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Timmi T. é uma lésbica de aparência masculina, pesadona, que gosta da companhia de mulheres femininas e frágeis, de preferência louras.
Timmi diz que, diferentemente de muitas mulheres homossexuais que valorizam a instituição do casamento, e desejam ter filhos, ela nunca se casará com um homem.
“Infelizmente, muitos homossexuais são terrivelmente volúveis”. O ostracismo em que a sociedade nos coloca fere o amor-próprio da pessoa, e há muitos de nós que sentem necessidade da segurança proveniente da conquista de milhões de amantes em vez de se contentarem em viver com apenas um. O que é precisamente o tipo de coisa que estou procurando. Quero me casar com outra mulher. Na verdade, já sei quem é essa mulher.
“Chama-se Vera e ela é tudo que sempre sonhei encontrar numa companheira”.
Vera tem relações heterossexuais, não porque seja quadrada, mas porque é influenciada pelas regras sociais que a impedem de ser autêntica, de ser ela mesma. No fundo, Vera é tão lésbica quanto eu.
“Fiz amor com ela diversas vezes e ela me contou então que nunca sentiu com um homem o que sente com outra mulher. Sou terrivelmente delicada com Vera. Faço nossa relação sexual durar horas a fio, fazendo com que ela atinja o orgasmo e em seguida se acalme um pouco, de modo que quando finalmente provoco outro gozo ela chega ao êxtase. A própria Vera me contou que nenhum homem conseguiu isso com ela”.
Em face da relutância de Vera em realizar um “casamento” homossexual, e sua própria determinação de obter o afeto de Vera exclusivamente para si, Timmi tem feito as mais diversas experiências, a maior parte delas girando em torno da sua capacidade de agradar Vera sexualmente.
“Não ria ao ouvir isto, mas estou fazendo feitiços para Vera” — confessou Timmi — “numa espécie de último recurso. Realmente preferiria não chegar a nada que pudesse magoar uma de nós. Mas já que Vera continua firme, não tive outra escolha”.
Timmi deu essa resposta quando lhe perguntaram como ela de repente passara a se interessar por feitiçaria como um meio possível de mudar a atitude de Vera com relação a um casamento homossexual: “Uma das mulheres com quem vivi por algum tempo era uma bruxa. Aprendi alguns de seus truques enquanto vivíamos juntas. A princípio, não acreditava que desse resultado. Porém uma vez ela ficou com raiva de mim e me enfeitiçou, acendendo velas pretas ao lado da cama onde eu dormia. Uma noite acordei na hora exata em que ela estava jogando uma praga contra mim. No dia seguinte, não pude andar. Se ela não tivesse quebrado o feitiço acendendo
uma vela branca e cobrindo meu corpo despido com uma espécie de pó mágico, estou convencida de que teria morrido. Eu tinha simplesmente perdido as forças”.
Timmi mostrou-se um pouco hesitante quando pediram que revelasse o feitiço de amor que estava usando para Vera.
“Aprendi com minha antiga namorada como esses feitiços podem ser potentes, especialmente se são para o mal” — disse ela. “Mas acho que há uma chance do que estou lhe contando vir a beneficiar alguém mais que tenha o mesmo problema, e nesse caso as forças do feitiço serão intensificadas de modo favorável. Esta é uma das regras da magia”.
Timmi descreveu seu feitiço, que se baseia na sabedoria cigana, da seguinte forma:
“Aparei minhas unhas no sábado, porque sou de Capricórnio e este é um dia que tem poderes especiais para mim”.
Então joguei os pedacinhos num pó grosso. Todas as manhãs, colocava um pouco no café de Vera. Isto foi tudo. Todos os sábados, cortava mais um pouco das minhas unhas e fazia um pozinho novo. Vera não tem saído com nenhum homem desde que fiz o primeiro feitiço. “Se as coisas continuarem a correr bem, breve nos casaremos”.
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