La verbena far ben per me!
Benedica quella strege!
Quella fàta che mi segna!”
Diana fu quella
Che mi venne la notte in sogno
E mi disse: “Se tu voir tener,
Le cattive persone da te lontano,
Devi tenere sempre ruta con te,
Sempre ruta con te e verbena!”
Diana, tu che siei la regina
Del cielo e della terra e dell’inferno,
E siei la prottetrice degli infelici,
Dei ladri, degli assassini, e anche
Di donne di mali affari se hai conosciuto,
Che non sia stato l’indole cattivo
Delle persone, tu Diana,
Diana il hai fatti tutti felici!
Una altra volta ti scongiuro
Che tu non abbia ne pace ne bene,
Tu possa essere sempre in mezzo alle pene,
Fino che la grazia che io ti chiedo
Non mi farai!”
INVOCAÇÃO À PEDRA-SAGRADA. [NOTA 1]:
“Eu encontrei
Uma pedra sagrada no chão.
Ó Destino! Agradeço-o pelo feliz achado,
Também o espírito que nesta estrada
Me deu;
E que seja para o meu verdadeiro bem
E minha boa sorte!
Levanto-me de manhã ao amanhecer,
E eu saio para caminhar por vales (agradáveis),
Tudo nas montanhas ou na feira dos prados,
Buscando sorte enquanto continuo vagando,
Buscando arruda e verbena com cheiro doce,
Porque elas trazem boa sorte para todos.
Eu as mantenho bem guardadas em meu seio,
Para que ninguém saiba – é uma coisa secreta,
E sagrada também, e assim eu falo o feitiço:
“Ó verbena! Seja sempre um benefício,
E que tua bênção esteja com a bruxa
Ou na fada que a deu para mim!”
Foi Diana quem veio até mim,
Toda a noite em um sonho, e me disse:
“Se você quiser manter todas as pessoas más longe,
Então sempre guarde a verbena e a arruda
Em segurança ao seu lado!”
Grande Diana! você
Que é a rainha do céu e da terra,
E das terras infernais – sim, você que é a
Protetora de todos os homens infelizes,
De ladrões e assassinos, e das mulheres também
Que levam uma vida má e ainda assim conheceram
Que a natureza deles não era má, tu, Diana,
Ainda lhes conferiu alguma alegria na vida. [NOTA 2]
Ou eu posso realmente em outro momento
Então a conjuro que não terás paz
Ou felicidade, pois você sempre estará
Sofrendo até que conceda isso
O que eu exijo de você com a mais estrita fé!”
[Aqui temos novamente a ameaça da divindade, assim como no xamanismo esquimó ou outro xamanismo, que representa a forma primitiva mais rude de conjuração, os espíritos são ameaçados. Um traço disso pode ser encontrado entre rudes católicos romanos. Assim, quando São Bruno, alguns anos atrás, em uma cidade da Romanha, não ouviu as orações de seus devotos pedindo chuva, eles enfiaram sua imagem na lama do rio, de cabeça para baixo. Uma chuva caiu rapidamente, e o santo foi restaurado em honra ao seu lugar na igreja.]
O FEITIÇO OU CONJURAÇÃO DA PERDA REDONDA. [NOTA 3]
Encontrar uma pedra redonda, seja ela grande ou pequena, é um bom sinal (e “buono augurio”, ou bom augúrio), mas nunca deve ser dada, porque o receptor terá sorte e algum desastre recairá sobre o doador.
Ao encontrar uma pedra redonda, levante os olhos para o céu e jogue a pedra para cima três vezes (pegando ela todas as vezes) e diga:
“Spirito del buono augurio!
Sei venuto in mio soccorso,
Credi ne avevo gran bisogno,
Spirito del folletino rosso
Giacche sei venuto in mio soccorso,
Ti prego di non mi abbandonare!
Ti prego dentro questa palla d’intrare,
E nella mia tasca tu possa portare,
Cosi in qualunque mia bisogna,
In mio aiuto ti posso chiamare,
E di giorno e di notte,
Tu non mi possa abbandonare.
Se danari da qualchuno avanzerò
E non mi vorra pagare,
Tu folletino rosso me il farei dare!
Si questo di non darmeli,
Si in testera tu vi anderai
E col tua “Brié–brié”!
Se dorme to desterai,
Panni dal letto laceraì,
Le farai tanta paura
Che allora di andare a dormire,
Andra alle bische a giuocare,
E tu nunqua lo seguirai.
E tu col tuo “Brié-brié”, le dirai,
Chi non paga deliti
Avranno pene e guai.
Cosi il debitare il giorno appresso,
O mi portera i danari,
O mi il mandera;
E cosi, folletino rosso!
Mi farai felice in mia vita,
Perche in qualcunque mia bisogna,
Verai in mio soccorso!
Se colla mia amante saro’ adirato,
Tu spirito del buon augurio mio!
Andrai la notte da lei
Per i capelli la prenderai,
E nel letto mio la porterai;
E la mattina quando tutti gli spiriti
Vanno a riposare,
Tu prima di si’ entrare
Nella tua palla si porterai
La mia bella nel suo letto,
Cosi te prego folletino,
Di entrare in questa mia palla!
E di ubbidire a tutti miei commandi!
Ed io ti porteró
Sempre nella tasca mia,
Che tu non mi vada via.”
A CONJURAÇÃO:
“Espírito de bom presságio,
Que vem me socorrer,
Acredite, eu precisava muito de você.
Espírito do Duende Vermelho,
Já que vieste me ajudar em minha necessidade,
Rogo a você que não me abandone:
Rogo a você que entre agora nesta pedra,
Que no meu bolso eu possa o carregar,
E assim, quando algo é necessário para mim,
Eu posso chamar você: seja o que for,
Não me abandone nem de noite nem de dia.
Quando eu emprestar dinheiro a qualquer homem
Que não irá pagar no vencimento, eu rogo a ti,
Você, o Duende Vermelho, faça ele pagar sua dívida!
E se ele não quiser e for obstinado,
Vá até ele com seu grito de “Brié–brié!”
E se ele dormir, acorde ele com uma contração,
E tire a cobertura e assuste ele!
E siga ele onde quer que ele vá.
Então, ensine-o com seu incessante “Brié–brié!”
Que aquele que tem obrigação sempre esquece
Estará em apuros até que ele pague suas dívidas.
E assim meu devedor no dia seguinte
Trará o dinheiro que ele deve,
Ou envie ele prontamente: então eu peço a você,
Ó meu Duende Vermelho, venha em meu auxílio!
Ou brigarei com aquela que amo,
Então, espírito de boa sorte, eu rezo para que você vá
Para ela enquanto dorme – puxe ela pelos cabelos,
E leve ela durante a noite até minha cama!
E pela manhã, quando todos os espíritos vão
Para o repouso deles, antes de voltar
Em tua pedra, leva ela para casa novamente,
E deixa ela lá dormindo. Portanto, ó Espírito!
Eu imploro a você que neste seixo, faça sua casa!
Obedeça em todos os sentidos tudo o que eu mando.
Então no meu bolso você sempre estará,
E você e eu nunca nos separaremos!”
Notas de Rodapé:
1. Corretamente, a pedra com um buraco nela. Mas tal pedra é chamada de sagrada a bordo, e aqui ela realmente tem direito ao nome.
2. Esta é uma passagem obscura, mas acredito que a dei como o poeta quis dizer ou sentiu.
3. Il sasso a palla.
Fonte: https://www.sacred-texts.com/p
Texto enviado por Ícaro Aron Soares.
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